A doença dos telescópios

Também sofro dessa doença dos telescópios. Dessa febre maldita.
O primeiro telescópio que comprei foi um Tasco de 60 mm de diâmetro. No meu tempo eram vermelhos hoje são amarelos. Já não o tenho, mas dava apenas para ver a Lua e os planetas. Já não era mau, mas custou-me 325 euros em 1989. Hoje um equivalente vende-se a 50 euros no supermercado, o que é um preço justo. Por isso, comprar um telescópio hoje nunca foi tão fácil.
Mas depois do Tasco tive um Celestron C8 de 20 cm de diâmetro, que comprei em 2ª mão por 1750 euros em 1996.
Um ano depois, comprei um Meade LX200 do mesmo diâmetro por 3400 euros e é o que tenho hoje.
Se tivesse dinheiro esta história tinha continuação. Mas para já paro por aqui.
Um dia, quem sabe? Talvez um LX90-ACF? Ou um CPC? Coisas mais modernas para quando me sair a sorte grande.
Mas não é estúpido acertar num jogo de azar e ir a correr comprar um telescópio? Que raio de doença…

Por outro lado, percebi que nem tudo está a postos para ver as estrelas, no Ano Internacional da Astronomia.
No Observatório Astronómico de Lisboa existe um telescópio novo, no valor de 100 mil euros, encaixotado há mais de um ano. O aparelho (oferecido por uma fundação) nunca foi usado, porque são necessárias obras no Observatório, mas não há dinheiro para tal…
Comentário: nada que me espante num país como o nosso, fiquei foi curioso com o preço do telescópio. 100 mil euros? É um telescópio um pouco caro para meter numa cidade!

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