Hipótese Medea

Pode o planeta Terra, com tudo o que contém, ser um único organismo? Da mesma forma que o organismo “pessoa” é composto por uma multitude de pequenos organismos (bactérias, por exemplo) que o compõem.

A Hipótese de Gaia foi formulada por James Lovelock em 1969, e basicamente afirma que a Terra pode ser considerada como um grande organismo, um complexo sistema que se sustém a si próprio – basicamente a vida cria as condições para a sua própria sobrevivência.

Está aqui um excelente artigo que resume a discussão desta ideia.

No filme Matrix, o Agente Smith diz que os Humanos são um Vírus, uma Doença, uma Praga, Cancro, no planeta Terra.
A pergunta que se impõe é: será que “vacinas”, “pastilhas”, ou “antibióticos”, curarão o planeta, irradicando o “vírus” humano?

No ano 2000, Peter Ward e Donald Brownlee escreverem um livro baseando-se nas evidências científicas que sabemos existir para a dificuldade de existir vida tal como a conhecemos, e para a probabilidade bastante baixa de encontrarmos vida complexa no Universo.
A conclusão era óbvia: a nossa Terra (com organismos complexos) é uma raridade no Universo.

Agora, Peter Ward (que conheci na Califórnia) volta a “atacar”.
Ele propõe a “Medea Hypothesis“, que nos diz que em equilíbrio um planeta não terá vida, já que a vida é um desequilíbrio no sistema, que a própria vida se encarrega de eliminar – a vida tende a destruir-se a si própria, a criar um ambiente que leva à sua destruição.
Pelo meio, mostra que o ácido sulfídrico pode ser responsável por algumas extinções em massa – em que a própria vida ajudou a essa extinção.
Mas esse mesmo “veneno” pode também ter aplicações fascinantes na medicina, salvando muitas vidas.

Podem ver a palestra do Peter Ward, sobre tudo isto, aqui:

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