Viagem ao Centro da Terra

Fui ontem ver o filme Viagem ao Centro da Terra.
O filme sai em Portugal no final de Agosto.

O explorador Max Anderson é perseguido por um dinossauro, um enorme T-Rex. Ele cai para o interior da Terra.

Dez anos depois, Trevor Anderson (irmão de Max) e Sean Anderson (o filho de Max, de 13 anos), encontram o livro Viagem ao Centro da Terra, escrito por Jules Verne, entre as coisas de Max. Eles leem algumas notas escritas por Max e decidem que devem investigar – até para saberem o que aconteceu a Max.

Trevor e Sean viajam para a Islândia, onde encontram a guia Hannah Ásgeirsson.
Eles percebem que tanto Max como o pai de Hannah, acreditavam que o livro de Jules Verne não é ficção, mas sim que a Terra é ôca e habitada no seu interior.

Trevor, Sean e Hannah entram numa caverna existente numa das paredes do vulcão Snæfells e descem para o interior da Terra.

No interior terrestre, eles passam por lugares estranhos e encontram criaturas fabulosas: enormes lagos, um oceano interior, criaturas gigantescas, dinossauros, seres bioluminiscentes, etc.
Eles descobrem “um mundo dentro do mundo.”

Seguidamente, eles encontram o corpo de Max. Max morreu de desidratação.
Também encontram coisas de outros exploradores, e compreendem que esses exploradores voltaram à superfície e contaram as suas aventuras para Jules Verne, que as colocou em livro.
Assim, eles percebem que é possível salvarem-se, voltando à superfície.

Utilizando informações do diário de Max e da história no livro de Jules Verne, eles fazem um pequeno barco e atravessam o oceano subterrâneo.
Seguidamente encontram um rio. Eles atravessam o rio num barco que na verdade é o crânio de um enorme T-Rex.
E, finalmente, chegam ao seu destino: um geyser/géiser que pode enviá-los para a superfície. Infelizmente, a água do geyser evaporou.

Eles percebem que as paredes do geyser têm magnésio. E também percebem que do outro lado dessa parede existe um curso de água. Finalmente, em baixo vêem magma a subir pelo tubo do geyser.
Assim, Trevor acende o magnésio e arrebenta com a parede. Isto leva a que a água do outro lado entre violentamente no tubo do geyser. E a colisão da água com o magma em baixo, faz com que o geyser seja activado, fazendo com que eles sejam levados para cima rapidamente.
Ele saem do interior da Terra, emergindo pelo vulcão Vesúvio, na Itália.

Journey to the Center of the Earth é um filme que proporciona um bom entretenimento.
É um filme divertido.
Ao ver em 3D, os efeitos especiais fazem com os espectadores saiam satisfeitos.

No entanto, a história do filme deixa muito a desejar.
E os actores também não utilizam toda a gama de emoções durante a aventura.

Cientificamente falando, o filme é um desastre.
É um filme que promove a vigarice da Terra Ôca.

Ou seja, ao ver estes filmes, é crucial saber distinguir a realidade da ficção.

A cena em que vão desenfreados a “conduzir” carros numa mina, é excelente e faz lembrar Indiana Jones.

É maravilhosa a cena deles a cair por um tubo vulcânico. Há medida que vão caindo (supostamente centenas de kms), a maior pressão faz com que a humidade do ar vire pingas de água que gradualmente vão aumentando (eles vão descendo por um “escorrega de água”) até existir um enorme lago.
A cena fez-me lembrar o interior de Júpiter, caso fossemos “caindo pela sua atmosfera”, em que a pressão iria gradualmente aumentando, e o que é gasoso passaria gradualmente para líquido e eventualmente até para sólido. Claro que, salvaguardando as enormes diferenças do filme para a realidade do interior de Júpiter.

A inclusão de pássaros bioluminiscentes é criativa e tem lógica. Além disso, torna a caverna muito mais bela.
Claro que a parte em que um dos pássaros é imediatamente amigo de Sean e passa a guiá-lo pelo interior da Terra de modo a fugir dos predadores e encontrar o caminho de casa, é completamente fantasiosa.

Gostei bastante da inclusão de seres actualmente extintos, mas que existiam há 100 milhões de anos atrás nos oceanos terrestres, como os Xiphactinus e os Elasmosaurus.

As plantas carnívoras também são giras.
Mas a forma como Trevor as derrota (ao soco) é irrealista, apesar de ser uma cena divertida.

Também bastante interessante é a menção à polaridade inversa, e sobretudo a cena com rochas magnéticas suspensas no ar. Visualmente é uma cena fantástica.

Como é óbvio, a cena com o Tyrannosaurus rex, T-Rex, também é excelente.

É excelente que eles tenham entrado pela Islândia e tenham saído pela Itália.
Obviamente, andando pelo interior terrestre, era desnecessário saírem pelo mesmo local onde entraram. Nem faria sentido.


O grande problema deste e de outros filmes, é que após tantas aventuras e tantas situações de quase-morte que tiveram, nenhuma das personagens principais morre. É extremamente irrealista.

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