Denisovanos

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Foi descoberto um pequeno pedaço de um dedo Humano numa gruta na Sibéria, chamada Denisova.
Os cientistas estudaram o seu ADN, e perceberam que é de uma mulher jovem que viveu há cerca de 41 mil anos atrás.
Mas o mais incrível é que é de um tipo de Humanos até agora desconhecidos: Denisova hominin.

Ou seja, foi descoberto um novo tipo de Humanos.
São “primos” dos Neandertais, e pelos vistos nós também nos reproduzimos com eles.

Como diz o Público: “a nossa espécie é uma manta de retalhos feita com genes de outros grupos de humanos”.
Um cientista da equipa que descobriu este novo tipo de Humano diz no Público: “Esta descoberta mostra que vários grupos humanos – alguns diriam espécies – habitaram a Terra ao mesmo tempo há cerca de 100 a 80 mil anos. Há 100 mil anos pode ter havido cinco grupos de humanos: teríamos os humanos modernos (os nossos antepassados directos) em África; os Neandertais na Europa e em parte do Próximo Oriente; os Denisovanos na Sibéria e possivelmente em parte do Sudeste asiático; talvez o Homo erectus tardio em Java, na Indonésia; e a forma anã do Homo floresiensis na ilhas das Flores, Indonésia. Isto é bastante diferente do que pensávamos há dez anos, pois nessa altura supunha-se só existirem os humanos modernos e os Neandertais.”

Já a Folha acrescenta que: “cerca de 5% do DNA dos melanésios, moradores de Papua Nova-Guiné e adjacências, teria vindo do povo de Denisova. Se as conclusões estiveram corretas, fica mais forte a ideia de que a interação entre várias espécies de hominídeos contribuiu para criar a humanidade moderna.”
“os cientistas tinham estimado que o povo de Denisova está evolutivamente isolado há cerca de 1 milhão de anos, antes que os ancestrais do Homo sapiens e dos neandertais tivessem se separado em duas linhagens diferentes. (…)
Os novos dados, mais completos, indicam que, na verdade, os denisovanos são primos de primeiro grau dos neandertais, tendo se separado deles há uns 250 mil anos. Antes disso, formavam uma linhagem comum que teria divergido da nossa há uns 400 mil anos.
O mais maluco, no entanto, é que alguns trechos de DNA exclusivos dos denisovanos só aparecem no DNA de nativos de Papua-Nova Guiné e ilhas próximas, entre uma série de pessoas de origem europeia, asiática e africana cujo genoma foi analisado pelos pesquisadores.
A hipótese mais natural para explicar isso é que, quando deixaram a África, ancestrais das pessoas de hoje toparam com denisovanos em algum lugar da Ásia, tiveram filhos com eles e, mais tarde, essa população foi parar na Nova Guiné.”
Assim, somos mais diferentes do que pensávamos.

Podem também ler em inglês, no New York Times.

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