Mania de Superioridade

Se forem leitores regulares, sabem que eu critico bastante a mania de superioridade humana.
Quando se pensa em extraterrestres, imagina-se que eles são como os Humanos em praticamente tudo; quando pensamos noutras religiões, imaginamos que a nossa é a melhor; quando pensamos noutras culturas, assumimos que a nossa é a melhor; quando pensamos em animais, imaginamos critérios para os Humanos serem melhores; etc, etc, etc.
Este antropocentrismo é uma total arrogância, que vem em parte de uma mentalidade racista, como diz Jared Diamond.

Gosto muito dos livros do Jared Diamond.
Em parte tratam precisamente disso: de haver razões relativas, diferentes, e não porque uns são superiores aos outros… por mais que nos queiramos enganar a pensar que o “nosso lado” é superior.

Mas o primeiro livro famoso dele, O Terceiro Chimpanzé, também nos dá o outro lado da história: de que a Humanidade está separada, sendo superior aos outros… no mínimo, geneticamente e em termos de evolução cultural… humana.

40 comentários

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    • Ana Guerreiro Pereira on 13/07/2011 at 16:45
    • Responder

    Pronto, já recomeça… 😛

    Preciso de umas bandoletes quanticas para não ter medo de dizer nada qto a este assunto 😀 😀 😀 😀

      • Ana Guerreiro Pereira on 13/07/2011 at 17:15
      • Responder

      De qq forma, estou curiosíssima para ler este livro e esta perspectiva. Como já disse, tb a partilho. O facto de fazer análises usando uma perspectiva antropocentrica não significa que em seguida não a enquandre no todo… 😛

      Sim, o ser humano é arrogante e tem tiques de superioridade. Basta ver que desde sempre que as sociedades humanas são hierarquizadas e divididas em estratos sociais. Povos separados por kms e milhares de anos (exemplo, as civilizações pre-colombianas e os europeus) com um mesmo tipo de sociedade estratificada e hierarquizada, sempre com um acima de todos os outros, venerado quase como um deus…

      Interessantemente, não é só na sociedade humana que estas hierarquias existem. As formigas por exemplo, com a sua escravidão quimica que dita os seus papéis no formigueiro. Os nossos primos primatas mais próximos, pans, que possuem um chefe de grupo.

      Nem na mania da superioridade somos originais LOOOOL 😀

      Voltando à convenção taxonómica e sistemática de espécie: não somos da mesma espécie que os nossos primos primatas porque, apesar das semelhanças que nos unem, os 1 % que nos separam ditaram a impossibilidade de cruzamentos com descendentes férteis; aliás, nem sequer há fecundação entre gâmetas humanos e chimpanzés, por ex… lá se foi o humanzee 😀 e a piada do site G17 de rapariga grávida de um… 😀 por outro lado, dadas as semelhanças genéticas q nos unem, tb é questionável o porque de ficarmos num género à parte do Pan (ou os Pan ficarem num género à parte do Homo). Poder-se-á dizer que foi uma forma de dar conta das diferentes humanidades que existiram no passado, antes e durante a chegada daquela que é a nossa, Homo sapiens. Mas tb se poderá alegar que se podia ter incluído todos no género Homo e fazer subdivisões em espécie e subespécie; cada humanidade seria uma subespécie. No entanto, para poderem pertencer à mesma espécie, teriam de originar descendência fértil… originavam? Por exemplo, que o homem de neandertal e o homo sapiens se cruzavam, cruzavam-se. Mas esses híbridos eram férteis? Os genes neandertais que carregamos devem-se a esses cruzamentos ou às origens comuns? Não há provas de que os cruzamentos tenham sido intensivos e suficientes para justificar uma miscigenação a larga escala; para mais, conhecemos a veia racista da humanidade e perguntamo-nos se não se teriam antes evitado.

      A utilidade destas convenções está precisamente em se poderem fazer estas comparações. Nem são convenções dogmáticas, pois a taxonomia e a sistemática estão em constante mutação, a par do aumento de conhecimento a nivel de mapeamento de genomas e a da descoberta de novas formas de vida e novas espécies, q geralmente revolucionam toda a anterior classificação. No entanto, não é uma convenção arbirtrária e feita só pq sim… é uma sistematização e agrupamento de padrões. Não é uma intenção de superioridade, embora, claro, possamos questionar se o facto de pertencermos a um género à parte (Homo) de todos os outros não seja uma forma de clamar por essa superioridade.

      Nem o sabermos que somos mais uma formiguinha (umas mais obreiras que outras LOL) neste pale blue dot do imenso universo nos pode desculpar ou desresponsabilizar. Temos responsabilidades para com a própria Humanidade, pois ao alterarmos os ecossistemas da forma que alterámos (e, sim, todos os seres vivos alteram os ecossistemas e o seu equilibrio, mas eu estou a falar do equilibrio que nos é propricio e aos seres vivos que habitam a Terra aqui e agora), colocámos em risco a nossa sobrevivência. E é disso q se trata, da nossa sobrevivência, de termos alterado de tal forma os nossos habitats (pois é essa a forma como nos adaptamos hoje, alterando os habitats e moldando-os às nossas necessidades, esburacando, escavando, poluindo, criando selvas de betão, estradas de asfalto, etc, etc, etc…. mesmo sabendo que todos os seres vivos deixam a sua marca, não vamos encolher os ombros se sabemos que a nossa marca nos pode destruir…) que acabámos por colocar em risco a nossa sobrevivência e a de outros seres vivos….

      É uma questão de perspectiva, sim. E de forma como se usa a semântica. 😛 E de estar tudo a dizer a mesma coisa por palavras diferentes. 😛

      • Ana Guerreiro Pereira on 13/07/2011 at 17:16
      • Responder

      E é uma questão de uma pessoa, ficar com medo de se meter entre vocês dois ahahahah 😀

  1. A unica coisa que quero acrescentar é que a conversa começa nestes comentários aqui:

    http://www.astropt.org/2011/07/06/the-fallacy-of-fine-tuning-de-victor-stenger/

    e depois continuou nestes daqui:

    http://www.astropt.org/2011/07/08/quem-manda-aqui/

  2. “Qualquer pessoa pode ler os estudos da Lynn Margulis, do Einstein, os livros do Jared (com as referencias que lá constam), etc…

    Eu percebo que a preguiça é inimiga da razão…”

    A Lynn e o Einstein e o Jared tiraram muitas conclusões erradas. Logo temos de saber o que estamos a discutir e que justificações têm.

    Senão a mecanica quantica era dispensada sumariamente porque o Einstein não acreditava nela.

    1. Claro. Mas isso é um argumento próprio dos pseudos.
      É que esses de quem falei também tiraram muitas conclusões certas.

      “Logo temos de saber o que estamos a discutir e que justificações têm.”

      Exacto. Infelizmente há quem não saiba, e goste de vir com “controvérsias” para onde elas não existem.

  3. “Até porque coloco referências… como qualquer pessoa normal de ciência.”

    Colocas referencias para opiniões. Eu quero referencias para os estudos que justificam essas opiniões. E era suposto defenderes porque esses estudos levam a determinadas a essas conclusões.

    É a diferença entre argumentar por factos e por autoridade.

    1. Qualquer pessoa pode ler os estudos da Lynn Margulis, do Einstein, os livros do Jared (com as referencias que lá constam), etc…

      Eu percebo que a preguiça é inimiga da razão…

  4. Carlos:

    “Coloquei um post sobre um livro que vai de encontro à tua ideia sobre o Homem. O livro dá argumentos científicos para essa tua ideia.”

    Eu nao estou a dizer mal de tudo o que vem no livro. Nao chega de desconversar? Estou a criticar a afirmação ;:

    “Este antropocentrismo é uma total arrogância, que vem em parte de uma mentalidade racista, como diz Jared Diamond.”

    Que até é tua.

    E eu nao tenho mesmo tempo para isto. Tu dizes que sim, mas esta conversa vem desde 6 feira é natural que ocasionalmente possa responder. Vejo este post nesse contexto. Se não é engana muito bem,

    1. “E eu nao tenho mesmo tempo para isto.”

      Mas continuas…
      … mais um paradoxo.

      “Este antropocentrismo é uma total arrogância, que vem em parte de uma mentalidade racista, como diz Jared Diamond.”

      Esta frase, está correta.
      Ao longo da história, sempre houve muitos exemplos racistas.
      Esse racismo demonstra uma arrogância de pensarmos que somos melhores que os outros através de critérios que nós próprios escolhemos (seja nazis sobre judeus, homens sobre mulheres, religião sobre outra religião, brancos sobre negros, etc…).
      Penso que isto não é sequer polémico.

      Ora, essa forma de ver o mundo e os outros, ainda existe impregnada em muitas mentes atualmente (vê-se na política também).

      Neste assunto em concreto, também utilizamos critérios em que nos achamos superiores aos animais, para definir isso como evidências que somos superiores aos animais…
      Seria o mesmo que as águias acharem-se as melhores, por terem uma melhor visão.
      Ou seria o mesmo que os peixes se acharem os melhores por terem guelras.
      Tudo adaptações para eles que se mostraram como vantagens evolutivas… por muitos milhões de anos.
      Mas seria uma arrogância deles acharem que são os melhores devido a isso (a esse critério que eles próprios instituiram, por saberem que iam ser melhores).

      No entanto, não sou fundamentalista como me parece que tu estás a ser, e por isso percebo que poderão haver atributos científicos e objetivos que permitam caracterizar o Homem, no mínimo, diferente do resto… quiçá até acima. Jared Diamond fala precisamente disso, como eu escrevi no post.

  5. ““Eu não tenho é tempo para esta discussão”

    E, no entanto, tens tido tempo. Mais um paradoxo.”

    Nao te preocupes que não vai ser durante masi tempo.

    E se reconheces que do ponto de vista da vida +podemos avalair então podemos dizer que a especie humana consegue fazer mais planos para viver melhor etc. Tudo o que ja foi dito.

    A discussão do antropocentrismo ja la vem detrás. De qualquer modo a discução que esta aqui é suficiente para ilusgtrar que para ti antropocentrismo é concluir que a esepcie humana tem vantagens vitais.

    1. “para ti antropocentrismo é concluir que a esepcie humana tem vantagens vitais.”

      Mais uma vez, fazes afirmações fantasiosas em vez de perguntares.

      Como já disse várias vezes, esta é uma estratégia falaciosa que utilizas constantemente.

      A estratégia inteligente, racional, é perguntar em vez de se assumir coisas.
      Já tu, preferes a estratégia pseudo.

      1. “A estratégia inteligente, racional, é perguntar em vez de se assumir coisas.
        Já tu, preferes a estratégia pseudo.”

        Não assumi nada.

        Tu é que usas. Tentas criar lacunas de desconhecimento e aproveitar as que existem para colocar as tuas ideias pré-concebidas.

      2. “Não assumi nada.”

        Basta ler centenas de comentários para trás, em que eu o demonstro que fizeste… com exemplos.
        Mas olha uma coisa João, se a tua estratégia é mentir descaradamente, então deixo de receber os teus comentários… o mínimo que se pede das pessoas é que digam a verdade.

        “Tentas criar lacunas de desconhecimento”

        Foi assim que interpretaste desde o início… e desde o início que te expliquei (com exemplos concretos do assunto) que não era isso que eu estava a fazer.
        Mas tu continuas cego no teu fundamentalismo, sempre a “bater num sentido”, sem leres nada do que eu escrevo…
        …assim, é difícil comunicar com alguém.

  6. “LOLLLLLLLLLLLLLLLL
    agora fizeste-me rir com este “pre-emptive strike” “à la Bush”.”

    Pois é. Mas com os teus disparates um tipo tem de planear com antecedencia e ja receia ser comparado ao hitler so por ter de respirar.

    1. Olha que só é disparate para quem gosta de imaginar fantasmas e demonizar as outras posições. Para quem segue essa estratégia pseudo, é normal que os outros só digam disparates. Afinal, o objetivo não é compreender.

      Para quem prefere ler o que o outro escreve, chega perfeitamente à conclusão que eu não disse qualquer disparate. Até porque coloco referências… como qualquer pessoa normal de ciência.

      P.S.: isto realmente é paradoxal, e diz bem da forma como tu gostas de discutir.
      Coloquei um post sobre um livro que vai de encontro à tua ideia sobre o Homem. O livro dá argumentos científicos para essa tua ideia.
      Como eu gosto é de compreender as coisas, e tenho a mente bem aberta para outras posições que dêem argumentos científicos… não tive qualquer problema em escrever um post a divulgar como válida uma opinião fundamentada que é contrária à minha.
      Já tu, num post que até é a dar-te argumentos científicos para defender a validade dessa tua posição… mesmo assim discutes e não estás satisfeito. Até continuas a extremizar/demonizar a minha posição… em vez de te congratulares por eu não ter qualquer problema em reconhecer argumentos científicos a justificar a tua posição.
      Enfim… voltamos ao que eu penso serem problemas de ego que faz com que as pessoas fiquem cegas/fundamentalistas… independentemente do que os outros disserem.

  7. “Se eu quiser opinar que o Benfica é o maior clube de Portugal, e o justificar que é por jogar de vermelho… realmente dei uma justificação, mas que em nada evidencia a opinião que de

    Sabias que jogar de vermelho dá mais hipoteses de ganhar e pretendias manter essa piada apenas para ti ou foi mesmo azar?

    😛

    1. Não é piada. Eu sou do Benfica e o Benfica joga de vermelho.

      1. Claro que és do Benfica. Mas sabes que o Benfica não é superior aos outros clubes (senão és nazi) e sabes que o Benfica seria o gozo dos extraterrestres….

        O que leva a perguntar… Porque é que és do Benfica?

        Já sei! É porque não se pode saber porque o Benfica é o melhor e depois a Lynn também +e!

      2. Não sei se a Lynn falou no Benfica, mas se falou, ainda bem para ela.
        Se sabes que sim, espero que coloques aqui a referência. Senão, estás somente a argumentar com parvoíces.

        Claro que o Benfica é superior aos outros clubes. Isto não é nazismo. É a realidade da emoção.
        Mas eu consigo perceber que isto não é um argumento racional. Eu percebo essa limitação.

        Como já te disse uma dúzia de vezes, esse é o teu problema: estás tão cego no teu conflito com quem pensa diferente de ti, que és incapaz de fazeres uma auto-reflexão e perceberes as limitações do teu pensamento.

        É pena…

    2. “Senão, estás somente a argumentar com parvoíces.”

      Sim, tu é que começaste.

      “Mas eu consigo perceber que isto não é um argumento racional. Eu percebo essa limitação.”

      Será? É que insiste que o Benfica é o melhor

      ” estás tão cego no teu conflito com quem pensa diferente de ti, que és incapaz de fazeres uma auto-reflexão e perceberes as limitações do teu pensamento.”

      Tu é que estás. AS limitações são do teu pensamento. (ves é facil devolver estas alegações).

      1. O Benfica é o melhor, obviamente.

        “AS limitações são do teu pensamento. (ves é facil devolver estas alegações).”

        Será que leste os vários comentários em que reconheço as minhas limitações no pensamento?

        Essa é a diferença… um faz auto-reflexão e o outro só quer discutir sem sentido.

  8. “. Não percebo como as pessoas não aprendem com os erros do passado, e continuam a cometer as mesmas falácias.”

    Eu também não. Mesmo quando são apontadas a cada momento e justificadas.

    1. Eu diria “mal justificadas”…

      Como eu disse noutra parte:
      “Se eu quiser opinar que o Benfica é o maior clube de Portugal, e o justificar que é por jogar de vermelho… realmente dei uma justificação, mas que em nada evidencia a opinião que dei.”

      😉

    • ricardo ferreia on 13/07/2011 at 11:44
    • Responder

    acho que este artigo também se enquadra neste tópico. ->http://www.physorg.com/news/2011-07-brainy-lizards-birds.html

    1. Sim

      Muito interessante. Se gostas destas coisas tens de ver os filmes dos corvos a fazer ferramentas.

      Vê no you tube.

  9. Carlos:

    O nazismo não vem de defendermos como superiores ou melhores determinadas caracteristicas. Defender que devemos ser assim ou assado é uma condição importante para vivermos em sociedade. O problema do racismo e nazismo é o odio e a intolerancia.

    “Uma técnica muito vista pela história… quer seja de brancos sobre negros, de nazis sobre judeus, de homens sobre mulheres… etc… quem se acha superior, escolhe sempre características onde pensa que pode “provar” essa superioridade. ”

    O que estas a dizer, para dar o melhor sentido possivel à tua afirmação e fugir ao ad hitlerum, é que é um erro partir do principio a qeu se quer chegar. Isso não é o problema do nazismo, é um problema de raciocinio circular, de auto-referencia. Mas isso procura-se contornar com modelos e simulações de outros pontos de vista. Nunca tentei ignorar isso. Expliquei sempre e ja neste comentário que podemos avaliar a inteligencia de acordo com o que é esperado que cada ser vivo queira. Por exemplo: comer, bricar, viver etc. Coisas que podes ver qeu eles queerm fazer sem obstaculos e depois com obsetaculis cada vez mais elaborados. E observar na natureza como eles levam as coisas que querem fazer avante, etc.

    Por outro lado eu nao estou a dizer que as coisas estão como devem, como ha te disse “n” vezes. Os parametros que escolhi para avaliar o sucesso e importancia relativa (é tudo relativo
    ) são coisas que dizem respeito a todas as formas de vida enquanto tal.

    É aí que deve estar a argumentação e não na especulação sob o conteudo da minha biblioteca consultada. Chamar ignorantes e racistas é sempre facil.

    Quanto ao Jared, ele não esta cá para se defender, tal como a Lynn, e tu é que apelaste para eles, e é contigo que eu estou a discutir logo é a ti que eu dirijo as criticas e de quem espero que não cite outros autores à toa. Não há autoridades infaliveis e por isso espero mais que dizer “O Jared é o tal” para contituir um argumento. Quanto a criticar o Jared, não terei problemas, mas sem que me coloques aqui citações especificas, prefiro criticar-te a ti como responsavel por quem defendes e pelas conclusoes que defendes. AS coisas têm de valer por si e não por quem as diz.

    Eu sei que ha animais que planeiam. Foi um lapso que aliás aparece corrigdo mais tarde no meu comentário. Mas sabemos que planeiam da mesma maneira que sabemos que plabeiam menos que nos.

    TEstando, avaliando comportamentos naturais e avliando como funcionam os cerebros.

    Ou seja, sabemos estas coisas da mesma maneira que sabemos tudo o resto. Nada de novo.

    Quanto ao uso do termo antropocentrismo, não estou a defender nenhum, nem a partir do pressuposto que isso está bem definido. APenas a chamar atençao para implicaçºoes do uso que tu fazes da palavra no contexto dos teus argumentos.

    Partir do que se pode saber que influencia todas as especies de vida para concluir que temos mais poder que as outras especies não me parece antropocentrismo. Por nenhuma definição que não seja isso ser ponto de vista humano.

    Tambem não estou a dizer qeu a especie humana vale mais, ou que a minha cultura vale mais, ou que a minha raça vale mais. Mas digo-o agora. Eu acho que a especie humana vale mais que as outras, mas que isso não nos dá o direito de acabar com as outras. Dá nos sim a responsabilidade sobre não acabar com elas. Eu nao acho que a minha raça seja superior às outras. Não acho que haja raças, e não acho que a minha cultura seja de um modo geral superior às outras, mas vejo que ha muitas coisas em que é e tempo não estar apegado demasiado para que não possa mudar o que causa problemas a mim ou a outros seres vivos.

    Tenho um enorme apreço por todas as formas de vida, mas não me inibo de passar antibiotico para matar infeçoes bacterianas. Tu pela tua argumentação não ves nenhuma razão para isso que não seja comparavel a ser-se racista, nazi ou arrogante.

    Por outro lado evito comer carne de mamiferos, apenas por serem seres estremamente desenvolvidos e capazes de muitas emoçoes cujo signiiifcado conhecemos bem ( e o hitler não era vegetariano, ja agora antes que me venhas também com essa e se teve receitada uma dieta em fibras foi porque o medico recomendou para os seus problemas intestinais, não foi por valorizar qualquer especie de vida).

    E considero que o enorme poder que temos sobre a superficie deste planeta, que a nossa capacidade de produzir ciencia e planear, nos reveste de uma enorma responsabilidade sobre não apenas nós proprios mas sobre toda a vida.

    Não considero também que uma pessoa mais inteligente valha mais que uma menos inteligente. Mas se disser que a probabilidade de sucesso da menos inteligente é menor estou apenas a citar factos e não a fazer juizos de moral ou sobre como as coisas devem ser.

    O teu argumento é no mesmo sentido dos que acusam Darwin de ser o responsavel pelos programas eugénicos. Não faz sentido nenhum.

    1. João,

      Tu percebeste que o Jared Diamond conclui as coisas no mesmo sentido que tu?
      Infelizmente, parece-me que nem isso soubeste ler… enfim…

      “e tu é que apelaste para eles”

      Eu não apelei. Eu refiro-os. Se não entendes as diferenças… sugiro que leias mais sobre isso.

      “Não há autoridades infaliveis”

      Ninguém disse que havia.
      Tu é que gostas constantemente de exagerar o que interpretas da outra posição. Algo que já te critiquei no passado.

      “por isso espero mais que dizer “O Jared é o tal” para contituir um argumento.”

      Ninguém disse que Jared é o tal…
      Mas estranho que tenhas em tão má conta pessoas que percebam do assunto em causa.

      “Quanto a criticar o Jared, não terei problemas, mas sem que me coloques aqui citações especificas”

      Tens nos links. Basta ler.
      Mas claro… eu ao pôr links devo estar a Apelar aos Hiperlinks da Internet….

      “AS coisas têm de valer por si e não por quem as diz.”

      As coisas valem por si. Nisso fui claro.
      Não me digas que o exemplo do Einstein não foi claro… enfim…

      “Partir do que se pode saber que influencia todas as especies de vida para concluir que temos mais poder que as outras especies não me parece antropocentrismo.”

      Sugiro o livro do Diamond. Afinal, está no post.
      Não seria melhor ler primeiro e depois opinar com conhecimento de causa?

      “Tu pela tua argumentação não ves nenhuma razão para isso que não seja comparavel a ser-se racista, nazi ou arrogante.”

      E no entanto, eu nunca escrevi isso.
      Mais uma vez interpretas coisas à tua maneira… que imaginas de modo a extremizar o outro lado.
      Se não sabes… pergunta, mas não afirmes. É essa a estratégia racional e inteligente.

      “e o hitler não era vegetariano, ja agora antes que me venhas também com essa”

      LOLLLLLLLLLLLLLLLL
      agora fizeste-me rir com este “pre-emptive strike” “à la Bush”.
      Mais uma vez, nem sequer pensei nisso. Mas pronto, vou-me divertindo com todas as coisas que assumes que penso ou escrevo…. em vez de aproveitares esse tempo para ler realmente o que eu escrevo.

      “nos reveste de uma enorma responsabilidade sobre não apenas nós proprios mas sobre toda a vida.”

      Ninguém colocou isso em causa.
      Estás a misturar tudo de modo a dares um “speech pro-planet”… que nunca esteve em causa. É uma estratégia falaciosa, mas compreensível.

      “Não considero também que uma pessoa mais inteligente valha mais que uma menos inteligente. Mas se disser que a probabilidade de sucesso da menos inteligente é menor estou apenas a citar factos”

      O que se entende por “sucesso”?
      É o mesmo que nos animais?

      “O teu argumento é no mesmo sentido dos que acusam Darwin de ser o responsavel pelos programas eugénicos.”

      Eu não sei que argumento é que tu leste, mas esta tua frase é totalmente ridícula.
      Mais uma vez, deves ter interpretado defeituosamente o que eu escrevi, de modo a demonizares o outro lado… para psicologicamente te sentires por cima… enfim….

      E concluo da mesma forma que comecei: o ridículo das tuas críticas, vê-se no facto que o post era precisamente a dar uma referência de alguém que conclui o mesmo que tu.
      Sim, que eu não ando a demonizar a tua posição. Pelo contrário, fui-te buscar referências.
      Mas enfim… que fazer quando a irracionalidade impera?

      1. Carlos:

        “Este antropocentrismo é uma total arrogância, que vem em parte de uma mentalidade racista, como diz Jared Diamond.”

        Foste tu que escreveste esta frase. Parece-me bem clara. E não estou de acordo com o Jared neste ponto.

        Quanto aos teus links são muito gerais. APenas ligo ao que esta dentro do contexto do que tu dizes.

        E sim, podes avaliar sucesso de um ponto de vista que diz respeito à vida.

        O que tu escreveste, esta aqui se tu não apagares.

        Ainda bem que te divertes. Eu não tenho é tempo para esta discussão de por links para opiniões em vez de ser para factos e acusações de tudo que vier à cabeça, e sinceramente divirto-me mais com outro tipo de argumentação.

      2. E o que está dentro do contexto do que eu digo não é isto?

        “Mas o primeiro livro famoso dele, O Terceiro Chimpanzé, também nos dá o outro lado da história: de que a Humanidade está separada, sendo superior aos outros… no mínimo, geneticamente e em termos de evolução cultural… humana.”

        É que isto… está no post. Mas claro, é preciso saber ler…

        “E sim, podes avaliar sucesso de um ponto de vista que diz respeito à vida.”

        Exato. Isso é o que eu digo. Avaliar com respeito à vida e não ao Homem.

        “Eu não tenho é tempo para esta discussão”

        E, no entanto, tens tido tempo. Mais um paradoxo.

      3. Nota ainda, ja agora, que quando dizes “este antropocentrismo” temos um contexto de discussão anterior e que não inclui discutir culturas humanas entre si.m

        De facto não discuto esse antropocentrismo. Apenas aquele que tu consideras fatal quando concluimos a favor de superioridade humana em determinados pontos chave.

        Alem disso o teu argumento é apenas identificar essas conclusões com antropocentrismo. E que o Jared diz isto ou a Lynn diz aquilo.

      4. “Alem disso o teu argumento é apenas identificar essas conclusões com antropocentrismo. E que o Jared diz isto ou a Lynn diz aquilo.”

        E o Einstein diz aqueloutro…

        Enfim… ridículo quando nem sequer se percebe as diferenças entre Referências e Apelos à Autoridade, mas mesmo assim acha-se que se sabe rotular as coisas. É não ter mesmo noção do que se faz/diz/escreve.

  10. Caros:

    “Este antropocentrismo é uma total arrogância, que vem em parte de uma mentalidade racista, como diz Jared Diamond.”

    Não é racismo verificar que é o ser humano que está a causar as maiores transformações no planeta neste momento.

    Não é arrogância verificar o mesmo.

    Não é nem racismo nem arrogância verificar que somos os únicos com capacidade de planear. E que planear, reagir perante novos desafios, são coisas que todos os seres vivos precisam e que fazem parte quase exclusivamente do ser humano.

    Também cometemos os maiores erros. Naturalmente que devemos no entanto apontar para fazer o melhor possivel. Mas mesmo esta decisão e esta tentiva é algo que apenas nos humanos, neste planeta, podemos fazer.

    Acusar este tipo de alegações que aqui faço, de resto facilmente verificáveis, de arrogância ou racismo é insultuoso, difamatório e altamente irracional.

    Não é preciso partir de pressupostos de arrogância e racismo para chegar à conclusão que se a adaptação é uma vantagem evolutiva e a inteligência permite permite explorar modos de reagir a novos desafios, que isso, para além de tudo o que os outros seres vivos têm, nos dá uma vantagem.

    Podemos mesmo ser a hipótese da vida terrestre chegar a outros planetas. Pela nossa mão.

    Há muita coisa que ainda não sabemos. Mas o que não sabemos não prova nada. TEmos de ver o que é plausivel dentro do que nós sabemos.

    Se antropocentrico é julgar a vida terrestre de acordo com o nosso raciocínio então o teu comentário também é antropocêntrico, já que é o raciocinio humano que te leva a dizer que nós somos como os outros ou isto ou aquilo.

    Se antropocentrico é concluir que a especie humana apresenta alguma caracteristicas que não sendo unicas ( o que ajuda nas comparações) estão em maior escala na sua entidade, então não há nada a fazer.

    Se antropocentrico é partir do principio de superioridade para concluir superioridade isso é petição de principio e não é o que estou a fazer.

    O que estou a fazer é apresentar argumentos que justificam alegações que partem apenas do principio que não sabendo tudo ha coisas que se podem saber com um grau variavel de certeza.

    1. “Não é racismo verificar que é o ser humano que está a causar as maiores transformações no planeta neste momento.
      Não é arrogância verificar o mesmo.”

      O racismo não vem disso, mas sim da mania de superioridade.

      “Não é nem racismo nem arrogância verificar que somos os únicos com capacidade de planear.”

      Dizer isso não é racismo nem arrogância, mas sim um erro de facto.
      Assim de repente, lembro-me de experiências/observações com polvos e chimpanzés que também têm a mesma capacidade.

      “Acusar este tipo de alegações que aqui faço, de resto facilmente verificáveis, de arrogância ou racismo é insultuoso, difamatório e altamente irracional.”

      Ninguém acusou as alegações que aqui fazes de racistas. Pelo que li nos livros do Jared Diamond, ele não fala de ti 😛

      Quanto ao facilmente verificáveis… há experiências que dizem o contrário. Logo, parece-me não verificáveis, mas sim erros de facto.
      Porque não perguntas em vez de afirmares algo que não sabes? Sinceramente, não entendo porque preferes utilizar essa estratégia dos pseudo de afirmarem que algo não existe só porque desconhecem.

      “é insultuoso, difamatório e altamente irracional.”

      Bem, para isso, envias um e-mail ao Jared Diamond a dizer que ele é isso tudo… 😛

      “se a adaptação é uma vantagem evolutiva e a inteligência permite permite explorar modos de reagir a novos desafios, que isso, para além de tudo o que os outros seres vivos têm, nos dá uma vantagem.”

      Todos os seres vivos atualmente no planeta têm vantagens adaptativas. Todos eles tiveram sucesso para já.
      A inteligência é uma entre muitas.

      “Há muita coisa que ainda não sabemos. Mas o que não sabemos não prova nada. TEmos de ver o que é plausivel dentro do que nós sabemos.”

      Concordo. E sabemos aquilo que expliquei em cima…
      Novamente, o facto de tu não saberes algo (ex: outros animais planearem) não é sinónimo de mais ninguém saber sobre isso. Simplesmente, tens que ler mais sobre o assunto antes de fazeres essas afirmações.

      “Se antropocentrico é concluir (…)”

      Não me parece que saibas o que é antropocentrismo… Sugiro um bom dicionário 😉

      “Se antropocentrico é partir do principio de superioridade para concluir superioridade”

      Uma técnica muito vista pela história… quer seja de brancos sobre negros, de nazis sobre judeus, de homens sobre mulheres… etc… quem se acha superior, escolhe sempre características onde pensa que pode “provar” essa superioridade. Sempre foi assim ao longo da história e continua assim hoje para várias coisas. Não percebo como as pessoas não aprendem com os erros do passado, e continuam a cometer as mesmas falácias.
      O mesmo se passa nestes exemplos de humanos sobre animais.

      “O que estou a fazer é apresentar argumentos que justificam alegações que partem apenas do principio que não sabendo tudo ha coisas que se podem saber com um grau variavel de certeza.”

      E, no entanto, isso nunca esteve em causa…

    2. Já agora:

      “Se antropocentrico é julgar a vida terrestre de acordo com o nosso raciocínio então o teu comentário também é antropocêntrico, já que é o raciocinio humano que te leva a dizer que nós somos como os outros”

      Sim, claro.
      Nunca neguei isto. Pelo contrário.
      É esta forma de pensar que se utiliza quando pensamos em ETs, e já a tenho criticado por várias vezes.
      Reconhecer as limitações é uma vantagem em qualquer pensamento 😉

  11. E porque haveriam os extraterrestres de pensar?

    Amebas pensam? Plantas pensam? Não seria possível explorar o espaço sem a ferramenta do pensamento? O que as amebas fazem não é inteligente? Somos superiores às amebas, e por isso o pensamento (e nele contido, a inteligência) é a maior de todas as ferramentas?

    Acredita que muitos responderiam prontamente: SIM!

    Pois bem. Digam isso à mãe natureza, quando, daqui a uns 500 anos o homem não estiver mais por aqui, e as amebas, sim…

    1. E como podemos afirmar que as amebas não pensam????

      lololl

  12. Exacto.

    A “consciência de” é a única forma que temos de sair dessa teia em que nos envolvemos.

    Eu identifico esse “racismo” como uma identificação de grupo. O nosso ego identifica-se num determinado grupo, neste caso o “humano” e sente-se em perigo se confrontado com outros grupos, nomeadamente os extraterrestres. Para minimizar isso, uma solução também passar por dar características humanas ao inimigo (as nossas próprias, exactamente) – por um lado para que o possamos compreender em termos de motivações, etc, e por outro, para arranjarmos maneiras de o liquidar.

    E porque haveriam os extraterrestres pensar como humanos?! lololol

    É um tema fascinante, sem dúvida e diz muito, mas muito de tod@s nós!

  13. “Mas o “racismo” é basicamente uma ferramenta que sempre existiu na Natureza.”

    Ou seja, somos iguais a todos 😉

    “Mas se nós somos humanos! De que outra maneira podemos ver o Mundo?”

    Não me parece que possamos ver o Mundo de outra forma, mas devemos reconhecer essa limitação. 😉

  14. O racismo é o medo do “outro” levado a um extremo. Uma separação total dos demais que pode levar a uma aparência de superioridade..

    Mas o “racismo” é basicamente uma ferramenta que sempre existiu na Natureza.
    Vejamos os lobos. Vivem em grupos com a sua hierarquia e terreno demarcado. Se outra matilha entrar no seu território, será atacada, porque será considerada como uma ameaça à sua sobrevivência. (Haverá umas parecenças com as fronteiras aqui? Fronteiras de países, cidades, clubes, partidos, religiões, ruas, cor de pele, tamanho físico, sexualidade, grupo social – GRUPO) Não o é directamente, mas é considerada como tal pois naquele território é onde se encontra a caça da matilha. É óbvio que se a caça fugir para território vizinho ou houver escassez mesmo que momentânea, essa matilha irá passar os limites do seu território e vai caçar no território vizinho. (Haverá umas parecenças com a emigração?)

    Não sou bióloga, é apenas observação minha.

    Superioridade em observar o mundo a partir do ponto de vista humano?
    Mas se nós somos humanos! De que outra maneira podemos ver o Mundo?
    Podemos pedir a uma formiga que veja o Mundo como nós? Provavelmente nem sabem que existimos!

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