Tempestades gigantes em exoplanetas

O astrofísico Greg Laughlin (Universidade da Califórnia, Santa Cruz) e o seu aluno Jonathan Langton estão a desenvolver modelos para a circulação atmosférica em exoplanetas. No blog do site www.oklo.org, numa mensagem entitulada “Vorticity”, Greg Laughlin descreve alguns dos resultados das simulações realizadas para os planetas HAT-P-2b (em Hércules), HD 80606b (na Ursa Maior), HD 185269b (no Cisne), HD 108147b (no Cruzeiro do Sul) e HD 118203b (na Ursa Maior).

Os planetas escolhidos pertencem todos à classe dos “hot jupiters”, planetas com massas próximas da de Júpiter e que orbitam as estrelas hospedeiras em apenas alguns dias, recebendo por isso quantidades enormes de radiação nas camadas superiores das suas atmosferas. Os planetas estudados têm também órbitas com excentricidades elevadas, o que faz com que a quantidade de radiação depositada nas suas atmosferas varie significativamente ao longo do período de translação. Esta variação provoca as tempestades gigantescas e os ventos com velocidades na ordem dos vários milhares de km/h que podem ser observados nas simulações. Por sua vez, estes padrões de circulação atmosférica provocam variações na luminosidade infravermelha dos planetas que poderão vir a ser detectadas em breve pelo Observatório Spitzer, permitindo validar (ou não) os modelos desenvolvidos.
As imagens apresentadas no blog são projecções de Mercator da atmosfera dos planetas num ponto das suas órbitas. Associadas às imagens estão pequenos vídeos que mostram a variação da circulação atmosférica e projecções de Mercator com a distribuição da temperatura nas camadas superiores da atmosfera. A não perder!

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