Rolling Stones na Lua!

O impacto de objectos na Lua molda a sua superfície de diversas formas, algumas delas bastante subtis. As fracas mas persistentes vibrações que se propagam a partir dos locais de impacto são algumas das manifestações menos óbvias resultantes destes eventos. Por vezes, estes pequenos sismos lunares têm energia suficiente para deslocar grandes blocos rochosos das vertentes inclinadas para o interior das crateras.
Recentemente, a Lunar Reconnaissance Orbiter fotografou um conjunto de rastos lineares no interior da bacia Schrödinger. Cada rasto corresponde ao percurso de um enorme bloco rochoso desde o topo até à base de um dos terraços da vertente sul.

Imagem obtida a 02 de Maio de 2011 pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, mostrando a deslocação de blocos rochosos no interior da bacia Schrödinger, no lado mais distante da Lua. Os maiores blocos têm entre 20 a 30 metros de diâmetro e deslocaram-se mais de 2 quilómetros em direcção ao interior de Schrödinger.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

Estes objectos são particularmente interessantes para as futuras missões tripuladas à Lua porque representam material com origem na orla das crateras, locais valiosos do ponto de vista científico mas desaconselhados para uma alunagem segura.
Procurem aqui o local de origem dos blocos visíveis na imagem.

Parte da vertente sul da bacia Schrödinger. O asterisco assinala o local ilustrado na imagem de cima.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

8 comentários

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    • Antônio Barros on 02/09/2011 at 01:25
    • Responder

    Parabéns pelo Blog

    Gostaria de comunicar que tenho uma lojinha virtual de camisetas dos Stones e
    outras bandas de rock
    http://www.elo7.com.br /strawberry fields shop
    Aos cuidados de Antônio Barros
    [email protected]

    • Dinis Ribeiro on 19/08/2011 at 06:23
    • Responder

    Os rastos das rochas lunares, curiosamente, lembram-me os rastos deixados por seres vivos nos sedimentos do fundo do mar, ou pelos escaravelhos nas dunas…
    http://www.bear-tracker.com/beetles.html

    Por ter escolhido como elective http://en.wikipedia.org/wiki/Course_(education)#Required_and_elective_courses este underguradute course (MNS 348 Training Cruise -Marine Geophysics), que completei em Austin em 1987, pude ter algumas aulas com professor Yosio Nakamura http://www.jsg.utexas.edu/news/feats/nakamura.html que me fez pensar muito sobre o misterioso interior da lua…

    O meu trabalho nesse curso consistiu na construção de um detector subaquático de radiação de muito baixo custo, recorrendo apenas a material http://en.wikipedia.org/wiki/Commercial_off-the-shelf para explorar variações nas CPM (counts per minute) a pequena profundidade http://www.radiationnetwork.com/ usando um http://en.wikipedia.org/wiki/Geiger%E2%80%93M%C3%BCller_tube que desmontei parcialmente para ocupar um espaço mais pequeno, juntamente com um gravador audio também modificado para ocupar um espaço menor, passando a poderem “caber” no limitado espaço disponível numa estrutura esférica oca que serve normalmente para se colocarem hidrofones no fundo do mar no Golfo do Texas, neste tipo de investigação http://en.wikipedia.org/wiki/Reflection_seismology e usando este tipo de tecnologias http://www.freepatentsonline.com/5189642.html e ver também http://en.wikipedia.org/wiki/Geophone

    As “superfícies insólitas” existem por todo o lado no sistema solar:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Quake_(natural_phenomenon)#Moonquake

    1) Passive Seismic Experiment http://www.lpi.usra.edu/lunar/missions/apollo/apollo_15/experiments/ps/

    2) http://www.lpi.usra.edu/meetings/lpsc2004/pdf/2093.pdf (ver figura 1)

    3) Analyzing Old NASA Apollo Seismometer Data Reveals That The Moon Has An Earth-Like Core http://www.spaceref.com/news/viewpr.html?pid=32416

    4) Ver imagem do que se pensa que será o Núcleo da Lua:
    http://www.nasa.gov/topics/moonmars/features/lunar_core.html

    Uma tecnologia fascinante:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Seismometers

    Um dos aspectos que mais gosto na astronomia é que certos raios cósmicos “atravessam tudo” e não há nuvems, nem poluição luminosa que os possam deter.
    terra: http://pt.wikipedia.org/wiki/Raio_c%C3%B3smico e http://en.wikipedia.org/wiki/Cosmic_ray

    Gosto em particular do som ou “música” produzida pelos “Spark Chambers”: http://en.wikipedia.org/wiki/Spark_chamber
    Video: http://wn.com/Spark_chamber

    Dos Rolling Stones, tanto quanto me consigo lembrar, só gosto de uma canção deles:
    http://www.youtube.com/watch?v=JMkFjYRWM4M (Angie) http://www.lyricsfreak.com/r/rolling+stones/angie_20117854.html (letra)

    A radiação cósmica também mergulha nos oceanos…

    Já nessa altura se pensava muito no que se veio a tornar o projecto do futuro telescópio subaquático para detectar neutrinos: http://en.wikipedia.org/wiki/KM3NeT

    Ver o site do projecto: http://www.km3net.org/home.php

    O pequeno protótipo que criei em 1987 no âmbito do MNS 348 e que funcionava relativamente bem, e embora bastante mais “primitivo”, com objectivos diferentes, e limitadíssimo (em comparação), já tinha um aspecto visual muito semelhante aos actuais Digital Optical Modules (DOMs) do IceCube Neutrino Observatory, que podem ver neste link: http://en.wikipedia.org/wiki/IceCube_Neutrino_Observatory

  1. Really? 🙂

    Desde já profetizo que alguns conspiradores vão criar websites a dizer que os Selenitas (habitantes da Lua) andam a empurrar essas pedras pelas encostas abaixo… e é por isso que o Homem nunca mais foi à Lua…
    E vão usar as fotos que colocaste aqui como prova 😛

    Como vêem, eu tinha jeito para ser conspirador 🙂

  2. “Rolling Stones” na Lua ?
    Hmmm…existe a vantagem imediata da música deles não ser audível 😉
    Desculpa a piada de mau gosto mas não resisti.

    1. LOL.
      Concordo contigo. 😀

      1. Agora a sério, sendo na cratera Schrödinger não esperava rastos.
        Antes, esperaria fotografias que comprovassem que algumas pedras num momento estavam aqui e no seguinte estavam ali. Estavam nos dois sítios em simultâneo, até serem fotografadas.

        Faz-me lembrar de um anúncio genial de jornal (provavelmente uma “urban legend”):

        “Mecânico quântico tira carros da garagem sem abrir a porta.” 😉

        Não ligues, vou dormir…

      2. LOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

        😀 😀

      3. LOL 😀

        Claro Luís. Os blocos estavam no cimo e na base da encosta em simultâneo antes de serem fotografados. Foi a malvada da LRO que determinou o seu local de repouso. 😉

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