LIFE

LIFE, Living Interplanetary Flight Experiment, é uma experiência para testar uma filha da Panspermia, que é a Transpermia: tentar comprovar se microorganismos conseguem sobreviver às condições do espaço, de modo a poderem quiçá viajar entre planetas a “bordo” de cometas… tendo como resultado final a transferência de vida entre planetas.
Para isso, a LIFE vai ser enviada na sonda Fobos-Grunt que irá ser enviada para a lua de Marte, Fobos. A viagem será de ida e volta e durará 3 anos.

Enquanto a sonda Fobos-Grunt não parte para Marte, esta experiência foi levada a bordo do vaivém Endeavour.

Ao todo, 10 organismos irão na LIFE a bordo da Fobos-Grunt.
No vaivém foram 6 deles.

Claro que mesmo que eles sobrevivam, não se pode tirar imediatamente a conclusão que a vida se pode transferir entre planetas, e muito menos que houve transferência de Marte para a Terra… mas ao menos poderá se afirmar que isso não é impossível 😉

10 comentários

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  1. É verdade que já se fez uma experiência deste género com tardigrados? Creio ter lido que sim, e que eles sobreviveram.

    Estar a fazer isto não é estar a repetir um pouco a experiência? A não ser que se queira experimentar com mais organismos, ou que não tenha havido experiência nenhuma com tardigrados.

    1. Sim, já se fez essa experiência, e realmente muitos deles sobreviveram 🙂
      http://www.astropt.org/2009/05/30/tardigrades/

      Penso que os “meteram ao barulho”, porque também será uma forma de comparação com os outros 😉

    • Miguel Gonçalves on 19/05/2011 at 20:53
    • Responder

    Boa Carlos!
    Só falta referir que esta é uma experiência patrocinada pela The Planetary Society. 🙂

    Abraços!

    MG

    • Marina Frajuca on 19/05/2011 at 20:21
    • Responder

    E quem nos garante que já não há vida noutro lado? Não vida como nós conhecemos mas de outra forma, volta e meia somos surpreendidos com a descoberta de vida nos sitios mais impensaveis.
    Se a terra for o unico planeta com vida, há um grande desperdicio de espaço…

  2. … Logo isso está errado, pois há sim, perigo de contaminação.

    A Galileu foi despencada em Júpiter, por causa dos riscos de contaminação para Europa, por prováveis bactérias da Terra que estivesse de carona na sonda.

    E, pelo que eu saiba, não se planejava fazer a Galileu pousar em Europa, muito menos depositar vida naquela lua (tecnicamente, a Galileu não tinha recursos nem pra uma coisa nem pra outra). Então, por que a destruíram? A resposta em uma palavra:

    Risco.

    O mesmo risco que não pode ser considerado zero num missão como essa.

    1. A Galileu teve o fim que teve por 2 razões, que são diferentes de agora (ou seja, não se pode comparar nesses modos):

      1 – No tempo da Galileu ainda não se tinha os métodos de descontaminação que se tem agora, com a descoberta de diversos extremófilos.
      Em 22 anos, evoluímos muito em termos de conhecimento.

      2 – A Galileo teve o fim que teve como razão principal de se estudar a atmosfera exterior de Júpiter. Esse não é o caso da missão Fobos-Grunt – esta missão será de ida e volta.

      P.S.: não existe risco 0 em lado nenhum :P, logo esse argumento pode ser usado para tudo… e sendo assim, para nada 🙂

        • Cristiano on 20/05/2011 at 00:03

        Se houvesse uma chance de uma pessoa levar um tiro em meio a um confronto entre policiais e bandidos, seria prudente arriscar passar no meio dessa confusão, só pra pegar um atalho até a padaria, quando se poderia simplesmente dar a volta e ir pela outra rua?

        Falar que não existe risco zero é desnecessário. Aqui ninguém acredita em fadas (bom, na verdade eu acredito, acredito!… – já viram Peter Pan? – mas não contem pra ninguém, por favor)…

        Estamos falando de ter prudência, e não de números.

        Enviar uma sonda carregada de formas de vida terrestres até um satélite de um planeta onde existe alguma chance de possuir vida nativa? Arriscar uma contaminação dessa mesma forma de vida pela nossa?

        Ainda mais quando se poderia fazer essa mesma experiência em outro lugar?

        Não, isso não é prudente.

      1. Cristiano,

        Eu penso que está a fazer confusão com 2 coisas 🙂

        A sonda não irá a Marte, como muitas outras têm ido.
        Vai somente a uma pequena pedra que anda ao redor do planeta.

        A vida que a sonda leva não será liberta pela rocha… 😉

  3. Ativistas pró-defesa da possível (não na minha opinião) vida em Marte deveriam fazer protestos contra esse tipo de pesquisa.

    1. Esta vida não irá ser colocada em Marte… logo não há perigo de contaminação.

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