Rússia levanta segredo sobre morte de Gagarin

Gagarin, a mulher, Valentina, e a filha Yelena

A morte de Yuri Gagarin, em 1968, no acidente com o avião MiG que pilotava, sete anos depois de se tornar o primeiro homem a voar no espaço, pode ter sido causada por uma sonda atmosférica da qual ele teve que se esquivar, segundo documentos desarquivados recentemente. O caso foi classificado como “segredo de Estado” pelas autoridades soviéticas.

No dia 27 de Março de 1968, no comando de um MiG-15 bimotor acompanhado por um instrutor, Gagarin despenhou-se no nordeste de Moscovo, em circunstâncias não esclarecidas até ao momento. Numa altura em que a Rússia festeja com grande pompa os 50 anos do voo de Gagarin ao espaço, no dia 12 de Abril de 1961, o chefe dos Arquivos do Kremlin, Alexandre Stepanov, leu em entrevista à imprensa um documento que estava guardado a sete chaves, sobre a investigação.

A vice-directora dos arquivos estatais científicos, Larisa Uspenskaia, destacou que “mais de 200 documentos e processos tinham sido desarquivados”, por ocasião da comemoração de 50 anos do voo de Yuri Gagarin. A manutenção do segredo desde a época soviética sobre as causas da morte deste herói nacional gerou os mais diversos rumores, desde um complô da KGB à hipótese de um Gagarin sem experiência suficiente, ou talvez embriagado, a quem as autoridades não teriam ousado rejeitar a autorização de voar.

Como sinal da importância do caso, as conclusões já tinham sido inscritas num decreto do Comité Central do Partido Comunista da então URSS, datado de 28 de Novembro de 1968, com o selo de “segredo de Estado”.

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