Crescimento Lento de Galáxias

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Novas Observações do Very Large Telescope do ESO forneceram, pela primeira vez, provas directas de que as galáxias jovens podem crescer ao incorporarem gás frio que se encontra ao seu redor, utilizando-o como combustível na formação de muitas estrelas novas.
Nos primeiros milhares de milhões de anos depois do Big Bang a massa das galáxias típicas aumentou dramaticamente e compreender porque é que isto aconteceu é um dos actuais problemas da astrofísica moderna.
Os resultados saem no número desta semana da revista Nature.

As primeiras galáxias formaram-se quando o Universo tinha menos de um milhar de milhões de anos de idade e era muito mais pequeno do que os sistemas gigantes – incluindo a Via Láctea – que observamos actualmente.
Por isso, o tamanho da galáxia média aumentou à medida que o Universo se desenvolveu.
As galáxias colidem com alguma regularidade e desse processo resulta a fusão que origina sistemas maiores.
Este é, portanto, um mecanismo importante no crescimento das galáxias.
No entanto, um modo de crescimento adicional mais suave foi proposto.

Uma equipa de astrónomos europeus utilizou o Very Large Telescope do ESO para testar uma ideia inovadora – a de que galáxias jovens cresceram ao incorporarem correntes frias de gás de hidrogénio e hélio que enchiam o Universo primordial, formando novas estrelas a partir desse material primitivo.
Tal como uma empresa comercial pode expandir-se juntando-se a outras companhias ou contratando mais pessoal, também as galáxias jovens poderiam crescer de dois modos diferentes – ou fusionando-se com outras galáxias ou incorporando matéria.

O líder da equipa, Giovanni Cresci (Osservatorio Astrofisico di Arcetri) comenta: “Os novos resultados obtidos com o VLT são a primeira evidência directa de que a adição de gás primordial aconteceu realmente e foi suficiente para dar início a formação estelar vigorosa que, por sua vez, originou o crescimento de galáxias de grande massa no Universo jovem.”
A descoberta irá ter certamente um grande impacto na nossa compreensão da evolução do Universo desde o Big Bang até ao presente.
As teorias de formação e evolução galáctica poderão ter que ser revistas.

Leiam o resto do artigo do ESO, clicando aqui.

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