Supernova que Originou Cassiopeia A foi Observada ?

A falta de observações da supernova que deu origem ao remanescente que hoje conhecemos como Cassiopeia A é um dos grandes mistérios da astronomia moderna. A observação da expansão do remanescente permitiu aos astrónomos calcular que a explosão deveria ter sido visível no século XVII, por volta do ano 1680. Na década de 80, William Ashworth propôs que a débil estrela 3 Cassiopeiae, observada pelo astrónomo real John Flamsteed em 16 de Agosto de 1680 e não mais avistada, poderia ter sido uma observação acidental da supernova. Flamsteed, no entanto, não deixou nenhuma observação especial sobre a dita estrela e integrou-a inclusivamente no seu atlas publicado em 1729. Além do mais, a posição da 3 Cassiopeiae é incompatível com a posição de Cassiopeia A, mesmo tendo em conta a precisão das observações do astrónomo real.

A história teve agora um desenvolvimento potencialmente interessante. No encontro anual da Royal Astronomical Society, o astrónomo britânico Martin Lunn e a historiadora americana Lila Rakoczy propuseram que a supernova poderia ter sido observada em 29 de Maio de 1630. Esta é também a data de nascimento do futuro rei Carlos II de Inglaterra. O aparecimento de uma estrela brilhante nessa data é referido por várias fontes independentes o que pode indiciar que o fenómeno realmente ocorreu e foi largamente observado, independentemente de alguma propaganda política que lhe possa estar associada. Um problema evidente com esta proposta consiste em explicar a aparente inexistência de relatos da aparição da estrela no resto do mundo, especialmente numa época em que a astronomia como ciência estava em franco desenvolvimento. Os autores da proposta são cautelosos e admitem as dificuldades. No entanto, chamam a atenção para o facto de estes registos merecerem um estudo mais cuidado pois poderão resolver um mistério que tem já várias décadas. A confirmação da supernova em 1630 obrigaria também a uma revisão dos modelos utilizados para calcular a idade dos remanescentes de supernovas com base nas suas velocidades de expansão.

Podem ver a notícia original aqui.

1 comentário

    • ODILON SILVA - RJ on 23/04/2011 at 04:20
    • Responder

    tó ligado na parada.

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