Mentalidade… americana

O discurso não é erudito… mas isso interessa? Não, se realmente olharmos para o que interessa: o conteúdo.
Muito do que ele diz, vê-se na mentalidade por aqui, EUA.
A educação em Portugal deveria mudar de modo às novas gerações terem este tipo de mentalidade. Deve-se fazer pelas coisas, gerar oportunidades, em vez de se ficar à espera que as coisas aconteçam “por milagre”.
Excelentes ideias!

Miguel – Prós e Contras (20-06-2011) from José Carlos Oliveira on Vimeo.

1 comentário

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    • Dinis Ribeiro on 31/08/2011 at 02:59
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    Os meus diversos comentários vão cobrir assuntos diferentes e são como uma “manta de retalhos”, o que terá talvez uma conotação ligeiramente negativa em Portugal.

    Se quisermos, podemos pensar em termos de outras culturas, e nesse caso os comentários estão simplesmente organizados como se fossem um “Quilt” que é um objecto “social” com algum valor e significado:

    Quilting traditions are particularly prominent in the United States, where the necessity of creating warm bedding met the paucity of local fabrics in the early days of the colonies.

    It was essential for most families to use and preserve textiles efficiently.

    Saving or salvaging small scraps of fabric was a part of life for all households. Small pieces of fabric were joined together, to make larger pieces, in units called “blocks”.

    Quilting was often a communal activity, involving women and girls in a family, or in a larger community.

    Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Quilt#Traditions

    Comentando então o video “adversarial” dos prós & contras:

    O problema que é referido das pessoas que pensam que têm mais direitos do que deveres é bem verdadeiro.

    Suponho que os inúmeros comportamentos anti-sociais que “levam a perder a esperança no futuro” sejam verdadeiramente “contagiosos” e devidos em grande parte ao ambiente: http://en.wikipedia.org/wiki/Antisocial_personality_disorder / http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociopatia

    O peso do ambiente parece-me muito mais forte do que se gosta de pensar, porque muitas vezes, basta tirar as pessoas que vivem expostas a essa “dinâmica” de Portugal para fora, para um outro país qualquer e (frequentemente) esses comportamentos vão desaparecendo, porque já não há mais re-infecções… Mesmo as que ficam em Portugal e que não são influênciadas, ou desenvolveram uma espécie de imunidade, ou então dão-se quase exclusivamente com pessoas que não funcionam nesse registo “anti-social”.

    Penso que a “passividade” de que se fala no clip de video está ligada (em parte) á “depressão” e isso lembra-me as semelhanças entre o papel do estado em Portugal e uma criatura de pura ficção que é o “Mestre” nesta história: http://en.wikipedia.org/wiki/Birds_of_the_Master

    Gostei da intrevenção do jovem e de facto noto repetidamente que as novas gerações são um pouco mais dinâmicas e descomplexadas, mas muitas vezes, têm grande dificuldade de encontrar quem lhes transmita certos tipos de informação. Há demasiado lixo e desinformação na internet. Há um oceano de futilidades no ciberespaço.

    E há muita indiferença. Aliás, embora tenham deixado o jovem falar, a linguagem “não verbal” da entrevistadora, deu-me a noção que ela estava a fazer um frete, sem grande convicção. Como se diz noutros locais: “She was Going through the motions”
    To do something in a mechanical manner indicative of a lack of interest or involvement.

    A entevistadora diz aos 06:38 que “…eu reparei que me estava a tratar por tu a mim e aos outros, isso é muito saudável (não sorriu)…Portugal é um país de formalismos, de Drs, o que não ajuda a … É uma prática muito Americana, aliás…”

    Penso que os “formalismos” se prendem com a existência duma “distância hierárquica” excessivamente grande. De acordo com uma das tabelas que vi num estudo de Geert Hofstede, Portugal teve (em certa altura) uma das maiores “distâncias entre os degraus da sociedade” do mundo.

    E relativamente a Portugal, nos Estados Unidos, essa distância é mais pequena.

    A distância hierárquica, significa a aceitação da desigualdade de poder por alguém que é submetido. Ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Geert_Hofstede

    Se virem bem, a entrevistadora corta-lhe várias vezes a palavra… e depois ele fala (em resposta?) com alguma assertividade sobre os empresários estarem lá “ge-nu-i-na-men-te” durante uma hora focados e comprometidos com o “empowerment” das pessoas…

    O que é o “Empowerment?
    Ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Empowerment / http://en.wikipedia.org/wiki/Empowerment

    Viram como ele ironiza (com 1 gesto) a excessiva distância hierárquica em Portugal fingindo que está a rezar, quando fala quase no fim do clip sobre “aquela assimetria típica do por favor, dê-me uma oportunidade”?

    Para quem quiser ver tudo isto em maior detalhe:

    National cultures can be described according to the analysis of Geert Hofstede. These ideas were first based on a large research project into national culture differences across subsidiaries of a multinational corporation (IBM) in 64 countries. http://www.clearlycultural.com/geert-hofstede-cultural-dimensions/

    Um conceito muito vasto: http://en.wikipedia.org/wiki/Hierarchy

    E porque é que muitas pessoas têm receio de “gerar oportunidades”?

    Sugiro uma vista de olhos:

    1) http://en.wikipedia.org/wiki/Crab_mentality

    2) http://en.wikipedia.org/wiki/Tall_poppy_syndrome

    Zero sum prestige http://en.wikipedia.org/wiki/Zero_sum_game

    Some sociologists, notably Max Weber, believe that in certain social groups, the acquisition of prestige and power is a zero-sum game, and this situation may provide a rationalization for the hatred of “tall poppies”.

    In such groups, there is only a limited amount of prestige for its members to share in and only a fixed quantity of attention, authority and material resources that its members can give to each other.

    Therefore, for someone to rise in status, another person must fall. A person who is more prestigious is an obstacle to another person’s rise simply by being more prestigious, and a person who suddenly rises is an outright threat to the other’s current status.

    This zero-sum pattern can be found in small groups characterized by fixed hierarchies and where there is little movement in or out of the group. Examples include poor American communities and some street gangs.

    3) http://en.wikipedia.org/wiki/Harrison_Bergeron

    4) http://en.wikipedia.org/wiki/Negative_selection_(politics)

    Voltando aos temas abordados no clip de video:

    A falta de informação útil é como a falta de nutrientes num ecossistema…

    Limita muito o crescimento.

    Não sei se é sómente uma questão das “mentalidades” dos jovens…

    Muitas vezes todo o ambiente é muito “pesado” como a tal sala abafada que tem tanto fumo no ar que o “ambiente” é “espesso, de cortar á faca”, como as selvas em que só conseguimos avançar usando continuamente uma catana devido á profusão de plantas daninhas cheias de picos.

    Lianas compete intensely with trees, greatly reducing tree growth and tree reproduction, greatly increasing tree mortality, preventing tree seedlings from establishing, and altering the course of regeneration in forests: http://en.wikipedia.org/wiki/Liana

    O “ambiente humano” que nos rodeia em Portugal pode ser pródigo em gerar situações de “aerobraking” involuntário, pois a “atmosfera” é muito mais espessa e extensa do que pode parecer á primeira vista: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aerofrenagem

    Por outro lado, podem não existir suficientes “pessoas” com suficiente “peso” (os tais “empresários” ou “professores” que se dão ao trabalho de ajudar a orientar as pessoas para actividades que permitam o seu crescimento) e que sejam “acessíveis” para permitir manobras de aceleração conhecidas como “Gravity Assist” http://en.wikipedia.org/wiki/Gravity_assist / http://pt.wikipedia.org/wiki/Gravidade_assistida (Como traduzir correctamente? Penso que Manobra de Aceleração Gravitacional ou algo parecido seria melhor do que “Gravidade assistida”)

    Além disso, se o planeta tiver um campo gravítico mais forte do que se tiver calculado, a manobra de “gravity assist” pode acabar bastante mal…

    Por outro lado, e continuando com algumas analogias: http://en.wikipedia.org/wiki/Analogy / http://pt.wikipedia.org/wiki/Analogia

    O ambiente á nossa volta pode ser “supercondutor” http://pt.wikipedia.org/wiki/Supercondutor /

    …. ou até “superfluido” http://pt.wikipedia.org/wiki/Superfluido

    … ou então, pelo contrário, ser viscoso & pegajoso http://pt.wikipedia.org/wiki/Viscosidade

    A tendência a tentar obrigar toda a gente a “voar devagar e baixinho” por questões de segurança e “para reduzir o risco”, só mostra a profunda ignorância sobre o que é a aerodinâmica http://pt.wikipedia.org/wiki/Aerodin%C3%A2mica

    Muitas coisas em Portugal, se ousam sair do solo, acabam por ser forçadas a voar á beira duma “perda aerodinâmica” http://pt.wikipedia.org/wiki/Estol / http://en.wikipedia.org/wiki/Stall_(flight)

    Deixando a aeronáutica e voltando á astronomia,

    Quando se deu a adesão ao ESO em 1990, lembro-me que algumas pessoas que estavam presentes me disseram que era “um primeiro passo” e contaram-me que existe um fenómeno óptico que será + / – assim:

    “Quando estamos no fundo de um poço, se este fôr suficientemente profundo, é possível ver as estrêlas no céu, mesmo durante o dia.”

    Ainda não consegui determinar se se trata dum fenómeno real. Será verdade?

    Quando estamos tristes, em certos países diz-me que “estamos na fossa”.

    Repetir as mesmas acções, esperando resultados diferentes não é boa ideia nem nos permite sair dum poço, quer estejamos a falar do campo gravítico da terra, ou de outras situações.

    O ambiente á nossa volta, pode ser como o “espaço curvo” em certas atracções das feiras.

    Não falta coragem aos que andam dentro do “poço da morte”, que usam a força centrífuga para andarem de moto pelas paredes sem cair.

    Comento que gostava muito de descobrir quem inventou esta “atracção” de feira. Terá sido nos anos 20? (Eu vi essas motos ao vivo há muitos anos quando ainda existia a feira popular em Lisboa)

    http://videos.sapo.pt/T3Ao6jUdRuUIk95Bsgnf – Reportagem na TV

    Memórias que se perdem: o poço da morte (info mais recente)
    http://acincotons.blogspot.com/2011/08/memorias-que-se-perdem-o-poco-da-morte.html

    Há outras geometrias:
    http://www.youtube.com/watch?v=3F3e6L3FE6g&feature=related

    Até fazem com carros (aparentemente) na India:
    http://www.youtube.com/watch?v=dhAjlTnt73w&feature=related

    Já viram que se se colocasse um planeta de esferovite suspenso a meio do “poço” até dava para colocar carros e motas em “orbita” desse “planeta”?

    Um projecto desses (por exemplo) poderia criar muitos empregos (até para as tais “toneladas” de designers) e ajudar muitas pessoas a compreender melhor as leis da física.

    Haverá possívelmente um certo potencial educativo neste tipo de “stunts”: Knievel was a proponent of motorcycle helmet safety. He constantly encouraged his fans to wear motorcycle helmets. http://en.wikipedia.org/wiki/Evel_Knievel#Motorcycle_helmet_safety

    Calculo que exista “algures” um conjunto de cálculos matemáticos, e gostaria de saber se essa geometria do “poço da morte” já foi empregue em livros para ensinar a matemática e a física.

    Basta atingir a “velocidade de escape”, modificar a atracção “poço da morte” alizando os rebordos superiores, (a mesma curvatura que no fundo) e depois de tirar de lá os espectadores e deverá dar para sair suavemente do “poço da morte”, simulando assim a saída da orbita terrestre.

    Isso iria alterar q.b. o simbolismo e mensagem subjacente, dando origem a uma “ride” nova, como se fosse um novo desenho de montanha russa.

    Agora imaginem construir num enorme descampado um sistema solar plano, com as distâncias relativas correctas, e com poços “gravitacionais” com uma geometria semelhante aos “poços da morte” onde se possa andar de carro. Isso era ainda mais educativo do que as montanhas russas http://en.wikipedia.org/wiki/Roller_coaster / http://pt.wikipedia.org/wiki/Montanha-russa que podem ser usadas para ensinar a energia potencial http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_potencial_gravitacional e a energia cinética http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_cin%C3%A9tica.

    In 2006, NASA announced that it would build a system using principles similar to those of a roller coaster to help astronauts escape the Ares I launch pad in an emergency. No que pode ser a primeira aplicação profissional de uma montanha-russa, a NASA anunciou que construirá uma para auxiliar o escape de astronautas da almofada de lançamento em uma emergência (a info vem do link sobre roller coasters / montanhas russas)

    Para mim, muitas soluções têm a ver com modificações na velocidade de várias coisas.

    Num outro exemplo, um cubo de Rubick http://pt.wikipedia.org/wiki/Cubo_de_Rubik é complicado mas pode ser resolvido. Basta ir rodando as faces dum modo lógico, seguindo algumas regras.

    Só que, se devido á “lentidão do ambiente á nossa volta”, só pudermos fazer uma rotação do cubo (apenas) 1 vez por mês, então é que pode ser “mais complicado”. Em termos práticos o cubo não tem solução.

    Quanto á “velocidade diferente” com que as coisas acontecem (para o melhor e para o pior) nos Estados Unidos, e em Portugal lembro-me ocasionalmente de duas músicas:

    1) In a New York Minute ( as coisas podem mudar muito rápidamente )
    a) http://en.wikipedia.org/wiki/New_York_Minute_(song)
    b) http://www.azlyrics.com/lyrics/eagles/newyorkminute.html
    c) http://www.youtube.com/watch?v=i-q8N5wye58&feature=related

    2) Nowhere Fast ( Não se perder tempo & enfrentar os problemas )
    a) http://en.wikipedia.org/wiki/Nowhere_Fast
    b) http://www.jimsteinman.com/fireinclyrics.htm#nowherefast
    c) http://www.youtube.com/watch?v=AUwbQjm93Es&feature=related

    Na realidade, uma das coisas que julgo ter compreendido é que muitos dos problemas em portugal resultam do facto de que a sociedade Portuguesa funciona como se fosse constituída por um Fluido Não Newtoniano http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluido_n%C3%A3o_newtoniano e nós tentamos resolver os problemas como se estivéssemos numa sociedade que se comporta como um Fluido Newtoniano http://pt.wikipedia.org/wiki/Fluidos_newtonianos.

    A sociedade e (lógicamente) as mentalidades nos EUA tendem a ser Fluidos Newtonianos, e noutras regiões, incluíndo Portugal é como se fossem “Fluidos Não Newtonianos”.

    O comportamento para nadar e sair de dentro da lama tem de ser muito diferente do comportamento dentro de água, por causa das leis da física.

    Há um animal que sempre me fascinou, por me lembrar dos astronautas, que se conseguem libertar da gravidade terrestre.

    Trata-se do “Mud skipper” http://pt.wikipedia.org/wiki/Periophthalmus / http://en.wikipedia.org/wiki/Mudskipper

    Certos problemas resolvem-se com mais velocidade, mas outros resolvem-se com menos velocidade, e até há outros problemas que só têm uma solução possível e que é muito dolorosa, como neste filme: http://en.wikipedia.org/wiki/127_Hours / http://pt.wikipedia.org/wiki/127_Horas

    Pode então haver uma outra estratégia para não se “perder a esperança no futuro” mesmo que se esteja atolado em “areias movediças” (Fluido Não Newtoniano):

    Recomendo este link: http://www.brasilescola.com/geografia/areia-movedica.htm

    Dicas gerais para não afundar em lama ou areia movediça:

    1 – A areia movediça comporta-se como líquido, pois nada mais é que areia comum misturada com água em movimento. Porém, ao contrário da água, ela não sai fácil. Ao tentar retirar uma parte de seu corpo, um vácuo se formará no espaço em que você estava.

    2 – A viscosidade da areia movediça aumenta com movimentos bruscos. Por isso, mova-se lentamente para que ela seja a menor possível.

    3 – Fique calmo e lembre-se de que é muito mais fácil boiar na areia do que na água.
    A densidade da areia movediça é bem maior do que a do corpo humano.
    De costas para a areia, estenda os braços, abra as pernas e bóie, pois esta é a melhor maneira de evitar que você afunde totalmente.

    Como escapar do atoleiro:

    1 – Ao caminhar por uma região onde há areia movediça, leve sempre uma vara resistente. Ela poderá ser útil.

    2 – Quando você começar a afundar, coloque a vara na superfície da areia e deite calmamente sobre ela.

    3 – Depois de alguns minutos, você conseguirá se equilibrar e não afundará.

    4 – Coloque-a entre o quadril e a coluna. Assim, seu quadril não afundará enquanto você tira, devagar, primeiro uma perna e depois a outra.

    5 – Mova-se lentamente e pegue o caminho mais curto até solo firme.

    http://revistatrip.uol.com.br/revista/salada/saia-do-atoleiro.html

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