Baptizar Extraterrestres

vaticano

No século XVI, quando os Europeus “descobriram” o continente Americano, os Cristãos trataram logo de forma arrogante, presunçosa, e com ameaças de morte, de baptizar os Maias e outros povos que foram encontrando. Invasão e assimilação, com imposição das suas crenças nos outros, era o normal naquela época.

Em 1835, quando alguns pensaram ter-se encontrado vida na Lua (alguém se lembrou de perguntar se eram bactérias ou macacos?), vários padres vieram logo para os jornais da época dizer que era importante enviar padres e Bíblias para a Lua, porque obviamente os Selenitas teriam que ser convertidos à força em Cristãos.

Basicamente a provar que a Igreja Católica evolui pouco, o astrónomo do Papa, Guy Consolmagno, disse que não importa quantos tentáculos a vida extraterrestre pode ter, ele está receptivo a baptizar a vida extraterrestre.
brother guy
Será que ele se lembrou que se os ETs vierem cá (a única forma de estarmos com eles), então é porque estão mais avançados, e se eles tiverem missionários, então será o padre Guy que vai ser convertido à força?
Além disso, da mesma forma que não se baptiza macacos ou cães (e ainda bem!), porque raio quer ele baptizar ETs?

Leiam em inglês, aqui, aqui, aqui, e aqui.

Vá lá que ao menos disse muito mal do Criacionismo, acusando-o de extremista e que trata Deus como se fosse algo muito pequeno.

12 comentários

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  1. Olá,

    Só 4 comentários:

    – gostei de ver a distinção entre possível e provável.

    – em termos de evolução, Pierre Teilhard de Chardin defendia Darwin em termos biológicos e Lamarck em termos culturais.

    – a equação de Drake é simplesmente uma ferramenta de trabalho, de organização.

    – o livro “Rare Earth” reflectiu em termos de probabilidades, dizendo que inteligências humanas terão uma probabilidade perto do nulo de existirem no Universo, enquanto bactérias deverão ser comuns. Ou seja, segundo percebi, vai de encontro ao que o Rogério defende. E que a maior parte das pessoas desta área (astrobiologia) defendem.

    abraço!

    • Rogério Gonçalves on 04/10/2010 at 15:36
    • Responder

    Haverá civilizações ET que superem os humanos em tecnologia?
    ( Às suas perguntas):

    1.Onde coloco na prática a delimitação da inteligência ET para desenvolver um computador.
    1.1 . Para si, que tipo de vida complexa é possível e que tipo não é possível?
    Exemplo: serão formigas possíveis? E cães? E aranhas? E baratas? E macacos? E polvos? E peixes? (note que alguns destes conseguem “projectar”, e desenvolver planos)
    2. 1 – Se coloca o limite entre uma espécie ser inteligente ou não, na capacidade de desenvolver um computador, quer isso dizer que na geração dos meus avós, na sua classificação, a civilização humana não era inteligente?
    2. 2 – Note que a revolução tecnológica é muito recente. Se igualar a inteligência à capacidade tecnológica, quer isso dizer que os Humanos só são inteligentes nos últimos 200 anos (mais coisa menos coisa)?
    3.3 – E se uma civilização ET já tiver passado essa fase tecnológica, e está agora muito mais desenvolvida que isso? Vai definir essa civilização já não-tecnológica como menos inteligente que os Humanos? (da mesma forma que se levarmos a net ao Galileu, ele achará bruxaria, magia, ou algo do género, a nossa civilização daqui por 500 anos (um período de tempo pequeno no Universo) já terá capacidades que para nós serão “magia” e “bruxarias”, que não são tecnológicas como agora)
    4 .4– Isto são definições interessantes, porque o SETI, por exemplo, define uma civilização inteligente como aquelas que têm rádio-comunicação. Ou seja, segundo a definição inerente ao SETI, os Humanos só são inteligentes nos últimos 50 anos (mais coisa menos coisa).

    1. Não delimito a inteligência ET, delimito sim as probabilidades de possuírem condições
    de apresentarem um desenvolvimento tecnológico ao nível actual da humanidade.
    Estamos perante um tema de hipótese científica não comprovada, mas com probabilidades próximas de zero. Porquê! (3.3)
    Ainda como ponto prévio, bactérias existirão certamente. Já no que se refere às outras espécies como formigas, cães, aranhas, baratas, macacos, polvos e peixes ou mesmo quaisquer outras existentes no nosso planeta; na vida ET, quaisquer semelhanças serão de probabilidades muito reduzidas. Porquê! (4.4)

    Para ajuda a uma melhor compreensão da fundamentação tecnológica e científica, tal
    como construir um computador e seu software, creio que é aceite por toda a comunidade científica que “não é obra do acaso” mas sim de “instrumentos intelectuais” que reúnem vontade, conhecimento, discernimento de oportunidade, organização, planeamento objectivo, selectividade da equipa de trabalho e mesmo antevisão do projecto concluído. Estas são faculdades que lideram a vida e não são comuns a todas as espécies vivas. Actualmente do que se conhece só se encontram reunidas em “alguns” humanos. A sociedade de hoje dispondo de quase toda a informação on-line ainda são reduzidas as equipas de trabalho que o constróem.

    A vida no nosso planeta já apresenta esta grande diferença, entre a humanidade e as restantes espécies vivas. Certo?. Se à escala do planeta terra, as diferenças se destacam
    entre as várias espécies vivas, então que esperar das diferenças a encontrar perante uma vida ET num hipotético encontro, ou mesmo por dedução lógica de um resultado sequente das várias projecções de todas as leis que regem toda a existência e evolução do Universo: Desde da física, à química, à energia até mesmo à quântica. Note-se que também nestas ciências os processos são dinâmicos, nunca acabados e sem certos absolutos e definitivos.
    Entre os próprios seres humanos ao longo da sua existência pouco mais de ( 2,5 milhões de anos) só muito recentemente nos últimos cinquenta anos foi possível iniciar a construção com resultados práticos a preciosa ferramenta que é o computador. Há diferenças significativas entre os humanos conterrâneos e um abismo quase intransponível se compararmos gerações.

    1.1. Jamais será possível quantificar a inteligência que determinada espécie viva apresenta e as suas capacidades, tal como não é possível antever o seu aparecimento ou a sua extinção com dados precisos. Sendo a biologia uma área do conhecimento das mais complexas; na vida ET também estará sujeita aos mesmos factores e leis ambientes. Certo é, que em meios diferentes todo o complexo vivo também se apresenta diferente.
    2.1. A Civilização humana sempre foi inteligente. obviamente também o foram os nossos
    avós e todos os antepassados. O grau de desenvolvimento tecnológico não é resultado
    apenas da inteligência. A tecnologia de ponta são projectos de obra que exigem, para
    além das faculdades já citadas, amplos protocolos de abrangência global e que sem
    a consertação das múltiplas áreas do conhecimento incluindo as ciências não exactas,
    como a política, o direito, a comunicação ou até mesmo a arte.
    Máquinas pensantes não seriam uma necessidade globalmente aceite, pelo que a
    evolução das mentalidades ainda não tinha acontecido.
    2.2. Inteligência não é sinónimo de desenvolvimento tecnológico nem o suficiente
    para alcançá-lo, como demonstrado anteriormente, contudo é imprescindível
    à preservação da vida e também ao desenvolvimento. Uma inteligência mal
    balizada pode conduzir a danos graves na vida e no avanço tecnológico. Não basta
    ser-se inteligente. Não faltam exemplos na história da humanidade, de grandes
    inteligências mas também do inverso. No cômputo final, o facto do 200 anos recentes
    de tecnologia podem indicar que a mesma poderia ter acontecido mais cedo. E se com
    a humanidade da qual fazemos parte com o privilégio e a capacidade de nos auto-
    conhecermo-nos, essa tecnologia tardou, que esperar de outras espécies vivas das
    quais pouco ou nada sabemos, as Ets.

    3.3 Certamente que não. Uma hipotética civilização ET que já tivesse passado toda a fase
    tecnológica e agora ainda mais desenvolvida, claro que não a definiria como menos
    inteligente que os humanos, e acrescento mesmo em termos tecnológicos. Estamos
    neste domínio já na ficção científica, ou até mesmo na antevisão científica. Posso
    acreditar ser possível aos humanos num futuro ainda longínquo povoarem o espaço o
    mesmo não vejo plausível a existência de civilização ET nesta fase.

    Mais difícil que o uso da inteligência é a evolução das mentalidades. Sem esta não há desenvolvimento tecnológico. Uma das razões porque os nossos antepassados deixaram para estes dois últimos séculos a quase a totalidade da tecnologia hoje existente, foi exactamente porque não foram capazes de evoluírem no sentido colectivo do termo. Muito embora tenham existido inteligências evoluídas, estas não foram capazes de se afirmarem no meio colectivo com sucesso. A lenta consciência colectiva da humanidade é gritante, passados milénios sobre critérios e atitudes, ainda há a esperança, de que resultem. Populações demasiadamente extensas enfrentam com maior dificuldade este processo de evolução. Esta é outra grande limitação senão a principal, para a improvável existência de vida ET tecnologicamente evoluída. Encontrar no universo um planeta, com recursos e ambientes que alberguem vida, e simultaneamente reunir no seu percurso histórico todos os padrões do conhecimento indispensáveis à evolução tecnológica, passando pelos padrões da inteligência emocional dos quais fazem parte sentimentos, crenças, agressividade e pacifismo entre outros, muito embora seja infinito o Universo, é muito pouco provável . As conhecidas teorias da evolução de “Dawrin”, curiosamente refutada por um recente teólogo cristão Pierre Teiard de Chardin passando pela equação de Drake também refutada pelas “Rare Earth hypothesis” sendo obras de valor científico e pilares do pensamento sobre esta matéria, mais do que complexas não satisfazem, a meu ver respostas conclusivas à pergunta em debate.

    O Galileu e a net, nós e a nossa civilização daqui a 500 anos. Há um fosso enorme
    de culturas entre épocas que distem 500 anos. Certo que não antevemos as capacidades tecnológicas a essa distância e o Galileu julgaria que algum extraterrestre
    estaria a projectar num improvisado écran virtual na sua própria casa uma condenação
    séria pela sua irreverência à cultura da época ao perscrutar os “segredos” dos céus. Provavelmente até o desencorajava do excelente trabalho que nos legou. “Magias e bruxarias “ também são fenómenos culturais que sempre acompanham o subdesenvolvimento das sociedades e até não poupam os mais cépticos humanos. Nesta
    matéria a obra mais interessante que conheço é a Dianética de L.Ron Hubbart sem contudo
    perfilar qualquer questão dogmática que se atribui à Igreja de Cientologia. Esperamos
    que a nossa civilização entre muitas outras inovações, possa conseguir teleportar objectos
    e corpos através de aceleradores adequados de partículas e provavelmente viajar no tempo
    aplicando a célebre lei da relatividade de Einsten. Assim, já alguém poderá visitar o Galileu e tirar as conclusões próprias.

    4.4. O SETI, entidade que desconhecia até à sua referência, é um projecto interessante
    e de apoiar aguardando resultados nos seus objectivos.
    É mais lógico e provável o contacto via sinais rádio com eventuais civilizações ETs acaso existam e tecnologicamente avançadas, do que o contacto directo por razões já conhecidas da comunidade científica como vencer as distâncias inter-estelares. Quem sabe, se no futuro, o intercâmbio dessa informação trará a solução para muitos dos problemas da humanidade e também porque não a essas civilizações Ets. “Apenas hipóteses”. Quanto à questão que infere da definição de civilização inteligente desta entidade como aquela que tem rádio-comunicação é curiosa mas tecnicamente aceitável. Afinal é o nível do desenvolvimento necessário que interessa a esta iniciativa humana de comunicar com civilizações ET,s o que não inferioriza a civilização humana quando esta não dispunha de rádio-comunicação.

    Conclusão:
    A existência de civilizações Ets com grau de desenvolvimento tecnológico ao nível actual ou superior aos humanos é possível cientificamente mas improvável essa constatação.
    Tal como numa batalha pelo prolongamento da longevidade da vida humana são mais os factores contra do que os prós, assim a sobrevivência tecnológica no Universo
    poderá apenas ser uma excepção na Terra. Esta é uma tese que tem ainda mais e muitos
    argumentos a considerar não mencionados neste texto por serem exaustivos e nem todos
    fáceis de assimilar e entender.
    Exclama recentemente um famoso cartoonista: Se calhar é mais fácil ter uma religião. Do mesmo modo poder-se-á exclamar: Se calhar é mais fácil acreditar na existência de ET´s
    mais inteligentes que nós.

    Caro Carlos Oliveira, espero não o ter desiludido quanto ao conteúdo apresentado, é com gratidão que exercito o intelecto em todo o contexto científico e sociológico que nos cerca e fará parte de um trabalho prévio que desejo desenvolver na net em breve. Vou
    continuar a visitar o seu site com alguma frequência, pois já constitui uma referência
    válida que aprecio. Poderá encontrar-me on-line quando o desejar digitando no motor de busca Google a palavra “rogoneto”.
    Abraço.

  2. Olá,

    Sim, vou esperar 🙂

    Mas deixe-me só então fazer mais algumas perguntas para ir pensando:

    1 – Se coloca o limite entre uma espécie ser inteligente ou não, na capacidade de desenvolver um computador, quer isso dizer que na geração dos meus avós, na sua classificação, a civilização humana não era inteligente?

    2 – Note que a revolução tecnológica é muito recente. Se igualar a inteligência à capacidade tecnológica, quer isso dizer que os Humanos só são inteligentes nos últimos 200 anos (mais coisa menos coisa)?

    3 – E se uma civilização ET já tiver passado essa fase tecnológica, e está agora muito mais desenvolvida que isso? Vai definir essa civilização já não-tecnológica como menos inteligente que os Humanos?
    (da mesma forma que se levarmos a net ao Galileu, ele achará bruxaria, magia, ou algo do género, a nossa civilização daqui por 500 anos (um período de tempo pequeno no Universo) já terá capacidades que para nós serão “magia” e “bruxarias”, que não são tecnológicas como agora)

    4 – Isto são definições interessantes, porque o SETI, por exemplo, define uma civilização inteligente como aquelas que têm rádio-comunicação. Ou seja, segundo a definição inerente ao SETI, os Humanos só são inteligentes nos últimos 50 anos (mais coisa menos coisa).

    abraço!

    • Rogério Gonçalves on 02/10/2010 at 00:12
    • Responder

    Olá Carlos Oliveira, caro Professor.
    Permita-me tratá-lo assim e obrigado pela oportunidade de expressar no seu espaço Blogue de excelência, ideia (tese) na qual pesquiso e estudo já decorrem mais de três décadas. O tema não é novo. Nova é sim esta grande oportunidade de comunicação
    global que coloca pessoas de todos continentes em projectos comuns, construtivos
    ou não, mas desejáveis e necessários.
    À sua pergunta, onde coloco na prática a delimitação da inteligência ET para desenvolver um computador, vou tentar responder-lhe muito em breve, ser sucinto e simultaneamente compreensível. Para não desapontá-lo assim o desejo, por favor aguarde que conclua alguma pesquisa que melhor clarifique o tema em questão.

    Um abraço,

  3. Olá Rogério,

    Pelo que percebi, não acredita em vida inteligente, mas vida simples (bactérias) é possível que exista, certo?
    “É inquestionável que existirá vida orgânica para além da existente no nosso planeta. Porém a vida com capacidade de projectar, desenvolver e acumular conhecimento de forma inteligente como é a humanidade no seu todo (…)
    (…) qualquer forma de vida existente não saberá desenvolver um computador…”

    A minha pergunta é simples: onde coloca essa delimitação na prática?

    Para si, que tipo de vida complexa é possível e que tipo não é possível?
    Exemplo: serão formigas possíveis? E cães? E aranhas? E baratas? E macacos? E polvos? E peixes?
    (note que alguns destes conseguem “projectar”, e desenvolver planos)

    Note que não estou a criticá-lo, estou simplesmente a tentar compreender melhor a ideia.

    abraço!

    • Rogério Gonçalves on 01/10/2010 at 00:20
    • Responder

    Gostaria de deixar um pequeno comentário sobre o tema “Baptizar Extraterrestres”

    Qualquer que seja o propósito sobre um hipotético encontro com ET´s é e será em minha convicção uma perda de tempo. ( Isto, porque simplesmente eles não existem).
    Não é uma afirmação com um certo absoluto, mas é uma afirmação com alguma dedução lógica como o são quase todas as conclusões da física ou da química quando não são possíveis a sua prova experimental.
    Assim, o ser Humano é o ser vivo em todo o universo que apresenta um grau de desenvolvimento superior a qualquer outra forma de vida. E neste sentido será também mais responsável não só no todo ecológico do nosso planeta mas também do Universo que sejamos capazes de descobrir e influenciar.
    Também nas questões religiosas, e com respeito por quem expressa o contrário, desde que me respeite também, concluo pela criação humana das religiões. Ou seja não
    existem Deuses. Existem sim muitas comunidades religiosas compostas por seres humanos que dirigem os seus afectos, crenças e até acções a uma entidade inexistente mas que corporiza nas pessoas que “o elegem”.
    Expresso seguidamente um breve texto lógico onde fundamento as afirmações anteriores.
    Não existem dois elementos iguais em todo o universo ou multiverso.
    Dois átomos, ainda que iguais ocupam espaços diferentes na ordem espaço tempo. O Universo ou o multiverso não será uma caminhada de companheirismo, mas antes acontecimentos únicos e irrepetíveis em todo o espaço cósmico. É inquestionável que existirá vida orgânica para além da existente no nosso planeta. Porém a vida com capacidade de projectar, desenvolver e acumular conhecimento de forma inteligente como é a humanidade no seu todo, é um processo que não se transmite por hereditariedade biológica, mas sim por herança virtual organizada. A informática é um exemplo dessa construção do conhecimento e da tecnologia.
    Simplificando a afirmação da existência ou não de outras formas de vida noutros universos além do nosso, direi que a probabilidade será nula, isto é, qualquer forma de vida existente não saberá desenvolver um computador….
    Se algum dia alguém me provar o contrário, certamente me redimirei de um erro que repito, é improvável.

  4. Caro “Aerogel”,

    Se reler novamente o meu comentário, percebe que não me dirigi a si, nem sequer fiz considerações sobre o seu comentário.
    Como vê, a pressa em querer comentar, cega-lhe o raciocínio.

    Quanto ao que diz no fim, é uma das variantes dos defensores dos Astronautas Antigos.

  5. LOL

    Ó Carlos… e eu por acaso estava a perguntar se alguém concordava?
    Também fazes juízos desses se te contarem uma anedota ou uma estória?
    Que paranóia…
    Eu estava a criar uma situação fictícia, como é que podes dizer que seria ou não assim?

    Mas já que pelos vistos, és tão esquisito, pega lá esta.
    Os mesmos ETs voltavam e diziam.
    “Parece que não vos explicamos bem. Deus não existe. Fomos nós que, há milhões de anos atrás criamos este planeta e outros tantos, exactamente iguais, para criar carne. Viemos agora buscar o que criamos. Rezem à vontade, não vai servir de nada.”

  6. Caro “Funes”,

    Só dois comentários:

    – tem toda a razão quando diz que a posição da Igreja é coerente. Sempre foi assim nos últimos 2000 anos. Aliás, já escrevi sobre isso:
    http://www.astropt.org/2009/04/17/e-alf-disse-faca-se-luz/

    – quanto à hipótese que coloco no final do post, não concordo com o que disse.

    Os ETs podem ser “ateus”, e sabem que essa é a verdade (porque estão muito mais avançados que nós, e sabem como começou o Universo), e por isso querem “indotrinar” todos os seres pouco evoluídos, como nós, para deixarmos essas supertições, pseudo-ideias, em “deuses”.

    Eles podem acreditar num Deus que não é o Cristão, e por isso vão pelo Universo com “missionários”, ou “cruzadas”, a impôr a visão deles do Deus deles.
    Isto é o que acontece pela história da Humanidade, sejam politeístas ou monoteístas. Sejam os Romanos e os Gregos com todos os seus deuses, sejam os Cristãos com as Cruzadas e os Descobrimentos, sejam os Muçulmanos, etc.
    Ou seja, quem tem mais força na altura, força as suas crenças noutros.
    Se os ETs vierem cá, então têm mais força que nós (até já podem viajar entre estrelas!), daí que podem muito bem tentar converter à força toda a gente, incluindo o padre Guy
    😉

  7. E imaginem que os extraterrestres ao chegarem cá, a primeira coisa que diziam era:
    “Viemos informar que descobrimos por X e por Y, temos provas e fotografias de que o(s) vosso(s) deus(es) não existe(m). Fiquem bem e obrigado”
    E desapareciam.

  8. Mas tem que compreender que eles são homens de fé. Acreditam na natureza universal da sua verdade e, portanto, na obrigação de a levar (na realidade, levar a salvação) a todos os seres inteligentes do universo ou dos universos todos, se forem vários. A não ser que – como admitem alguns teólogos – nós não sejamos o único povo eleito e Deus Pai tenha já enviado o Seu Filho a redimir os muitos ETs que devem pulular por essas galáxias fora. Ou talvez o Adão ET e a Eva ET (ou os muitos Adões Ets e as muitas Evas Ets) nunca tenham cometido o pecado original e tenham sempre vivido no Paraíso ET, com acesso directo e imediato à glória de Deus, dispensando a redenção.
    Mas, no fundo, a posição da Igreja é coerente. Absurda, porventura, para um não crente, mas coerente. Não é uma posição essencialmente distinta da posição do físico que, visitado por ETs, quereria, naturalmente, aprender com eles as grandes leis da física que lhes permitiram chegar até nós. Ou, na hipótese menos provável de sermos nós a chegar primeiro à região dos ETs., também lhes quereremos ensinar – na medida em que a sua inteligência lhes permitir acompanhar-nos – as leis da física, tal como as compreendemos.
    A questão é que, ao contrário do físico, o católico não tem dúvidas e o seu “conhecimento” é fechado, definitivo e total. Foi revelado directamente por Deus e, portanto, não há nada a acrescentar. Consequentemente, a hipótese que coloca na parte final do post, de ser eles, os ETs, os missionários que nos vêm catequizar não é pensável. Porque, das duas uma: ou Deus também a eles se revelou, e então eles partilham connosco a mesma verdade e já foram baptizados (ou, por ausência de pecado original, dispensam o baptismo); Ou Deus, ist,o é a Verdade, ainda não lhes chegou e a Igreja tem mesmo por missão catequizá-los e baptizá-los. Fazê-lo tem todo o sentido. É mesmo um imperativo.
    Note-se bem: o facto de eu compreender a posição da Igreja e de alcançar a respectiva coerência interna não quer dizer que partilhe tal posição. Receio sempre, como perigosíssimos, os homens de um só livro. Seja esse livro a “Bíblia”, o “Corão” ou “O capital”.

    1. Queria ver se os ETs chegassem aqui e quizessem converter a humanidade pra Religião deles, que nem no Filme do Riddick, kkkkk, se não se converter Morre, acho que conheço mais ou menos essa historia, aconteceu muito com a descoberta das américas, prepotente

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