A Matéria-Escura poderá ser uma ilusão criada pelo vácuo quântico.

“One of the biggest unsolved problems in astrophysics is that galaxies and galaxy clusters rotate faster than expected, given the amount of existing baryonic (normal) matter. The fast orbits require a larger central mass than the nearby stars, dust, and other baryonic objects can provide, leading scientists to propose that every galaxy resides in a halo of (as yet undetectable) dark matter made of non-baryonic particles. As one of many scientists who have become somewhat skeptical of dark matter, CERN physicist Dragan Slavkov Hajdukovic has proposed that the illusion of dark matter may be caused by the gravitational polarization of the quantum vacuum.”

Dragan Slavkov Hadjukovic – que se pode pronunciar Dragan Slavkov Hadjukovic, Físico do CERN, é um céptico quanto à existência da Matéria-Escura.

Segundo a sua publicação, Dragan propõe que seja um modelo de Gravidade Quântica que explica os efeitos da Matéria-Escura, em especial o efeito de aceleração da rotação que os astrónomos registam nas galáxias.

Como só a matéria normal (a que chamamos bariónica) não tem massa suficiente para explicar as velocidades assombrosas das estrelas verificadas nas orlas – ou órbitas exteriores – das Galáxias, os cosmólogos propuseram que fosse essa entidade misteriosa, a Matéria-Escura, a responsável por esse, e por outros, fenómenos.

Há 3 tipos de explicações, de teorias, para este tipo de matéria .

1) A Clássica, que chama à entidade Matéria-Escura. As velocidades aumentaram devido à gravidade exercida por este tipo de matéria invisível, que não tem átomos (não é bariónica). Tem registado sucessos com as observações nas lentes gravitacionais e propõe uma nova partícula, um neutrino, como sua partícula fundamental (como um quark para os átomos).

E há duas famílias de explicações que não consideram o fenómeno uma matéria.

2.a.) A da Lei Gravitacional alterada que pretende resolver a entidade como um efeito que passa a estar calculado por uma nova lei gravitacional.

2.b.) A da Lei Gravitacional Quântica.

O modelo de Dragan cai na família 2.b., ele assume  na sua publicação que esta é uma Terceira Via que prescinde da inclusão da Matéria-Escura e que prescinde de qualquer alteração à Lei Gravitacional.

Dragan explica o fenómeno como um mecanismo idêntico ao dum campo-força electromagnético dipolar, mas desta feita gerado por uma campo-força de gravidade no vácuo quântico.

Afinal será a gravidade a comportar-se, ao nível do muito pequeno, exactamente como a electricidade na tomada da nossa parede.

Uma forma mais engraçada e mais polémica de ver a mesma questão é pela existência de várias designações da “Matéria-Escura.” Digamos que é uma co-habitação teoriocamente polémica.

Todas estão correctas gramaticalmente, mas na verdade ainda a conseguiu explicar.

1) Matéria-Negra.

Esta entidade não interage com a luz nem com nenhuma força electromagnética, interage apenas com a gravidade. Mas esta designação exprime o contraste com a velocidade louca que imprime a estrelas e a aglomerados inteiros, inclusive a galáxias-anãs, pelo que o nosso desconhecimento é como uma página negra no livro da Física.

2) Matéria-Escura

Esta entidade não interage com a luz visível nem com a luz invisível (nem com todo o Spectrum electromagnético) pelo que não tem nem cor, nem tonalidade, exprime por “Escura” esta desconcertante ausência de interacção.

Mas alguns físicos consideram estas designações algo semânticas demais e objectivas de menos, pelo que preferem

3) Matéria-Transparente

É a Escola da Super-simetria (SuSy) que tem as suas próprias derivações e subgrupos. Há uma tendência para a Teoria das cordas (parecidas com os chicotes das explosões solares), para a Teoria dos Multi-versos e para a grande proposta unificadora da Teoria M, ou das Membranas, com 11 dimensões, este universo finito e um número infinito de Universos.

Mas é também uma designação que pode ser adoptada sem se seguir qualquer escola, só como conceito abstracto. Se não interage com qualquer força excepto com a gravidade, então não há coisa mais transparente do que a gravidade.

A Matéria-Escura será não só escura, sem cor, como será, por definição, visceralmente transparente.

Dragan, neste trabalho, arroga que ou está certo e está a abrir todo um novo campo na Física, ou não, pelo que tempera a sua ousadia com um salutar “aguardo pelos resultados” das experiências que decorrem.

Refere-se ao AMS-02, um Espectrómetro Magnético colocado na Estação Espacial Internacional

e à experiência ASACUSA (Atomic Spectroscopy And Collisions Using Slow Antiprotons) no CERN, em genebra, onde trabalha.

[Podem usar CC para legendas em Português].

Ambas estão em curso, pelo que os resultados podem vir afinal da anti-matéria (o oposto da matéria normal, estudada pela ASACUSA) ou das radiações cósmicas, captadas na AMS-02 em órbita a 300km da Terra.

Este é um Vídeo dos Astrónomos da Universidade de Nottingham duma investigação sobre a Matéria-Escura, com explicações simples e imagens para visualizar os efeitos observados.

[Podem usar CC para legendas em Português].

A cerca de 1/3 do vídeo está uma ligação para um vídeo complementar com os últimos resultados da Investigação. A Matéria-Escura é um dos grandes mistérios da Astrofísica e um dos seus maiores alvos de investigação. A diversidade de abordagens e o ritmo das investigações assim o testemunham.

Para termos uma noção, está-se a recolher, a descarregar, cerca de 100 megabytes* dados por segundo.

O Físico Dragan Slavkov Hadjukovic, autor desta publicação radical, ousada e imaginativa, foi um dos responsáveis pela arquitectura e pela construção (um teórico de chave de fendas na mão) da rede de computação mundial que armazena e analisa esta informação.

Um dos seus outros trabalhos regista uma afirmação deveras curiosa, Dragan pensa que uma coisa terá levado à outra, que a prática da construção da rede de dados em grelha o terá ajudado a coligir esta publicação.

Aditamento:
Tal como no video este tema é dinâmico e exige algumas considerações suplementares.
Para nos situarmos no “grande mapa” da Física de Partículas junto um diagrama e uma citação da literatura científica, coma  devida atribuição de autoria. Autoridade, lembro, deriva de autoria.

E o estudo científico aceite para publicação.

Cito:

“1. Introduction
Our understanding of the cosmologicalworld relies on two fundamental
assumptions: 1) The validity of General Relativity,
and 2) conservation of matter since the Big Bang. Both assumptions
yield the concordance cosmological model (CCM),
according to which an initial inflationary period is followed by
(exotic, i.e., non-baryonic) dark-matter (DM) structures forming
and then accreting baryonic matter, which fuels star for-
⋆ Alexander von Humboldt Fellow
⋆⋆ now at the Deutsches Zentrum f¨ur Luft- und Raumfahrt,
K¨onigswinterer Str. 522-524, 53227 Bonn, Germany
mation in the emerging galaxies, and according to which dark
energy (represented by a cosmological constant ) drives the
acceleration of the Universe at a later epoch. One important
way to test assumption (1) is to compare the phase-space properties
of the nearest galaxies with the expectations of the CCM.
These tests are the focus of the present contribution.

E refiro os autores:

P. Kroupa1, B. Famaey1,2⋆, K. S. de Boer1, J. Dabringhausen1, M.S. Pawlowski1, C.M. Boily2, H. Jerjen3,
D. Forbes4, G. Hensler5, and M. Metz1⋆⋆
1 Argelander Institute for Astronomy, University of Bonn, Auf dem H¨ugel 71,D-53121 Bonn, Germany
e-mail: pavel|deboer|joedab|[email protected], [email protected]
2 Observatoire Astronomique, Universit´e de Strasbourg, CNRS UMR 7550, F-67000 Strasbourg, France
e-mail: benoit.famaey|[email protected]
3 Research School of Astronomy and Astrophysics, ANU, Mt. Stromlo Observatory, Weston ACT2611, Australia
e-mail: [email protected]
4 Centre for Astrophysics & Supercomputing, Swinburne University, Hawthorn VIC 3122, Australia
e-mail: [email protected]
5 Institute of Astronomy, University of Vienna, T¨urkenschanzstr. 17, A-1180 Vienna, Austria
e-mail: [email protected]

E disponibilizo o estudo na sua integridade.

http://arxiv.org/PS_cache/arxiv/pdf/1006/1006.1647v3.pdf

O Título é

“Local-Group tests of dark-matter concordance cosmology Towards a new paradigm for structure formation.”

*bytes = a unit of digital information, uma unidade de informação digital, em Português.
Nota: Pode ser em conjuntos de 6, 7, ou no padrão mais comummente aceite, o padrão-industrial de 8 bites. Padrões industriais não são definições científicas, a correcta é UMA unidade de informação digital. O padrão “de facto” não anula a definição. Basta ver que o bite também é uma unidade de informação digital usada na capacidade  de aramzenamento dos computadores, onde é comummente aceite o set de 32 bits e o são outros sets,  por exemplo em várias implementações de linguagens de programação tais como a C e a C++ reserve, com sets de 8, 9, 16, 32, ou 36 bits.

Mega= Um factor de 1 milhão.

28 comentários

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  1. Mas esta Hipótese (ainda não é Teoria) não explica a Concentração de Forças Gravitacionais (atribuída à Matéria Escura). Se a Espuma Quântica é uniformemente distribuída pelo Vácuo no Universo, não haveria como ser a influenciadora da formação das Galáxias… Gravidade uniformemente distribuída por todo o Tecido Espaço-Tempo não aglutina matéria (e a mantém junta), pois o somatório dos vetores das forças daria resultante zero, para efeitos práticos (atrairia com a mesma intensidade para todos os lados, o tempo todo).

    • Marília Peres on 25/08/2011 at 12:03
    • Responder

    Obrigada Manel, pela sua ajuda mais uma vez.
    É realmente impressionante a capacidade de Einstein. Pensar que mais de 100 anos passados ainda andamos às voltas com as suas teorias. A construção do conhecimento a partir da Matemática é algo que me deixa sempre um pouco perplexa, mas compreendo que assim seja.
    Os vídeos do Sixtyy Symbols, que aconselha são sempre muito bons, obrigada (não percebo porque mas nunca consigo colocar o “CC” a funcionar, felizmente a linguagem que usam é muito acessível).
    Incrível como aqueles crânios do filme não sabiam o valor do “G”, algo que os miúdos do 12º ano sabem. Talvez signifique que têm outros assuntos mais importantes que decorar, algo que os professores do secundário se deviam lembrar.

    Gostei bastante da analogia com a almofada. Vou guardar para mostrar a futuros alunos.
    Há 2 anos levei um grupo de miúdos do 12º ano à Gulbenkian para ouvirem falar o Victor Cardoso. Devo dizer que ele é também um bom comunicador. Talvez tenha dado uma ajuda para alguns deles prosseguirem estudos na área.
    Cumprimentos

    • Marília Peres on 24/08/2011 at 10:17
    • Responder

    Obrigada Manel.
    Os trabalhos do Victor Cardoso sobre ondas gravitacionais são ainda modelos matemáticos?

      • Manel Rosa Martins on 24/08/2011 at 17:09
      • Responder

      Sim. Sobre as ondas gravitacionais são física teórica pura, para ser formal ainda não são Ciência, são filosofia.

      Apresento, passe a expressão, o Físico português através duma notícia do Expresso, que comento a seguir com referência ao “Mapa das Estradas”, para manter o intuito de nos situarmos no “grande livro da Física.”

      http://aeiou.expresso.pt/um-milhao-de-euros-para-estudar-buracos-negros=f598843

      “Em particular, a emissão de ondas gravitacionais por um sistema binário de buracos negros, especialmente na fase final em que estes estão próximos e coalescem, deverá ser um dos fenómenos mais tremendos na natureza.

      Vítor Cardoso e o seu grupo têm-se dedicado ao estudo desta colisão usando os métodos da recente ciência conhecida como relatividade numérica – a resolução das equações da relatividade de Einstein através de supercomputadores. O seu trabalho é feito no âmbito de uma colaboração internacional que envolve um grupo do Instituto Superior Técnico e outro da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. O prémio agora atribuído destina-se a investigar esta e outras questões fundamentais da física moderna.”

      não estou a par dos seus trabalhos publicados e desconheço a técnica enunciada como “relatividade numérica.”

      No entanto sempre posso adiantar que se trata duma proposta teórica muito semelhante, pela breve descrição (portanto é salutar manter reserva nesta comparação, que é meramente intuitiva) com um estudo denominado “Gravitational-Wave Extraction from an Inspiraling Configuration of Merging Black Holes” que recorre, tal como o físico português, à super-computação em grelha para construção de “ambientes de trabalho”dentro de “sistemas operativos” onde são ponderados os feitos das ondas gravitacionais em função de parametros quantificados e objectivos, no exemplo: ” We demonstrate convergence of the waveforms and good conservation of mass-energy, with just over 3% of the system’s mass converted to gravitational radiation.
      É proposto um modelo “which enable accurate and stable evolutions of binary black hole systems with the accurate determination of gravitational waveforms directly from the wave zone region.”

      Estamos em domínio da Teoria da Gravidade Geral. Vamos situar-nos no grande mapa (Mapa da Física de Partículas), mas por favor com uma certa prudência.

      Force Carriers > Bosons> Graviton > Gravity

      Somos agora prudentes, como prometido.

      E já não consideramos a Quantum Gravity, saímos do Mapa das Partículas Elementares.

      Encontramos Einstein. Cumprimentamos este grande senhor com toda a amabilidade e ele, resolutamente, explica-nos que estamos em Física Clássica, vulgo Física do muito grande.

      Como Einstein foi de facto uma personalidade Especial, com ele o que é Especial veio – numa perspectiva cronológica – primeiro.

      Na designação genérica de Teoria da Relatividade temos na verdade 2 grandes Teorias diferentes.

      A Teoria da Relatividade Especial – Veio primeiro mas exclui a Gravidade

      e

      A Teoria da Relatividade Geral (que veio depois mas inclui a Gravidade) e onde estão previstos, entre outros efeitos, as ondas gravitacionais.

      As ondas gravitacionais são a prova mais conspícua dum fenómeno (do lado do efeito) previsto mas ainda não confirmado. Sobressaiem porque existem literalmente milhares de experiências que confirmam a grande parte desta Teoria.

      Assim sendo, o próprio Einstein ainda tem, parcialmente, facetas do seu trabalho que se podem considerar ainda Filosofia e portanto ainda não Ciência. Sê-lo-ão quando confirmadas pelo processo científico de observação/experimentação/revisão pelos pares.

      Que melhor homenagem se poderia fazer ao seu génio? Espero sinceramente em ter respondido de forma clara à sua pergunta, não hesite em colocar as questões que lhe suscitem dúvidas.

      Numa pequena reportagem que vi num canal de TV português sobre o Físico Vítor Cardoso, ele aliás confirmava este “estado de coisas”, que estava em campo teórico e que procurava modelos que auxiliassem na detecção dos campos gravitacionais, um dos desafios fundamentais da Física. O seu objecto de estudo, os buracos negros binários, são fenómenos desta de natureza numa dimensão gigantesca -os estudados, podem haver fenómenos análogos mais pequenos, micro buracos-negros, mas estaremos sempre (micro é relativo, são bastante maiores do que uma molécula, falo de raios de circunferência nas ordens de centímetros, metros e poucos quilómetros) resolutamente, na Física do muito grande.

      [Nota: parto do principio que não tem dificuldades com o Inglês, se for o caso terei todo o empenho em lhe traduzir as partes em inglês, basta assinalar que isso seja um factor importante para acompanhar qualquer explicação ]

      Muito Obrigado.

    1. Passo a citar uma publicação destinada a estudantes com um razoável domínio de inglês, e um razoável contacto com a Teoria da Gravidade Geral de Einstein, que reputo que se for ainda assim este o primeiro contacto terá, sob orientação complementar, uma linguagem acessível.

      Gravitational Waves: An Introduction
      Indrajit Chakrabarty∗†
      Abstract
      In this article, I present an elementary introduction to the theory
      of gravitational waves. This article is meant for students who have
      had an exposure to general relativity, but, results from general relativity
      used in the main discussion has been derived and discussed in
      the appendices. The weak gravitational field approximation is first
      considered and the linearized Einstein’s equations are obtained. We
      discuss the plane wave solutions to these equations and consider the
      transverse-traceless (TT) gauge. We then discuss the motion of test
      particles in the presence of a gravitational wave and their polarization.
      The method of Green’s functions is applied to obtain the solutions to
      the linearized field equations in presence of a nonrelativistic, isolated
      source.
      ∗Mehta Research Institute, Chhatnag Road, Jhusi. Allahabad. 211 019 INDIA
      †E-mail: [email protected]

      1 Introduction
      In the past few years, research on the detection of gravitational waves has assumed new directions. Efforts are now underway to detect gravitational radiation from astrophysical sources, thereby enabling researchers to possess an additional tool to study the universe (See [6] for a recent review).
      According to Newton’s theory of gravitation, the binary period of two point masses (e.g., two stars) moving in a bound orbit is strictly a constant quantity.
      However, Einstein’s general theory of relativity predicts that two stars
      revolving around each other in a bound orbit suffer accelerations, and, as a result, gravitational radiation is generated. Gravitational waves carry away energy and momentum at the expense of the orbital decay of two stars, thereby causing the stars to gradually spiral towards each other and giving rise to shorter and shorter periods. This anticipated decrease of the orbital period of a binary pulsar was first observed in PSR 1913+16 by Taylor and Weisberg ([4]). The observation supported the idea of gravitational radiation first propounded in 1916 by Einstein in the Proceedings of the Royal Prussian Academy of Knowledge. Einstein showed that the first order contributon to the gravitational radiation must be quadrupolar in a particular coordinate system. Two years later, he extended his theory to all coordinate systems.
      The weak nature of gravitational radiation makes it very difficult to
      design a sensitive detector. Filtering out the noisy background to isolate
      the useful signal requires great technical expertise. itself a field of research.
      Various gravitational wave detectors are fully/partially operational and we expect a certain result to appear from the observations in the near future.”

      Por Ética, o link da publicação:

      http://arxiv.org/PS_cache/physics/pdf/9908/9908041v1.pdf

      E por estética, para dispor duma representação visual com “formulas vivificadas com exemplos práticos,” um vídeo com a possibilidade de ter legendas fonéticas em CC.
      [Nota:que deverão ser seguidas com bastante cautela, se surgir alguma imprecisão que tenha por relevante relate por favor o tempo do vídeo correspondente para a enfrentarmos].

      Verifiquem os leitores a diferença entre o ” G ” maiúsculo e o ” g ” minúsculo como notação da Física, as diferenças da gravidade na Terra, Marte e na Lua e ainda o exemplo da mão da Professora a pressionar as almofadas dum simples móvel de sala.

      O vídeo auxilia tanto mais na cronologia dos descobrimentos, refere Galileu como primeiro proponente da Teoria da Relatividade, a contribuição de Newton (G) com a Constante Universal Gravitacional e a de Einstein através da Teoria da Relatividade Geral (a mão na almofada).

      Gostei bastante do Professor, um Astrónomo, ter definido o valor tão familiar nos bancos dos liceus, o famoso 9,8m/s² (g) como “algo, em certa medida, paroquial, de seguida cabalmente demonstrado pelo seu valor de g/3 em Marte (g minúsculo a dividir por 3) e de g/5 na Lua.

      http://www.youtube.com/watch?v=JHhoHmiiXdc

    • Marília Peres on 23/08/2011 at 12:24
    • Responder

    Obrigada Carlos.

    • Marília Peres on 23/08/2011 at 00:10
    • Responder

    Estava tão entretida a ler o artigos do Manel e os comentários do Luís Lopes e do José Gonçalves quando fui interrompida por um anónimo qualquer.
    Regressando de novo ao que interessa. Devo dizer que gostei muito do texto, mas é incrível como na Física pode estar prestes a mudar, até aquilo que eu não tive ainda capacidade de entender, como é o caso da quântica.
    Manel, a não existência de de matéria negra coloca em causa o modelo padrão?
    Luís se me conseguir escrever mais um pouco sobre a força gravitacional, gostaria muito.
    Obrigada
    Marília

    1. Marília,

      Deixe-me dar a minha visão.

      A resposta será: não.

      Porquê?
      Porque eu vejo a matéria negra e energia negra como “propriedades” de algo que detectamos e que ainda não conseguimos compreender/identificar.

      Assim, mesmo que não haja “matéria negra”, existem essas observações que vemos e que terão que ser explicadas de alguma forma.

      Da mesma forma que há 200 anos atrás se observavam discrepâncias na órbita de Mercúrio. Não se conseguiam explicar. Por isso, segundo a teoria vigente (Newton), o mais provável era existir outro planeta mais próximo do Sol que não se conseguia observar – a que se deu o nome de Vulcan.
      No entanto, há cerca de 100 anos atrás, Einstein explicou essas discrepâncias, sem ser preciso novo planeta, mas somente explicando melhor a teoria da gravidade.
      Será que Einstein colocou em causa a teoria da gravidade de Newton? Sim, e não. Sim, porque a modificou. Mas não, porque a teoria de Newton continuou verdadeira. Simplesmente, Einstein além da teoria de Newton explicou mais alguns fenómenos que Newton não explicou.

      Isto é o que eu penso sobretudo sobre a Energia Negra.
      Penso que será uma “reformulação da teoria da gravidade” para fenómenos que Einstein não explicou.

      Basicamente, isto reflecte perfeitamente o processo da ciência, que é um acumular de conhecimento.

      abraços

        • Ana Guerreiro Pereira on 23/08/2011 at 19:39

        Há uns anos, penso que no livro “Os buracos Negros do Tio Alberto”, li uma ideia engraçada. É sabido que os escaravelhos só conseguem ver a 2 dimensões. Não têm noção de altura. No entanto, quando se lhes coloca uma pedra no caminho, ele contorna-a, apesar de não poder detectar a pedra como um obstáculo que lhe é erguido à frente. E no entanto, contorna-a. Para ele, a pedra terá algo de misterioso que ele ainda não sabe explicar, uma força qq que o obriga a contorná-la sem q ele perceba porquê. O mesmo se poderá passar com a matéria e energia ditas escuras/negras/transparentes (já estou zonza) e com a própria gravidade: algo misterioso cujas propriedades detectamos (no caso da gravidade, sentimos), mas q ainda não conseguimos perceber mto bem. Quiçá porque neste caso somos o escaravelho q contorna a pedra sem saber porquê?

        Quanto aos anónimos cobardes e mal educados, aconselhava-os a ler os currículos das pessoas que comentam e a consultar referências antes de entrarem numa casa de cientistas e comunicadores e desatarem a disparar fritalhada e, pior, insultos. Com que então sabe do assunto porque o estudou? Pois, infelizmente a humildade e a boa educação não se aprendem com cadeiras de programação. Como disse um amigo no outro dia (não sei se ele quer que o identifique….), é a arrogância do saber pouco acumulado LOOOOL. :PPP

    2. Agredeço todos os comentários dignos e bem identificados. Também aproveito para agradecer as já dezenas de mensagens de incentivo e de consideração. Obrigado a todos.

      O Modelo-Padrão
      http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Standard_Model_of_Elementary_Particles.svg/1000px-Standard_Model_of_Elementary_Particles.svg.png

      E refiro o estudo científico que adicionei ao artigo, em função e em consideração pela sua pergunta.

      Poderá verificar que no “Mapa das estradas” de organização em raiz da Física de Partículas está situada no eixo vertical Forças – Bosões – Gravitão (que não está isolado/observado, é teórico)- Gravidade-Gravidade Quântica.

      É uma extensão, nessa medida, do modelo-padrão-Não o põe em causa no sentido de o contradizer ou anular, põe em causa o CCM (concordance Cosmological Model) a Física do muito grande.

      Refiro que estamos em campo da Física de Partículas, ou seja o mapa das estradas não está a ser posto em causa.

      O gráfico aqui deste comentário também indica, e estamos em matéria atómica, ou bariónica, claramente as cargas dos quarks, que é independente das massas (essas definem a geração). Pode a Marília e os leitores verificarem que não existe qualquer Quark +1/3, mas antes existem 2 quantas, duas quantificações, de carga dos quarks. Up com 2/3 e down com -1/3.

      Só a 1â geração refere a mtéria normal, atómica. Up (U) e Down (D) no caso dos quarks, terá que ir sempre pela Geração I – na vertical para estar nas partículas que constituem a matéria normal.

      Um protão terá assim 3 quarks: UUD, ou será 2/3+2/3-1/3= 1
      E um neutrão terá assim 3 quarks:UDD ou será -1/3-1/3+2/3= 0

      Em Mecânica Quântica, devido às interações das partículas, poderá haver vários edifícios matemáticos por descobrir. De momento já temos várias extensões teóricas por confirmar pela observação. No mapa das estradas a Teoria electrofraca está confirmada mas a(s) GUT (frand Unified Theory) e a(s) TeO (Theory of Everything). são, para fazer jus ao gravitão, “meramente” teóricas, por isso dizemos que ainda têm apenas a pureza duma Ontologia, ou, mais citada, a elegância da Filosofia proposta pelo seu edifício matemático. .

      Leve em consideração que ainda não estão confirmadas as ondas gravitacionais previstas por Einstein, numa referência que deverá ser complementada agora com a explicação mais dinâmica dada pelo Carlos Oliveira.

      resposta breve; não, não está em causa, o que está em causa é o CCM.

    • Ana Guerreiro Pereira on 22/08/2011 at 20:08
    • Responder

    Gostei especialmente da justificação: “Repare, eu falo sem consultar as referências porque estudei estas coisas (cadeiras de programção).”.

    Claro, e o Manel não “estudou estas coisas”…

    LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL

    Putos…

  2. O “anónimo” continuou a escrever… incrivelmente sobre bytes para tirar conclusões que o artigo está mal, quando o artigo nem sequer fala disso. Enfim… é mesmo não ter noção do que lê e onde.

    Os comentários dele foram moderados e a seguir foram considerados SPAM. Todos os próximos comentários dele irão directamente para SPAM nem passando pela moderação.

    As razões são simples:
    – foi-lhe pedido que se identificasse. Não o fez. Preferiu continuar a esconder-se atrás de e-mails falsos. É uma falta de respeito e uma cobardia da parte dele. O mínimo que se pede das pessoas é que sejam honestas o suficiente para se identificarem correctamente. Nem isso ele consegue fazer.
    – decidiu faltar ao respeito ao autor do texto, nem sequer o tratando pelo nome, mas dizendo coisas deste género “cara pessoa” e “Caro Filho da puta, morre”.

    O astroPT não tem tempo para dar educação a miúdos.
    Preferimos aproveitar esse tempo para divulgar conhecimento.

    • Manel Rosa Martins on 20/08/2011 at 01:43
    • Responder

    Para a questão dos bytes, onde revela outra vez conhecimento superficial, o que será perfeitamente admissível, é menos admissivel que aconselhe calma aos outros a ler as suas coisas quando não lê as coisas dos outros com um mínimo de atenção.

    Lamento ter que o informar que sem se identificar os seus comentários próximos não serão admitidos.

    Da Wiki:

    The size of the byte has historically been hardware dependent and no definitive standards exist that mandate the size. The de facto standard of eight bits is a convenient power of two permitting the values 0 through 255 for one byte. Many types of applications use variables representable in eight or fewer bits, and processor designers optimize for this common usage. The popularity of major commercial computing architectures have aided in the ubiquitous acceptance of the 8-bit size.[3]

    The term octet was defined to explicitly denote a sequence of 8 bits because of the ambiguity associated with the term byte.[4]

    The term byte was coined by Dr. Werner Buchholz in July 1956, during the early design phase for the IBM Stretch computer.[5][6] It is a respelling of bite to avoid accidental mutation to bit.[1]

    Early computers were designed for 4-bit BCD code (binary coded decimal) or 6-bit code for printable “graphic set”, which included 26 alphabetic characters (only uppercase), 10 Numerical digits, and from 11 to 25 special graphic symbols. To include the control characters and allow digital devices to communicate with each other and to process, store, and communicate character-oriented information such as written language, and lowercase characters, a 7-bit ASCII code was introduced (see ASCII history). Since with just only one bit more an eight bits allows two four-bit patterns to efficiently encode two digits with binary coded decimal, the eight-bit EBCDIC (see EBCDIC history) character encoding was later adopted and promulgated as a standard by the IBM in the System/360, the preset byte.[7]

    The size of a byte was at first selected to be a multiple of existing teletypewriter codes, particularly the 6-bit codes used by the U.S. Army (Fieldata) and Navy.

    Por último, a nacionalidade ou a origem cultural ou linguística não constituem qualquer autoridade em Ciência.

    1. A minha resposta está dada, respondo aos leitores e, pelo melhor que consiga, pela Ciência.

      Para os restantes assuntos entrego a quem tem Autoridade e não perco mais tempo com isso.

      Agradeço a todos os leitores e à fantástica equipa do Astro Pt pelas mensagens de incentivo. Sim, merecem e têm todo o meu tempo.

      Obrigado
      Manel Rosa Martins

        • Kaléo Leitholdt on 24/04/2016 at 23:19

        Estou de passagem por interesse amadoríssimo pela física.
        Muito interessante perceber que há esse tipo de discussão por essas bandas. Na área da psicologia, elas existem, de outro modo (muitas abordagens diferentes). Na política é que o caos engrossa! rs

        Muito bom ver esse tipo de argumentação, e o quanto de respeito há (equilíbrio. Uma lei fundamental?) nas respostas dos físicos ou amadores não menos fisicos. Li todos os comentários, pois adoro os processos de argumentação, ou retórica.

    • Manel Rosa Martins on 20/08/2011 at 01:30
    • Responder

    Se pretende uma atitude impositiva terá que procurar outra freguesia, apenas refiro por respeito aos leitores que cometeu já vários erros grosseiros. A história de fazer revisão implica conhecimento e implica a boa educação básica de não aparecer anónimo. Como não cumpre as duas lamento informá-lo que já tem dados para se informar melhor, por exemplo estudar, do que fazer colagens parciais que induzem em erro.

    Já que gosta da Wiki:
    As quark-based particles, baryons participate in the strong interaction, whereas leptons, which are not quark-based, do not. The most familiar baryons are the protons and neutrons which make up most of the mass of the visible matter in the universe.

    Agradecia que não induzisse mais os leitores no seus erros grosseiros. Obrigado

  3. Esclarecimento adicional:

    quando digo “átomo não implica barião” subentende-se que estou a usar uma definição abrangente em que átomo é tudo o que possui um núcleo com orbitais electrónicos. Por exemplo, um átomo de mesões poderá ser à partida possível.

  4. Olá,

    começo pelo fim.

    3) Repare, eu falo sem consultar as referências porque estudei estas coisas (cadeiras de programção). 1 byte é definido como tendo 8 bits pelo menos na parte do mundo que tem autoridade para determinar estas coisas (mundo anglo-saxónico) em praticamente tudo o que sejam sistemas digitais não-obsoletos:

    http://en.wikipedia.org/wiki/Byte

    Dito de outra forma, se quiser saber quantos bits de informação tem um ficheiro no seu computador com 1 Kilobyte, então vai ver que são: 1024*8. (Nota: falo em Kilobyte porque deve ser díficil arranjar um ficheiro com menos.)

    Também pode comparar as taxas de transferência dos serviços de internet que costumam ser vendidas em ‘bits’ (estratégia de marketing, suponho) com o equivalente em bytes (use por exemplo um teste de velocidade online).

    2) Não percebi o seu comentário.

    1) Fui bastante preciso. Leia mais devagar. O meu comentário visava endereçar e esclarecer a (enorme) confusão que está nisto que escreveu

    “que não tem átomos (não é bariónica)”

    Ou seja: “bariónico” não tem nada a ver com “[sic] ter átomos” . Os átomos usuais (os da química, os que são mais ambundantes no universo) são de facto constituídos por 2 tipos bariões (repare, 2 tipos de uma lista gigantesca de bariões). Meter “átomos” ao ‘barulho’ quando se fala em ‘bariões’ é um erro muito grave. Por exemplo, para perceber e levar ao extremo o quão imprecisa e error-prone é a sua linguagem, repare que um neutrão sozinho não forma nenhum átomo (os da química: com certeza não terá orbitais electrónicos e portanto não terá de facto propriedades químicas) e continua a ser um barião. Em suma, “átomo” não implica barião, e “barião” não implica átomo.

    Não só se deve tentar usar definições que capturem as propriedades do que se quer descrever sem perverter a forma mais sofisticada de pensar sobre elas, como se deve tentar explicar as coisas arranjando um equilíbrio entre simplicidade e riqueza (ou sofisticação).

    Ponto final) Não se pense que o resto do texto passa na minha revisão. Só li a parte inicial.

    1. Anónimo: vou-lhe pedir novamente para se identificar.

      O respeito com que nos apresentamos aos nossos leitores ao identificarmo-nos – como se faz em qualquer comunidade ao vivo -, esperamos esse mesmo respeito dos leitores por nós.

      Obrigado.

      P.S.: “Não se pense que o resto do texto passa na minha revisão.” ?????

    • Manel Rosa Martins on 19/08/2011 at 06:12
    • Responder

    Preferia que se apresentasse, mas respeito o seu comentário.

    1). Naturalmente que estão aqui respeitados tanto o Principio da Exclusão de Pauli como a definição de matéria bariónica, e há pares de quarks que não são bariões, são mesões. Terá o anónimo de rever todo o seu ponto um porque para além de impreciso e está extremamente confuso. Deve ser uma revisão acessível, porque também tem descrições correctas embora desarrumadas e não acessíveis a não físicos. Está correcto quando descreve o quark como partícula fundamental e podia ter informado que o facto deste nunca ter sido isolado num só quark o faz violar a propriedade inicial duma partícula fundamenta: ser uma. Com mais simplicidade e porventura arrumação basta referir que Barião significa pesado.

    2) Confirma o que está no artigo, mas está numa posição que não deixa a possibilidade de haver Matéria-Escura bariónica, mais uma definição teórica que omite também em 1)

    3) Cometemos ambos um lapso

    Bit= Binary Digit, digito binário.
    Byte = Unidade de informação digital, pode ter 6 bits. Não é “8 bits” que define um Byte.

    Agradeço os seus comentários que demonstraram interesse no artigo e um interesse muito saudável em querer melhorar os detalhes. Espero que este meu pequeno “guia-mapa” o ajude.

    Agradeço que se identifique, se lhe for possível.

    Obrigado.

    2)

  5. Pergunta: porque o anónimo não se apresenta?

  6. protão = uud, obviamente e lapso meu.

  7. Olá,

    é preciso ter um pouco mais de cuidado na redacção. A saber:

    1) Diz-se que uma partícula (compósita) é um barião se transportar “número bariónico” igual a 1. As partículas elementares fermiónicas que carregam número bariónico são os quarks. O número bariónico é uma carga que é conservada globalmente (no modelo padrão) sendo gerada por um grupo abeliano unitário, o U(1), sobre o qual os quarks se transformam por exp com argumentos múltiplos de 1/3, e os anti-quarks por múltiplos de -1/3. Esta normalização é escolhida tal que um barião é uma partícula compósita com número bariónico 1.

    Exemplo: O protão é um barião uma vez que é um produto directo udd, tal que é um singleto de SU(3) e a componente ‘up’ de um dubleto de SU(2), tendo número bariónico 1/3+1/3+1/3 = 1. O neutrão é a componente ‘down’ desse mesmo dubleto.

    2) O neutrino é “hot dark matter”. Entre outras coisas, tinham um ‘mean free path’ muito grande (massa bastante pequena pelo que são ultra-relativistas) na altura em que se pensa ter começado a formação da estrutura em larga escala (galáxias e clusters) e, se tivessem sido suficientemente abundantes para explicar a totalidade da matéria escura então não teriam permitido a formação da estrutura em larga escala, uma vez que o ‘mean free path’ muito grande faz com que eles homogeneizassem grandes regiões do espaço.

    O neutralino-1 é um candidato a “cold dark matter” no caso de teorias supersimétricas que preservam uma quantidade denominada de paridade-R. Há outros candidatos. O LHC está a desfavorecer os modelos supersimétricos mais usuais (em que o neutralino-1 surge naturalmente com uma massa da ordem da escala da interacção fraca, que é a ‘rule of thumb’ para ter a densidade de relíquia na região favorecida pelo WMAP) e com eles vai o neutralino-1 que sozinho conseguia explicar a matéria escura.

    3) 1 byte = 8 bits

    • Manel Rosa Martins on 18/08/2011 at 21:53
    • Responder

    Obrigado José.

    Grande incentivo este teu e o do Luís, Vou descarregar esta apresentaçao para lhe poder dedicar boa atençáo.

    Abraço

  8. Bem vindo, Manel.

    Só mais uma nota, para complementar a ideia do Luís: os quatro neutralinos pertencem aos fermiões.
    Existe uma apresentação feita pelo Michael A. Balazs, da Universidade de Virgina: Neutralino to Gravitino + Gamma: Gauge Mediated Supersymmetry – Breaking at the LHC
    Abraço

  9. Olá Manel,

    bem vindo !

    Só uma precisão. A partícula proposta como constituinte da matéria negra é o *neutralino*, uma partícula prevista pelas teorias supersimétricas. Na realidade existem 4 neutralinos, o mais leve dos quais deverá ser estável.

    Vivemos em tempos notáveis. Os próximos anos vão certamente mudar muitas das nossas concepções sobre o Universo, a começar pela natureza da gravidade. Existe a possibilidade intrigante de esta não ser uma força fundamental da natureza mas antes uma “força emergente” consequência da 2a lei da termodinâmica. Quando eu perceber como funciona esta ideia talvez escreva algo sobre isso 😉

    Abraço

      • Manel Rosa Martins on 18/08/2011 at 17:46
      • Responder

      Obrigado Luís, totalmente de acordo com a precisão e as suas 4 entidades, no contexto da elegante SuSy (e da Paridade-R) é essa a proposta.

      Os WIMPS exibem as propriedades físicas dos neutrinos mas são, como bem apontou, um conjunto distinto de partículas (Ou 1 com 4 sabores, para forçar uma analogia). O próprio modelo extensível do modelo-padrão propõe que os neutralinos emitam neutrões nas suas, por enquanto hipotéticas, colisões.

      A outra proposta de conjunto de partículas, são os MACHOS, para os leitores também identificarem os “candidatos da oposição.”

      Muito obrigado pelas palavras de incentivo e pela excelente correção, fez saltar MACHOS e WIMPS para os leitores verem e prosseguirem a sua própria curiosidade, a sua própria literacia funcional.

      Quando esse futuro artigo sair, lá vai a Física dar mais uma cambalhota, natural, nestes tempos épicos. Quantitativamente há desde já um futuro leitor bastante interessado.

      Abraço

      1. Sinto-me ainda no dever de me auto corrigir.
        Onde se lê “propõe que os neutralinos emitam neutrões ” deve-se ler emitam neutrinos. Foi lapso linguístico.

        Uma consequência de 2 interpretações diferentes da 2ª Lei da Termodinâmica é a Divisão entre a Física Clássica a Mecânica Quântica , não deixa de ser irónico que o que as separa tão fundamentalmente possa vir a ser um dia a ser unificado através duma das várias propostas de desenvolvimento da Lei Gravitacional: Há a que o Luís refere e há a chamada proposta holandesa que atribui à gravidade uma descrição explicita desta como uma ilusão de óptica, e que será um fenómeno holográfico. Um factor a levar em conta é que a gravidade é uma força fraca de alcance infinito, a ideia de “emergente” implica que esta força se movimente originada fora do Universo observável ou, em alternativa, que se expande para além do Universo observável, Pergunto é se permeando incólume e impassível a Energia Escura. Em campo filosófico especulativo tem cabimento colocar estas questões. :)))

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