Arthur C. Clarke

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O dia de hoje fica marcado pelo falecimento do visionário Arthur C. Clarke que inspirou em muitos de nós o amor pela Aventura Espacial e pela Astronomia.

A revista Astrobiology publicou um artigo muito bom sobre este visionário.

Tenho colaborado regularmente na revista Bons Vicius. Leiam este artigo.

Quem diria que já não chegaria à Páscoa?
Pois é, nunca foi fácil prever o futuro. A profecia sempre foi uma arte perdida.
Arthur C. Clarke foi um idealista que falhou em grande parte das suas profecias.
O mundo imaginado do amanhã não passou de um sonho visionário.
Não temos bases na Lua (mas temos uma estação espacial no espaço), não temos homens em Marte e nunca uma nave tripulada chegou a Júpiter, nem os extraterrestres comunicaram com a Terra.
É certo que ainda sonhamos com 2001. Mas não com o futuro optimista de Clarke.
O que fica de 2001 é a destruição apocalíptica do 11 de Setembro. Nada que a ficção de Clarke algum dia imaginasse.
Mas Clarke juntamente com Asimov foram desses visionários do futuro optimista e radiante. Das máquinas ao serviço dos humanos, dos contactos extraterrestres, dos computadores inteligentes, das torres gigantes contra o céu azul. Uma era dourada que nunca aconteceu.
Clarke viveu nesse mundo de quimera, de um futuro em potência, de uma civilização grandiosa.
É certo que muitas das suas intuições estavam erradas, mas isso não lhe retira a aura de sonhador e de idealista.
Foi também um divulgador incansável da ciência e do misterioso. Curiosamente, a marca televisiva que deixa é do Mundo Misterioso. Do crânio cristal, que muitos de nós vimos nesse ano distante de 1983.
Mas fica também essa obra visionária que é 2001 – Odisseia no Espaço. Mais por culpa de Kubrik, que tornou um conto de Clarke, num filme de culto.
E ficam também os livros, numa época em que lemos cada vez menos.

O Mundo Misterioso de Clarke é daquelas séries que não esquecemos.
Talvez pela idade em que vemos as coisas.
Mas de mistério em mistério era algo que eu não perdia nesse ano longínquo de 1983. Já lá vai tanto tempo.
É que além de ficção científica, Clarke foi também um arauto do mundo misterioso, dos fenómenos bizarros, de coisas na fronteira da ciência.
Ele que dizia que uma tecnologia suficientemente avançada era indistinta da magia.
E é essa imagem que guardo dele, pois foi na televisão que ele se popularizou.

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