Tau-1 Gruis

Quarta-feira passada fiz uma das minhas vigílias astronómicas na zona de Ourém.
Aproveitando a transparência excepcional que se fazia sentir decidi revisitar algumas constelações austrais.
A meio da noite, a constelação do Peixe Austral, com a brilhante Fomalhaut, e o Grou estavam a atravessar o meridiano.
Logo abaixo do Peixe Austral, a estrela gama Gruis era facilmente visível.
A esta latitude, pensei, se calhar consigo ver a tau-1 Gruis.
Trata-se de uma anã de tipo espectral G0 a uma distância de 109 anos-luz, em torno da qual uma equipa do Anglo-Australian Observatory descobriu um planeta em 2002. O dito tem no mínimo 1.2 vezes a massa de Júpiter, um período translação de cerca de 1300 dias e uma órbita quase circular.
grou.png
Aceitei o desafio e segui a pista de gama Gruis para Sul, passando pela lambda, mu-1 e mu-2, delta-1 e delta-2, até chegar a beta e alfa Gruis.
Apesar de estarem apenas uns três graus acima do horizonte, Al Nair (a alfa) e a beta eram perfeitamente visíveis. Com a ajuda do meu Televue 85 e do Pocket Sky Atlas, percorri então os asterismos próximos de beta até que por fim cheguei a tau-1 Gruis, apenas um pouco mais de um grau acima do horizonte.
A noite ofereceu-me uma prenda inesperada!

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