Mistério das manchas solares

“Um mistério com mais de um século de interrogações foi finalmente resolvido (…). Uma equipa de investigação à qual pertence o cientista português Vasco Henriques desvendou o mistério do Efeito de Evershed – relacionado com a observação da velocidade radial das manchas solares.
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O modelo dominante, dos dois anteriormente suportados, “envolve tubos de fluxos e associava directamente estruturas filamentares a tubos de campos magnéticos”, continua Vasco Henriques, acrescentando que a teoria “defendia que o gás emergia do interior para o exterior (Efeito de Evershed), ao longo destes tubos”, mas sem, no entanto, conseguir explicar o modelo, tornando-o mesmo “instável”.
Existiu ainda outra classe de modelos, mais controversos – contudo, com menos pessoas a apoiar –, cuja explicação não recorre aos tubos magnéticos defendidos agora, mas que propugna “um fervilhar que consegue empurrar campos magnéticos que emergem da penumbra” e cuja estrutura filamentar observada corresponde a este conjunto que “aparece comprimido e a competir pelo mesmo espaço”.
Agora, percebeu-se que no centro do campo magnético existe “um borbulhar, devido à simetria geométrica e aos próprios campos magnéticos”, tal como referiu o cientista do Instituto para a Física Solar.
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O borbulhar explana-se sob uma componente horizontal, do interior para o exterior formando o efeito de Evershed. Como analogia, “numa panela de água a ferver, o líquido sobe, mas também desce e esta última situação, por exemplo, nunca foi observada e, neste caso, a água que sobe era explicada pelos modelos dominantes”, sublinhou. Sendo assim, agora já se “vêem os fluxos descendentes (o tal borbulhar) ao longo de toda a penumbra, ou seja, o padrão de gás que sobe e desce”, sustentou ainda.”

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