GJ 436

Em Janeiro de 2008, uma equipa de astrónomos espanhóis e franceses divulgou hoje um artigo no qual apontam para a possibilidade da estrela GJ 436, já conhecida pela importantíssima descoberta de um “Hot-Neptune” (GJ 436b) em sua órbita no ano passado, ter um outro planeta mais distante com cerca de 5 vezes a massa da Terra.

O planeta (GJ 436c) terá a particularidade de estar numa ressonância 2:1 com o “hot-Neptune”, mais interior. As interacções gravitacionais entre os planetas poderiam explicar a excentricidade anormal da órbita do Gliese 436b, o qual, na ausência de perturbações, deveria ter uma órbita quase circular. Os astrónomos propõem a existência do novo planeta como forma de explicar um padrão observado na velocidade radial da estrela depois de subtraído o efeito provocado pelo GJ 436b. Esta previsão poderá ser verificada através da observação cuidadosa dos trânsitos do GJ 436b, uma vez que o GJ 436c deverá provocar alterações mensuráveis na inclinação da órbita do seu vizinho mais interior. O GJ 436c será um possível “Super-Earth”.

Em Abril de 2008, GJ 436c foi divulgado como sendo o planeta extrasolar mais pequeno até ao momento. Este planeta rochoso é somente cerca de 50% maior que a Terra.
O planeta, nomeado GJ 436c, orbita uma anã vermelha; encontra-se a cerca de 30 anos-luz de distância de nós, na direcção da constelação de Leão; é 5 vezes mais massivo que a Terra; o seu ano (translacção) é de cerca 5 dias terrestres; e o seu dia (rotação) leva cerca de 3 semanas.
Este planeta é demasiado quente para nós, no entanto cálculos preliminares parecem indicar que pode ter uma temperatura mais aceitável nos pólos.

Em Maio de 2008, durante o Simpósio da União Astronómica Internacional, os astrónomos que anunciaram a descoberta de uma possível super-Terra em torno de Gliese 436 retractaram-se.
Gliese 436, uma pequena anã vermelha na constelação do Leão, ficou famosa pela descoberta, em 2007, de um “Hot Neptune” em trânsito.

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