Gliese 710 = Némesis ?

nemesis

A maior parte das estrelas no Universo são estrelas duplas, ou seja existem em sistemas binários.
O nosso Sol é uma estrela que está sozinha, e por isso constitui uma minoria.

nemesis_orbit_021

Némesis é uma estrela hipotética, companheira do Sol. Encontra-se bem longe de nós, a 2 anos-luz, tendo uma órbita de cerca de 26 milhões de anos. Por vezes atravessaria a Nuvem de Oort que rodeia o nosso sistema solar, fazendo com que algumas dessas “pedras” venham na nossa direcção na forma de cometas, provocando assim extinções em massa.
Esta estrela foi teorizada para explicar essas extinções em massa na Terra que ocorrem de forma cíclica, mas ninguém detectou esse objecto, daí que não passa de uma hipótese não provada.

nemesis comparison

A Némesis poderá ser várias coisas, incluindo uma anã castanha, que provavelmente estará a 0,3 anos-luz de nós. O telescópio WISE anda à procura desse objecto ainda dentro do nosso sistema solar (mais perto que a Nuvem de Oort).

nemesis oort

Mike Brown do Caltech, diz que o planeta-anão Sedna tem uma órbita muito estranha, que só será explicada com um grande objecto por perto a exercer uma força gravitacional sobre Sedna (leiam este nosso post). Esse objecto poderá ser Nemesis, que está tão distante e a “andar tão devagar”, que poderá ter passado despercebida.

Richard Muller da Universidade da Califórnia em Berkeley, que sugeriu a existência da Némesis, diz que ela é uma anã vermelha a 1,5 anos-luz de distância.
Apesar de muitos cientistas dizerem que isso traria uma órbita instável ao sistema binário, o Dr. Muller diz que a órbita era mais próxima no passado e que no futuro as duas estrelas irão ficar livres uma da outra.
Ou seja, para ele, o facto da órbita ser instável só indica que o sistema foi binário no passado e continua a sê-lo actualmente.

nemesis Gliese-710-se-aproxima

Daí que este post recente do ROCA me chamou a atenção.
Nele é dito que a anã vermelha Gliese 710 é a estrela que mais se aproxima de nós. Daqui a cerca de 1,5 milhões de anos ficará a cerca de 1 ano-luz da Terra, o que irá fazer com que perturbe a nuvem de Oort o suficiente para enviar uma chuva de cometas na nossa direcção.

nemsis gliese

Mas não se preocupem! Não é para já. Ainda têm mais de 1 milhão de anos para se preocuparem com uma possível extinção em massa na Terra devido à Gliese 710.

34 comentários

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  1. Não se preocupar com uma possível extinção em massa na Terra devido á Gliese 710. Entendi quando citou que não se deve preocupar devido á Gliese 710, mas devemos nos preocupar com alguma outra estrela que possa se aproximar?

    Obrigada

    1. Esta é aquela que temos conhecimento que chega mais próximo. 😉

      As outras não vêm tão próximo… logo, não há problema 😉

      abraços

  2. Oi,
    Queria tirar uma dúvida.

    “Mas não se preocupem! Não é para já. Ainda têm mais de 1 milhão de anos para se preocuparem com uma possível extinção em massa na Terra devido à Gliese 710.”

    Por que devido á Gliese 710, poderia haver devido á outra? Se houver possibilidade devido á outra, daqui há quanto tempo?
    Obrigada

    1. Qual outra?

  3. Olá, bom dia!
    Nêmesis é uma estrela hipotética, mas se realmente existir, com uma órbita de 26 milhões de anos, dá para saber daqui á quanto tempo ela passaria?
    Seria ela mando os cometas que estão passando este ano, ou outro corpo grande?

    E a estrela Gliese 710, seria ela que perturbou Sedna e poderia, na distância em que está, estar perturbando outro corpo?
    Poderia vir antes de 1,5 milhões de anos?
    Obrigado

    1. “Seria ela mando os cometas que estão passando este ano, ou outro corpo grande?”

      Não.

      “E a estrela Gliese 710, seria ela que perturbou Sedna”

      Ninguém perturbou Sedna.

      “Poderia vir antes de 1,5 milhões de anos?”

      Não.

      abraços

  4. Vou recolher-me.

    Daqui a pouco tenho que trabalhar.

    Abraços, Carlos.

    1. Eu ainda estou a trabalhar 😉
      Ainda é 1 da manhã aqui 🙂

      abraços 🙂

  5. Mesmo eu tendo 99% de desconfiança de que estou errado no raciocínio, acho bastante interessante e proveitoso debater esse assunto com uma pessoa que é especialista na área.

    De modo particular, considero bastante enriquecedor para meu engrandecimento científico no que se refere a esta área da ciência (Astronomia), visto que preciso fazer as perguntas e levar os questionamentos para pessoas corretas – com formação acadêmica na área.

    1. Uma das coisas que mais gosto de fazer por aqui (faculdade) é realmente debater assuntos 😉
      Do debate, nasce a luz 😉

      Acho que fazem falta mais debates 🙂

        • Cavalcanti on 31/01/2012 at 07:55

        Concordo plenamente

        😉

      1. Carlos,

        Já que vc gosta de debate, dá uma olhada neste vídeo e diz depois o que vc achou. 🙂

        São quatro partes.

        http://www.youtube.com/watch?v=zdzLqjs0m2Y

      2. Começa com uma mentira (o Universo não começou do nada). Depois vi um gajo a falar de forma aborrecida. Depois vi várias queixas sobre o desvio para o vermelho. Vi supostas conspirações sobre alguém que não passou no peer-review e se queixa (Einstein tinha uma ideia muito mais radical, e passou nessa peer-review. Porquê? Porque foram apresentadas evidências científicas). E depois o documentário continuou muito aborrecido.

        Nos desvios, vi uma falácia de argumento de “saltarem para conclusões” que o próprio narrador quer. Sem explicação convincente.

        Queixam-se da Vera Rubin.
        A Vera Rubin é excelentemente considerada em ciência.
        http://en.wikipedia.org/wiki/Vera_Rubin
        Mas para quê dizerem isso, se o objectivo é darem uma visão fundamentalista, distorcida, e de queixas?

        Na parte de educação científica, acho que metem no mesmo saco licenciaturas e doutoramentos.

        Parecem-me basicamente Red Herrings.
        Se o objectivo fosse provarem que a alternativa deles era a correcta, não interessa a educação (que é a mesma que eles tiveram). Bastava provarem que a ideia deles estava correcta. Mas eles não fazem isso. Eles só se queixam que não são bem vistos, ao mesmo tempo que dão exemplos de cientistas muito bem considerados pela comunidade científica devido ao seu pioneirismo. Ou seja… enfim…

        O documentário não me parece nada de especial. Pelo contrário.
        É uma explicação demasiado aborrecida de coisas facilmente discutidas nos centros de cosmologia… ou seja, são coisas que toda a gente sabe, explicadas de forma pobre e aborrecida, de modo a criticarem mas sem apresentarem soluções.

        O editor, Michael Suede, é um licenciado não em natural sciences, que leu um livro a dizer que a cosmologia estava errada, e decidiu enveredar por conspirações sem sentido. Não é só em cosmologia. Basta ler coisas dele na web sobre política and so on. O próprio e-mail dele contém a frase “sopa fascista”. LOL enfim 😛

        Aconselho qualquer palestra de cosmologia de um cientista.
        Em 50 minutos terá melhor informação (e no entanto, terá na mesma críticas à ortodoxia, como é normal).

        Conclusão: o documentário não passa no teste científico. Quer dar uma ideia contrária à natureza da ciência. E para isso, utiliza cientistas bem considerados no meio científico dizendo que não são. LOL Alguém reparou que os cientistas utilizados são pessoas a trabalhar em centros de cosmologia “tradicionais”, logo é a chamada “ortodoxia” que está realmente a tentar resolver estes problemas? Ou seja, eles criticam algo que no documentário mostram que o contrário está a acontecer! LOL Mas que se espera de um documentário feito para dizer mal da ciência e enveredar por conspirações sem sentido?

      3. Carlos,

        Que vc não iria gostar do vídeo eu tinha certeza hehehe 🙂

        O erro do “Big Bang começou do nada” eu também tinha percebido. Este é o mesmo erro que os criacionistas cometem.

        Alias é o mesmo discurso “aborrecido” sobre peer-review dos criacionistas 🙂

        A questão da confusão da licenciatura com douramento vc tem razão, não tinha percebido. E foi bom saber também em que nível esta o Michael Suede.

        Agora o que me chamou a atenção neste vídeo, foram as medições diferentes de RedShift da NGC 7603 e da companheira.

        Sabe algo sobre isso?

      4. Sinceramente, sobre esse assunto específico, não sei.

        Mas o meu maior ponto sobre o documentário é que tem uma ideologia por trás, que nem sequer é suportada pelo que é dito no documentário.
        A ideologia é que a “ciência ortodoxa” não aceita esses resultados.
        Mas quem investiga essas coisas e sabe o que não está de acordo com a teoria, são os cientistas da ortodoxia. Incluindo os do documentário, que são cientistas ortodoxos.

        Ciência é acumulação de conhecimento.
        Não existem cientistas “não-ortodoxos”. Todos os cientistas procuram falhas nas teorias atuais de modo a terem sucesso na ciência e acumularem conhecimento para a ciência.

        Eu vou a muitas palestras aqui, de professores aqui da Universidade, que pertencem à “ortodoxia”, que só apontam falhas aqui e ali nas teorias. É o normal. isso é ciência.

        A ideia muitas vezes badalada que a ciência não aceita a diferença, é um erro completo. Porque é o contrário de ciência.
        Esse é o erro do documentário.

        E o documentário baseia-se na péssima noção que o editor tem de ciência… porque ele nada percebe de ciência.

        Muitas vezes essas ideias erradas até vêm da forma como a ciência é divulgada.

        Veja por exemplo esta palestra a que assisti:
        http://www.astropt.org/2010/02/06/buracos-negros-materia-negra-energia-negra/
        É ortodoxia? É.
        Mas passamos horas a discutir precisamente o que não se sabia, e as ideias erradas que havia, não só na teoria mas também na forma como ela é difundida.
        Exemplo: o último gráfico está errado. Não é isso que os cientistas pensam. Mas é isso que as pessoas pensam porque foi assim que a NASA divulgou num gráfico que tem falhas.
        Os cientistas sabem isso. As pessoas não. Mas depois há os ideólogos, sem saberem o que é a ciência, que usam essa diferença para ludibriarem as pessoas.

        abraços

      5. Eu já tenho dito por várias vezes que não gosto da Teoria do Big Bang.
        Mas, como eu também tenho dito várias vezes, a minha opinião, a minha ideologia, vale 0.
        O que conta são as evidências.
        E, para já, não há melhor que o Big Bang. Essa teoria explica tudo direitinho como gostaríamos.
        Logo, se a minha ideologia está contra as evidências… só tenho que aceitar as evidências, porque o Universo não quer saber as minhas opiniões.

        Ou eu arranjo algo melhor do que a teoria que existe, ou então os meus gostos não interessam.
        Eu não determino o que se passa no Universo.

        abraços

      6. Carlos,

        Eu concordo com tudo que vc escreveu e diferente de vc, gosto muito da Teoria do BigBang.

        Mas o que eu queria discutir é justamente aquilo que vc disse que não sabe. 🙂

        A questão da diferença do Redshift em NGC 7603 e a sua “galáxia companheira” é uma evidência bem interessante. Acho que é um bom assunto para ser discutido aqui 🙂

  6. Carlos,

    Se possível, pela condição de Astrônomo, poderia fazer alguma atualização sobre este tema?

    Ficaríamos gratos.

    Abraços.

    1. Sinceramente, não sei de atualizações possíveis 😉

      Tem algum aspeto específico em mente?

      abraços

        • Cavalcanti on 31/01/2012 at 05:01

        Sim.

        Em meu tempo livre, estou a traduzir o artigo do Nesvorný – que trata-se da possível existência de um quinto gigante gasoso que foi ejetado de nosso Sistema Solar.

        Poderia tratar-se não de um gigante gasoso, mas esse estudo pode confirmar a existência de um objeto de menor dimensão que espreita o Sistema Solar – como um planeta-anão, por exemplo, Sedna.

        Se essa condição for verdadeira; se Sedna está além da nuvem de Oort, então seu possível “aprisionamento” gravitacional nas redondezas do Sistema Solar pode ser explicado pela existência não de uma anã-marrom, e sim de uma possível anã-laranja – no caso em questão, Nêmesis.

        Só você, na condição de Astrônomo, pode afirmar se procede ou não procede.

      1. Segundo explicou o Sérgio Paulino, o estudo dele mostra um planeta a escapar do Sistema Solar.

        Isto, se é que estamos a falar da mesma coisa 🙂

        Leia este post:
        http://www.astropt.org/2011/11/12/tera-sido-expulso-um-planeta-gigante-do-sistema-solar/

        É isto?

        abraços

        • Cavalcanti on 31/01/2012 at 05:27

        Sim. Isso mesmo.

        No seu artigo ele retrata um gigante gasoso que poderia ter sido ejetado nos primórdios da formação do Sistema Solar.

        Entretanto, poderia ser não um gigante gasoso, mas um astro com menor dimensão que poderia ter sido ejetado do nosso Sistema (Sedna (?)) e, possivelmente, capturado gravitacionalmente por alguma anã laranja – Nêmesis, por exemplo (?).

        Abraços.

      2. ok. Eu percebo donde vem a ideia de um planeta gasoso ou anão ejetado para lá do Sistema Solar… vem de modelos computacionais.

        Mas donde vem a ideia da anã-laranja?
        Isso é que não percebo a ligação 😉

      3. ahhh vem da Gliese 710, é isso?
        De Gliese 710 poder ter capturado esse planeta?

        É isto? 🙂

        • Cavalcanti on 31/01/2012 at 06:52

        Acredito eu que a denominação “anã-laranja” está mais de acordo com a possível Nêmesis. Percebi que o Roca também faz essa alusão em seu sítio:

        http://eternosaprendizes.com/2010/03/13/gliese-710-sera-a-estrela-mais-proxima-da-terra-alem-do-sol/

        Destaco:

        ” Gliese 710 está se dirigindo para cá (em negrito)

        (…) da pesquisa Hipparcos mostraram que estrela anã laranja conhecida como Gliese 710 (…)”

        😉

        Eu associo que o artigo do Nesvorný, ao invés de se tratar de um gigante gasoso, poderia estar, na verdade, se tratando da real existência de Sedna que, por sua vez, poderia estar orbitando uma possível anã-laranja – no caso em questão, Nêmesis.

        Bom, é você que pode dizer se procede essa linha de raciocínio ou não 😉

        Abraços.

        • Cavalcanti on 31/01/2012 at 06:56

        “ahhh vem da Gliese 710, é isso?
        De Gliese 710 poder ter capturado esse planeta?”

        Sim. Essa é minha linha de raciocínio.

      4. Para saber se era provável, eu precisava ver as órbitas.
        Sem isso, parece-me bastante improvável que um planeta seja ejetado e nessa linha de ejeção estivesse a Gliese 710. Num Universo gigantesco, a estrela estar mesmo no “sítio certo” para capturar o tal planeta, é bastante improvável.
        Não é impossível, mas improvável.
        É preciso ver as possíveis órbitas dos 2 😉

        abraços

        • Cavalcanti on 31/01/2012 at 07:29

        Pelos dados preliminares que possuo, dentre alguns, tenhos as seguintes informações acerca de suas órbitas:

        1) Sedna (órbita com característica extremamente elíptica):

        – Afélio: entre 850 e 900 UA ; e
        – Periélio: ± 76 UA.

        2) Nêmesis:

        – Afélio: ± 90.000 UA; e
        – Periélio: ± 20.000 UA.

      5. Esses números dizem-nos que Sedna não está relacionado com Nemesis 🙂
        Mas Sedna não foi ejetado do nosso sistema solar. Continua a pertencer a ele ;). É um dos planetas-anões (não oficialmente).

        Mas o que eu gostava de saber era a direção de ejeção do tal planeta que saiu do sistema solar, e saber onde estava Gliese 710 na altura, e tentar perceber se pelas órbitas dos dois seria possível passados alguns milhares de anos, eles “passarem perto” um do outro.

        Num enorme sistema solar, é improvável que a direção dos dois coincidisse. Mas não é impossível 😉

        • Cavalcanti on 31/01/2012 at 07:54

        “(…) Mas o que eu gostava de saber era a direção de ejeção do tal planeta que saiu do sistema solar, e saber onde estava Gliese 710 na altura, e tentar perceber se pelas órbitas dos dois seria possível passados alguns milhares de anos, eles “passarem perto” um do outro.”

        Só fazendo simulação computacional. E, infelizmente, não conheço nenhum colega astrônomo de algumas Universidades e Instituições daqui capaz de realizar tal trabalho 🙁

      6. Eu queria ver a simulação do Nesvorny, para ver se há diferenças entre para que direção o tal planeta escapa.

        Mas, segundo percebi, ele não considerou essa variável 😉
        http://arxiv.org/PS_cache/arxiv/pdf/1109/1109.2949v1.pdf

        abraços

        • Cavalcanti on 01/02/2012 at 02:49

        Vou entrar em contato, nos próximos dias, por email, com o Nesvorný, pra verificar se ele fez essa simulação da possível rota de ejeção do gigante gasoso – que é uma de nossas dúvidas 😉

        Entretanto, não sei se haverá resposta por parte dele.

        Abraços.

  7. Eu também sou da opinião que ela não existe.
    E, a existir, será uma anã castanha/marrom.

    Mas não podemos ignorar que há cientistas que dizem que ela poderá ser uma anã vermelha.
    Nota que a anã vermelha também pode não ser assim tão fácil de detectar, especialmente se tiver um período bastante longo…

    Mas o post também diz que a Gliese 710 pode ser a responsável pela chuva de cometas dentro de uns tempos (ciclicamente?).
    E isso é inegável, certo? 😉

  8. youtube.comifa.hawaii.edu…
    Carlos,

    Ilustrando, lembro que a série “Universo”, no episódio “Mistérios Inexplicados”, primeira parte, fala de Nêmesis (a tese do astrofísico Richard A. Muller):

    http://www.youtube.com/watch?v=A2fJZ6kW00U

    No meu entendimento (a partir de leituras em outros estudos) se existir algum bjeto ‘Nêmesis’, certamente este não seria uma anã vermelha.

    Parece razoável que uma anã-marrom ainda possa estar evadindo sua detecção nas pesquisas de todo-o-céu na luz visível. Porém, da pesquisa WISE, no infravermelho, parece que ela não escapará, julgo eu.

    Segundo D. Jewit da Universidade do Havaí, uma anã-marrom, no visível, teria magnitude similar a de Júpiter, que apresentaria magnitude +24 a 2.000 UA, ou seja, um objeto massivo (uma anã-marrom ou algum planeta gigante gasoso) além de 2.000 UA escaparia da detecção das pesquisas de rastreio convencionais (telescópios óticos):

    http://www.ifa.hawaii.edu/%7Ejewitt/papers/2004/J2004.pdf

    Já Lorenzo Iorio estimou que uma anã-marrom deveria estar a mais de ~5.170 UA para não ter sido detectada até agora por interferências gravitacionais nos demais planetas:

    http://arxiv.org/abs/0904.1562

    Entre ~5.000 UA (~0,1 anos-luz) até 3 anos-luz há bastante espaço para caber um objeto massivo. O problema é explicar como ele chegou lá, ou seja, isto permanecerá como um “mistério inexplicável”, por mais algum tempo…

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