Cinco Exoplanetas Excêntricos

Em Janeiro de 2010, foi anunciada a descoberta de 5 planetas pelo Magellan Planet Search Program, cuja equipa inclui entre outros Paul Butler e Alan Boss, com base em observações realizadas desde 2002. Os novos planetas distinguem-se pelos seus longos períodos e, acima de tudo, pelas excentricidades elevadas das suas órbitas. O resumo do artigo tem uma descrição quase perfeita em detalhe e compacidade das características dos planetas e das suas estrelas hospedeiras:

Five new planets orbiting G and K dwarfs have emerged from the Magellan velocity survey. These companions are jovian-mass planets in eccentric (e ? 0.24) intermediate and long-period orbits. HD 86226b orbits a solar metallicity G2 dwarf. The Mp*sin(i) mass of the planet is 1.5 MJup , the semi-major axis is 2.6 AU, and the eccentricity 0.73. HD 129445b orbits a metal rich G6 dwarf. The minimum mass of the planet is Mp*sin(i) =1.6 MJup , the semi-major axis is 2.9 AU, and the eccentricity 0.70. HD 164604b orbits a K2 dwarf. The Mp*sin(i) mass is 2.7 MJup , semi-major axis is 1.3 AU, and the eccentricity is 0.24. HD 175167b orbits a metal rich G5 star. The Mp*sin(i) mass is 7.8 MJup , the semi-major axis is 2.4 AU, and the eccentricity 0.54. HD 152079b orbits a G6 dwarf. The Mp*sin(i) mass of the planet is 3 MJup , the semi-major axis is 3.2 AU, and the eccentricity is 0.60.

Os planetas foram descobertos pela técnica da velocidade radial pelo que as massas obtidas são valores mínimos, uma vez que a inclinação (i) da órbita relativamente à nossa linha de visão é desconhecida.
As observações foram realizadas nos telescópios Magellan, dois gigantes de 6.5 metros de diâmetro, cujos nomes são Baade e Clay, localizados no observatório de Las Campanas, no Chile. Os telescópios são geridos por um consórcio que envolve a Carnegie Institution, as Universidade de Harvard, Michigan e Arizona e o MIT (Massachusetts Institute of Technology).
O instrumento utilizado pelo Magellan Planet Search Program é um espectrógrafo échelle designado por MIKE, montado no telescópio Clay. Uma célula de absorção de iodo foi acoplada ao MIKE para permitir a obtenção de um espectro de referência muito preciso, crucial para realizar as medições da velocidade radial com elevada precisão.

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