Luna 15 prova alunagem americana

Luna spacecraft

O Observatório Jodrell Bank, na Inglaterra, divulgou as transmissões lunares que tinha guardadas desde 1969.
Em Julho de 1969, os telescópios de Jodrell Bank estavam a monitorizar as transmissões da missão Apollo 11.
Ao mesmo tempo estavam a monitorizar/espiar a sonda Soviética não-tripulada Luna 15.

A Luna 15 tinha sido enviada pelos Soviéticos para pousar na Lua, recolher pedras e solo lunar, e retornar à Terra com essas amostras lunares.
Isso seria feito a 21 de Julho de 1969 e um dos grandes objectivos seria retirar publicidade ao facto dos Americanos estarem a pôr humanos na Lua (Armstrong andou na Lua a 20 de Julho), já que a Luna 15 seria a primeira missão a retornar da Lua com amostras lunares.
No entanto, a missão fracassou porque a Luna 15 espatifou-se na Lua a 21 de Julho 1969, poucas horas antes de Armstrong e Aldrin terem deixado a superfície lunar.

Nas transmissões de Jodrell Bank, ouve-se o fundador do Observatório – Sir Bernard Lovell – a narrar os eventos.
Por trás da voz dele, ouve-se por vezes as transmissões da Apollo 11.
No background, também se ouve os cientistas na Sala de Controlo preocupados a dizer que a Luna 15 estava a descer demasiado depressa e que se ia espatifar na superfície lunar.
Podem ouvir a transmissão, aqui.

A missão Luna 15 foi importante para a Apollo 11 por vários motivos.
Os cientistas soviéticos tiveram que fazer uma correcção à órbita da Luna 15 de modo a ter absoluta certeza que ela não colidiria com a Apollo 11.
Os cientistas Ingleses provaram, ao estudarem a origem das transmissões, que a Luna 15 estava em órbita Lunar e que a Apollo 11 estava na Lua.
Com a Luna 15, os cientistas soviéticos provaram que os Americanos estavam mesmo na Lua, a caminhar sobre a sua superfície.

2 comentários

    • Anton Krasvarniack on 21/04/2018 at 01:41
    • Responder

    “A missão Luna 15 foi importante para a Apollo 11 por vários motivos.
    Os cientistas soviéticos tiveram que fazer uma correcção à órbita da Luna 15 de modo a ter absoluta certeza que ela não colidiria com a Apollo 11.”
    Sr. Professor, este argumento não tem pés nem cabeça para justificar aquilo que o Sr. pretende justificar porque:
    1 – Isto não se passou como o Sr. Prof. diz
    https://en.wikipedia.org/wiki/Luna_15 Implications, último parágrafo.
    2 – Imaginemos que eu em Portugal e um amigo meu em Espanha resolvíamos, à mesma hora, enviar dois drones com rotas programáveis para a Gronelândia para ver quem lá chegava primeiro, será que tinhamos de falar, previamente, um com o outro e fazer correcções às trajectórias para termos a certeza absoluta que eles não colidiriam entre si??? Pense bem.

    1. O último parágrafo prova o que eu disse…

      Se o seu amigo enviasse um avião tripulado que pudesse colidir com o drone, então teria todo o sentido saber por onde andaria o drone de modo a não se perderem as vidas (note que as duas missões eram diferentes: uma era tripulada e a outra não).
      Lembro também que o mesmo é feito com sondas espaciais quando vão para locais onde se sabe pouco o que existe e onde. Exemplo: New Horizons ter que saber exatamente onde estavam as luas de Plutão e fazer correções na órbita. Só soube essas informações (e outras, como potenciais novas luas e aneis ao redor de Plutão) quando já ia a chegar. E teve que fazer correções para não se perder a sonda e não se perder toda a missão (mesmo não sendo tripulada, o objetivo é manter a integridade da sonda para podermos tirar o maior partido das informações que ela envie).

      abraço

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