Apanhar gralhas

Gosto de apanhar gralhas nos jornais. É um passatempo como outro qualquer. O último número da revista Visão (nº 816) traz um artigo (pág. 80-81) da autoria de Rita Teixeira sobre o lançamento da 1ª sonda lunar indiana, onde apanhei alguns erros na caixa que acompanha o texto principal.

É dito sobre o Japão que “depois do fracasso nos anos 90, com o satélite H2, Tóquio conseguiu no ano passado colocar em órbita o H2-A que forneceu as primeiras imagens em alta definição da Lua.”

Ora, H2 é a designação de um foguetão japonês e não de um satélite. Depois, nos anos 90, a missão a que o artigo pretensamente se refere é a missão Hiten, lançada em Janeiro de 1990 e que falhou parcialmente, embora a sonda tenha alcançado a órbita lunar.

Sobre a missão do ano passado, trata-se da missão Selene lançada por um foguetão H2-A e não como diz o texto, que confunde o lançador com a sonda.

É também referido sobre a Coreia do Sul que o país organizou um reality show para encontrar o primeiro astronauta sul-coreano. Na verdade, o primeiro astronauta sul-coreano foi uma mulher chamada Yi So-yeon e não foi seleccionada em nenhum show, mas sim no Korean Astronaut Program, uma selecção científica e rigorosa para criar o primeiro grupo de astronautas sul-coreanos.

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