Nascimento Estelar III – O Berçário Estelar

O modelo estelar atual explica como uma estrela nasce a partir núcleo isolado e está conforme as observações. No entanto, a maioria dos nascimentos estelares dá-se em aglomerados e este modelo não tem em conta as influências entre as estrelas próximas e como isso afecta o nascimento.

Se várias protoestrelas nascerem próximas, começam a competir pelo gás remanescente. As mal sucedidas podem ser ejetadas que passam a ser anãs que vagueiam pela galáxia. Este é o modelo de acreção competitiva, desenvolvido por Ian Bonnel, Matthew Bate e outros.

Um outro modelo atribui a principal influência à turbulência dentro do gás (em vez da competição pelo material como no modelo acima), que aciona o colapso e a distribuição de tamanhos.

As observações favorecem o modelo do núcleo turbulento, embora o modelo da acreção competitiva possa ser importante em zonas de alta densidade estelar. No aglomerado da Árvore de Natal (NGC2264), em luz visível apresenta bastantes estrelas, gás e poeira, portanto há formação estelar. Observa-se estrelas em diversos estágios de desenvolvimento. Aqui veríamos marcas tanto do modelo de acreção competitiva como do núcleo turbulento.

As estrelas mais jovem estão separadas cerca de 0,3 ano-luz, marca de colapso gravitacional dos núcleos densos. Por outro lado, também se observam grupos de protoestrelas – pelo menos 10 num raio de 0,1 ano-luz – o que evidencia a acção da acreção competitiva, pelo menos em pequena escala. Este exemplo mostra que ambos os modelos podem estar presentes.

 

Adaptado de Scientific American

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