Cometa Holmes

O cometa 17P/Holmes é visível a olho nú na constelação Perseu, junto às estrelas Alfa e Delta, com magnitude 3. A não perder !
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O cometa Holmes estava maior que o Sol. O Holmes, no dia 9 de Novembro, estava com a sua coma com cerca de 1.4 milhoes de quilometros de diâmetro, tornando-o tão grande como o Sol.
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De facto este cometa foi e continua a ser surpreendente. Um dos cientistas envolvidos nesta descoberta é o português Pedro Lacerda, Licenciado em Fisica Teórica pela Universidade de Lisboa e a trabalhar com o Institudo para a Astronomy da universidade do Havai. Leiam a notícia.

cometa
A imagem ilustra uma fotocomposição da Lua e o cometa Holmes. É clara a diferença do tamanho aparente do cometa e da Lua – aparente em relação à distância a que estão da Terra naquele momento.
O cometa tem um tamanho real da sua atmosfera bem maior que o próprio Sol.
Desta feita, é mostrada a relação do tamanho aparente do cometa com a Lua. De notar que a olho nú do cometa apenas é possível discernir uma mancha esbatida, já que se trata de um objecto em que a luz se espalha por uma superfície cometária considerável tal como acontece com galáxias de baixo brilho e contudo com diâmetro aparente apreciável. Este cometa tem feito as delícias aos que apreciam observar o céu, sem contudo ser deslumbrante comparando com o tamanho de outros cometas bem mais notórios. Este chama a atenção pelo facto de ter sofrido um abrupto brillho aquando a sua viagem pelo Sistema Solar e de possuir um coma maior que a do próprio Sol. É um magnífico objecto que pode ser apreciado usando um binóculo. Vá lá fora depois do entardecer e procure-o junto da estrela alfa de Perseus.

holmes
A história já conheceu imensos cometas que fizeram temer os humanos outrora. Os tempos são outros, a forma como vemos os cometas modificou radicalmente. De um puro medo ao desconhecido, a uma enaltação, a uma admiração pelo coma, pela cauda emanada do centro do cometa. A cauda de iões que sempre se dirige para o lado oposto da estrela, a diafaneidade azulada da cauda é sublime, a rispar os céus. A “chama” azul de Holmes enaltece cada vez mais o nosso fascínio pela mutabilidade, pela diferença, não pela aparente estagnação do firmamento, tão contrária ao pensamento aristotélico. Fiquem com este poderoso registo estático de fotões do cometa pelo húngaro Éder Iván.

O Telescópio Espacial Spitzer andou a ver o interior do cometa.
cometa holmes pelo spitzer

O Filipe Alves aparece na galeria do SpaceWeather, com estas imagens:
Cometa 17P/Holmes
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E também com esta animação:
filipe-alves31.gif

No dia 27 de Outubro de 2007, o Paulo Almeida contáva-nos:
“Na observação estivemos reunidas 11 pessoas.
Cheguei ao local de observação às 21.30 já se encontrando lá o anfitrião (Miguel Pinto) com o telescópio já montado.
Fomos logo “à procura” do cometa, que como estava á vista foi fácil de encontrar. Apontamos o telescópio e os binóculos para o objecto e ficamos maravilhados com o que vimos. Estava espectacular.
Foram chegando varias pessoas, principalmente muitos jovens, aos quais foi mostrado não só o cometa, mas outros objectos do céu, principalmente a Lua, que é um objecto que é sempre bonito, e que as crianças pedem sempre para ver.
Depois chegou o nosso colega Jorge Almeida, (finalmente conheci-o), e trocamos várias ideias e experiencias.
O encontro acabou por volta da meia noite.”

holmes
Em Setembro de 2009, percebeu-se a razão do aumento do tamanho.
holmes pelo hubble
Fragmentos separaram-se do centro do cometa, criando mini-cometas com a sua zona de gelo a sublimar, e fazendo com que essas pequenas zonas se juntassem à coma do cometa, fazendo esta parecer maior que o Sol.

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