Órbitas dos planetas

Quando pensamos nas órbitas dos planetas, pensamos em órbitas quase circulares, num plano, e com os planetas a orbitarem de forma “perfeita” o Sol.
Imaginamos algo similar a esta imagem:

É certo que estas explicações são excelentes para fazer com que as pessoas compreendam as órbitas, e até para demonstrar visualmente esse conhecimento:

Mas, como sempre, as coisas são mais complexas do que parecem.
E ao simplificar as ideias, isso pode levar a concepções erradas por parte das pessoas, e até a imaginarem conspirações.

Uma das características do Universo é que tudo está em movimento.

Neste caso, o Sistema Solar (o Sol, planetas, luas, etc) viaja ao redor da Galáxia.
O Sol e todo o Sistema Solar demoram cerca de 250 milhões de anos a completar uma órbita ao redor da nossa Galáxia. O Sol viaja a uma velocidade de 782.000 kms por hora. Isso quer dizer que demora 1400 anos para viajar a distância de 1 ano-luz, ou 8 dias para viajar a distância de 1 U.A. (distância da Terra ao Sol).
Assim, uma concepção errada das imagens de cima é que o Sol aparenta estar parado num sítio. Na verdade, o Sol movimenta-se pela Galáxia. Claro que seria impraticável colocar o Sol a movimentar-se pelo espaço no brinquedo em cima… daí a simplificação.

Note-se que não é só o Sol, mas todos os objectos do Sistema Solar seguem o Sol na sua viagem pela Galáxia.
Assim, as órbitas planetárias são um pouco mais complicadas do que as imagens planas de cima (apesar de também não serem tão exageradas como a imagem de baixo).

Esta é uma das razões de eu achar que viagens no tempo fazem pouco sentido, sobretudo aquelas que nos são “impingidas” pelos filmes.
É que mesmo que viajemos para há 100 anos atrás ficando no mesmo local, então este local há 100 anos atrás seria “vácuo”, já que a Terra ainda não estaria aqui. Para o futuro passa-se o mesmo: se eu me metesse na máquina do tempo de H. G. Wells, é certo e sabido que no ano 802.701 a Terra já estará muito longe daqui, e por isso ou eu viajo também pelo espaço para “apanhar” a Terra ou então, se eu não sair do local, então aparecerei no “vácuo” no futuro.

Nada disto é “segredo”. E as simplificações que se fazem nos livros destinam-se somente a tentar que os conceitos das órbitas se compreendam melhor.
Claro que vai sempre haver alguém que vai tentar dizer que “descobriu a pólvora” e que os cientistas estão enganados ao dizer que as órbitas são planas… mas a verdade é que eles não dizem isso, mas para efeitos de divulgação simplificam-se os conceitos.
Também vai haver quem troque tudo e imagine que a Terra não orbita o Sol… mas esse é somente um disparate. O Sol e todos os outros planetas orbitam um centro de massa, que se encontra dentro do Sol, logo para todos os efeitos populares, então a Terra e todos os outros planetas orbitam o Sol.

Além disto, existe também a ideia que os planetas orbitam o Sol como se estivessem num plano, como se vê nas simplificações populares. Mas a verdade é que os planetas oscilam nesse plano.
A mesma coisa acontece ao Sol, e ao sistema solar no seu todo, na sua viagem ao redor da Galáxia. Por vezes vai mais acima e outras vezes mais abaixo do plano da Galáxia.

O Sol, em cada órbita ao redor da Galáxia, “bate no topo”, oscila, cerca de 2.7 vezes.
Cada oscilação demora cerca de 70 milhões de anos.
Neste momento, o Sol (e a Terra) está a cerca de 67 anos-luz a norte do plano galáctico, e está-se a mover cada vez para mais longe!

Algumas pessoas pensam que vamos passar pelo plano galáctico em Dezembro de 2012, mas, como já expliquei aqui, isso é puro disparate contrário ao conhecimento que se tem do assunto.
Só daqui a cerca de 30 milhões de anos irá passar novamente pelo plano galáctico.

Assim, ao contrário do que dizem os vigaristas, nem os cientistas estão enganados nem sequer andam a enganar as pessoas. Simplesmente fazem-se simplificações para melhor entender os conceitos.
Esses vigaristas deveriam era aproveitar esse tempo que perdem a inventar mentiras, para dar valor aos cientistas e para os parabenizarem. Afinal, nenhum pseudo alguma vez conseguiria colocar rovers em Marte, por exemplo. Já os cientistas calculam órbitas com todos estes condicionalismos acima, para colocar sondas num minúsculo ponto (Marte) num Universo gigantesco… e fazem-no com a agravante de não estarem a calcular para o local onde o planeta está agora, mas sim para onde vai estar, por exemplo, dentro de 1 ano, quando os rovers lá chegarem. Isto sim é quase um “milagre”. Mas na verdade, é tudo fruto de bastante conhecimento dos assuntos.

40 comentários

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  1. ya achei bom 😉 max na verdad eu so kero sabr ,uk é i
    orbita so isso

    • Edimilson Santos Silva Movér on 31/10/2017 at 23:16
    • Responder

    Distinto Carlos Oliveira

    Não entendi se você ao nos dizer que o movimento do Sol possui uma velocidade de 780 mil Km/h
    considerou somente o movimento do astro dentro do braço de Órion em torno da estrela Vega da Constelação da Lira!
    A isto não te referistes, e assim teus alunos não perceberão a complexidade destes movimentos.
    Estarias!
    Desprezando o movimento que o astro faz em torno do centro da galáxia, pois a galáxia como um todo, faz uma rotação
    de 360 graus em 220 milhões de anos, este movimento foi corrigido recentemente, e não tenha esta correção no momento,
    Também não sei se considerastes, que a Via Láctea está se dirigindo para Andrômeda. O que também infere no movimento do astro..
    Atenciosamente
    Um discípulo atencioso

    1. Oi Edimilson,

      Como é dito no link, as contas estão relacionadas (é sempre relativo a algo) com o movimento do Sol ao redor do centro da galáxia. Aliás, como é dito na frase do post onde consta essa velocidade.

      Não entendi a ligação à estrela Vega.

      A Via Láctea não está se dirigindo para Andromeda.

      De qualquer modo, pode continuar a “meter detalhes”, como o facto do Grupo Local estar se dirigindo para o Grande Atractor.
      Mas claro que isso nada tem a ver com a velocidade da estrela em si.

      abraços

  2. Boa tarde,
    Sou português, vivo em Lisboa e julgo que venho atrasado alguns 5 anos para estes debates (?). No entanto, e porque sou um entusiasta destas aventuras da “cogitação” astronómica, vinha perguntar o seguinte, esperando que alguém possa saber a resposta: Sabe a ciência se o Sol também tem o seu eixo inclinado (em relação ao centro da Galáxia)?
    E uma outra coisa: como pode a ciência afiançar que o Sol se encontra atualmente bem acima do plano da galáxia, com tendência para atravessar um dos seus braços (aí, pois, vindo a cruzar por uma zona de maior densidade)? Em que se fundamenta para ter estabelecido a direção de movimento que preconiza?
    Obrigado

    1. Qual é para si o centro da galáxia?

      Sim, chama-se Ano Galáctico.
      https://en.wikipedia.org/wiki/Galactic_year

      abraços

  3. Carlos,

    Como você afirmou, estamos nos afastando do plano galáctico, assim, nosso Sistema Solar está caminhando para regiões mais ‘calmas’ da vizinhança galáxia… por 30 milhões de anos…

    1. Excelente 🙂

    2. Só não percebo nesta animação porque o Sol deixa um rasto atrás dele. Afinal as partículas que se libertam do Sol estão obrigadas a cumprir a conservação do momento de inércia. Como o meio interestelar é vazio não há nada que produza o efeito de arrastamento necessário a produzir esse rasto.

      O mesmo princípio faz com que não seja necessário ter em conta o movimento do sistema solar (como um todo, em relação ao centro galáctico) quando se manda uma sonda para Marte.

      O que é preciso considerar é o movimento da Terra, de Marte, e da Lua, para esta não estar no caminho. 😉

      1. Essa animação é totalmente errada. Phil Plait explica as razões:

        No, Our Solar System is NOT a “Vortex”

        http://www.slate.com/blogs/bad_astronomy/2013/03/04/vortex_motion_viral_video_showing_sun_s_motion_through_galaxy_is_wrong.html

  4. Carlos, uma dúvida sobre a teoria da relatividade. As velocidades de translação da Terra / Sol e Sol/ Centro da galáxia são consideradas no NOSSO tempo? Por exemplo, em um planeta que a velocidade de translação é menor do que a da Terra, o tempo lá passa mais rápido em comparação com a Terra?

    1. Eu não sei se percebi bem a pergunta…

      … mas se percebi, então a resposta é SIM, é no nosso tempo.

      Infelizmente, é tudo considerado no “nosso tempo”.

      Por exemplo, quando se fala de anos de órbita de outros planetas em redor das suas estrelas… esses “anos” são nossos. Ou seja, é em relação a nós.

      Mesmo no nosso sistema solar é assim.
      Jupiter tem uma órbita de 5 anos em redor do Sol. É claro que não tem. A definição de ano é 1 órbita completa ao redor do Sol. Logo, Jupiter, como qualquer planeta, demora 1 ano (jupiteriano) a orbitar o Sol. No entanto, nós consideramos que é 5 anos. Porque são 5 anos… terrestres.
      Funciona assim para tudo. Exemplo, cometa. Veja o famoso cometa Halley. É a mesma coisa dos planetas: 1 órbita representa 1 ano. Por isso, quanto tempo demora uma órbita do Halley? 1 ano, claro. Mas na verdade dizemos que demora 76 anos. Porque são 76 anos terrestres…

      Infelizmente, é sempre tudo em relação a nós… 🙁

      P.S.: isto não tem a ver com a Teoria da Relatividade. Isto são convenções humanas. 😉

  5. muito bom!Foi muito bom para o meu trabalho

  6. AT’E QUE ENFIM UM BLOG DIGNO DE SER LIDO (ESTUDADO)

    PARABENS

  7. Li um comentário excelente no Facebook, sobre na última volta em redor da galáxia, quem estava a começar a dominar a Terra eram os dinossauros… enquanto os mamíferos estavam a começar a aparecer, eram pequenos, sem qualquer poder, e na “casa das apostas” ninguém dava nada por eles.

    E se em cada volta, há uma outra espécie a “rular” a Terra? 🙂

    Isso quer dizer que na próxima órbita…. já não estaremos cá 🙁

    1. A “rular”, sendo qualquer coisa diferente dos seres humanos, a natureza, sem sobra de dúvidas, agradecerá 😉

  8. Não sei se vale a pena pensar nisso mas… Se a terra se move, assim como o sistema solar e tudo o mais, quando se diz que um asteroide vai passar perto da terra porque não pensar que é a terra que está passando perto do asteroide? Se eu tivesse uma casinha no asteroide a minha impressão é que a terra estaria tentando me destruir UAHSUAHSuahus

    1. Pois… na verdade é ambos 🙂

  9. Grande furada essa de viajar no tempo.

    Agora brincando de imaginar… E a viagem no tempo e no “espaço”. Se a pessoa voltasse ao passado ou fosse ao futuro teria que considerar o espaço, não?

    Será possível calcular onde a terra estaria? Pior é ter que calcular com máxima certeza. Se eu viajo no passado 1 ano partindo do meu quarto, eu preciso me certificar de que vou estar no mesmo local. E ainda tem a possibilidade de existir algo nesse espaço (uma cadeira, vassoura).

    E se eu tirar uma foto com data e hora e a posição certa do planeta terra no espaço, se for possível viajar no tempo eu teria dados legais de “espaço” UASHUASHuahs

    Mas enfim não sou cientista para ir tão longe, sniff. Mas gostei dessa viajem maluca do sistema solar.

    1. Sim, tem que se considerar o espaço, e sim é possível calcular. Sempre que se enviam sondas ou rovers para outros planetas, calcula-se onde o planeta irá estar quando a sonda lá chegar… e não onde o planeta está agora (nem se envia a sonda para onde o planeta está agora, senão quando chega lá, já o planeta “fugiu”) 🙂

      Veja o caso do rover Opportunity em Marte.
      Não só os cientistas acertaram no planeta, mas têm que acertar na rotação do planeta para o rover chegar no sítio exacto onde eles querem… e no caso do Opportunity foi um “hole in one” (como no golfe, em que só uma tacada acerta logo no buraco lá longe).
      No caso do rover Opportunity, foi ter exactamente à cratera que queria:
      http://en.wikipedia.org/wiki/Opportunity_rover#Landing_site:_.22Eagle.22_crater

      Isto aliás passa-se bastante na exploração planetária 😉
      Basicamente, está-se sempre a fazer “hole in one”… em ciência, era como se um golfista conseguisse meter a bola nos 18 buracos com somente uma tacada em cada um.
      🙂

      Claro que o que aparece nas notícias é somente quando algo corre mal… quando a “tacada” sai ao lado. Mas isso não é porque falhem muito. É simplesmente porque é tão raro falharem, que quando falham, é logo notícia 😉

      • Johnathas Gomes on 31/03/2019 at 15:58
      • Responder

      Olá, entendo que o tempo, tem a ver com a massa.
      Quanto maior a massa, menor é seu tempo. Então, um objeto de massa mínima, exercendo velocidade sobre uma massa muito maior, é como se o objeto de menor massa usasse a força do objeto maior, como impulso. Dependendo da direção, talvez esse objeto de menor massa, seguindo para o rumo 090°(verdadeiro) possa reduzir o tempo, para até medidas negativas. E a questão, é em ralação somente às duas massas. Não tendo influência a posição do Sistema Solar no espaço.
      Mas sim, sobre o que tinha ou não, no momento passado, na posição em que a massa menor parar, na massa maior.
      Um exemplo:
      Imaginemos que um avião, com supercondutores, atingisse altitude extrema e viajasse no rumo 090°(verdadeiro) circundando a Terra e atingisse uma velocidade constante, em que daria uma volta completa, em 12 horas. Na segunda volta, 6 horas. Na terceira, 3 horas. Na quarta volta, zero hora. Na quinta volta, -3 horas. Na sexta volta -6 horas. Na sétima volta, -12 horas(até o pouso). Você encontraria, tudo como estava, quando decolou…

      1. Não é possível viajar “menos horas”.
        Viajar no espaço implica viajar no tempo. Desde Einstein que se passou a chamar espaço-tempo. E avança-se sempre na positiva.

        Também desde Einstein que se sabe que quanto mais próximo da velocidade da luz se viaja, mais se aumenta a massa. Ou seja, o objeto de “menor massa”, passaria a ter uma massa relativamente maior (o uso do “relativamente” foi de propósito, já que isto faz parte da Teoria da Relatividade) 😉

        abraços

  10. Aplaudido de pé, Carlos! Artigo belíssimo e “descomplicador”. Gostei das perguntas pertinentes e que me são muitas vezes colocadas nas palestras. A nebulosa inicial dispôs a malta toda num plano quase perfeito, por isso os planetas deambulam todos pela zona da eclíptica. Pergunta comum: um pouco abaixo de Orion vê-se um ponto muito brilhante Sirius). É uma estrela?
    A minha resposta anda sempre em torno disto: se o Sistema Solar é quase complanar, é inconcebível que seja um planeta: está demasiado longe da eclípitica. O mesmo se aplica para todas as estrelas, nomeadamente as situadas a norte!
    Grande grande artigo! 😀

    1. Obrigado, Pedro 🙂

  11. Nossa, gostei muito das explicações! Essa da viagem do tempo me fez pensar bastante.

    1. Pois, sempre que vejo filmes em que a pessoa viaja no tempo sem sair do sítio… fico logo a pensar mal do filme 😛

      A mesma coisa para quem diz “prever o futuro”. Supostamente está a ver eventos que se passam não só no futuro temporal, mas a triliões de kms de distância (no sítio onde o planeta Terra estiver no Universo nessa altura).

  12. Não está no post, mas está relacionado tanto ao Sol quanto a nossa Galáxia: não compreendi a probabilidade de haver extinções (ou mini extinções) na Terra quando passamos pelo Plano Galáctico e/ou quando o Sistema Solar atravessa uma determinada área da Via Láctea. As duas coisas estão correlacionadas?

    1. Sim e não 🙂
      http://www.astropt.org/2008/04/20/ciclos/

      Quando atravessamos o plano galáctico, atravessamos uma zona mais densa da galáxia… aumentando alguns dos riscos associados a radiação nociva e a impactos.

      Por outro lado, estejamos no plano galáctico ou não… ao viajarmos ao redor da galáxia, há algumas partes da galáxia que são mais nocivas que outras. Exemplo: os braços da galáxia não andam à mesma velocidade que o Sol, logo por vezes estamos dentro desses braços (zonas mais densas) e outras vezes não.

      Basicamente o que eu quero dizer é que a Galáxia pode matar-nos de diferentes formas :P. Por isso, não perca a oportunidade de comprar desde já a nossa protecção. O astroPT protege dos riscos da Galáxia, por uma simples quota anual de 1000 euros :P. 1000 euros para uma protecção galáctica é uma pechincha!!! 🙂 eheheheheeh 😀

        • Cavalcanti on 06/11/2011 at 19:02

        1000 euros????????

        Barato até demais!!! 😀

        Bem mais barato que esse aqui: 😉

        http://www.bunkerbr.com/

  13. Very well indeed! Preto no branco! A observação da viagem no tempo é bestial. Tá na hora de acordar.
    Sobre a data de 2012, alguém sabe-me dizer que evento ou condição acontece?
    Eu sempre achei estranho para uma cultura que anda de lança e espada na mão a fazer sacrificios humanos, terem algum tipo de conhecimento mais avançado que o nosso!
    Podem é ter recebido visitas e terem-lhes adiantado que: ” Agente volta ver-nos por esta data (2012)…Até sempre seus mongas!
    A ver se trazem geradores ultra eficientes para lixar esta mama imunda do petróleo!
    Bem haja, péssoal!

    1. Os Maias nunca fizeram qualquer profecia 😉

      Tudo sobre 2012, está explicado aqui:
      http://www.astropt.org/2008/08/22/2012/

      abraços

  14. Excelente!

  15. Muito bom Carlos !

  16. Off Topic ou talvez não.

    Porque é que os sistemas giram tods no sentido dos ponteiros do relógio, a rotação da terra, a orbita da lua a órbita da terra com o sol, etc..
    Se esta é uma pergunta parva ok aceito uma resposta parva.
    E já agora existe alguma órbita planetária perpendicular ao sol segundo o nosso ponto de vista.

    1. É totalmente on-topic 😉

      O nosso Sistema Solar (órbitas de planetas e luas, e rotação de Sol, planetas e luas) roda em sentido contrário ao ponteiro dos relógios.

      Isso deve-se à nebulosa inicial (que criou a estrela, os planetas, e as luas) ter estado a rodar no sentido contrário ao ponteiro dos relógios (se víssemos a partir de cima).

      Claro que há algumas excepções:
      – Vénus e Urano orbitam no sentido contrário ao ponteiro dos relógios, MAS a sua rotação não é dessa forma. Isso deve-se a impactos posteriores.
      – algumas luas também orbitam os respectivos planetas em sentido retrógrado (no sentido dos ponteiros dos relógios), mas provavelmente porque foram objectos capturados pelos planetas à posteriori, e não se formaram nesse sítio (como luas) na altura da formação do sistema solar.

      Há rotações praticamente perpendiculares. Exemplo: Urano. Mas isso terá sido devido a um impacto ou vários, que o virou de lado.
      http://www.astropt.org/2011/10/07/inclinacao-de-urano-produto-de-uma-serie-de-colisoes/
      Quanto a órbitas, a mais excentrica em termos de planetas é a órbita do planeta-anão Plutão. Mas não é perpendicular… está longe disso.
      http://scienceblogs.com/startswithabang/upload/2010/08/an_18_billion_mile_journey/planet_orbits2.jpeg
      Órbita perpendicular só poderá existir de algum cometa que venha da Nuvem de Oort (supostamente, cometas vindos dessa zona, podem vir de qualquer órbita).

      abraços

    2. Walker Pt, gostaria de ajudá-lo.

      O movimento de rotação dos planetas do Sistema Solar é realizado no sentido anti-horário e não no sentido horário – ou seja, este movimento dar-se-á no sentido contrário dos ponteiros de um relógio 😉

      No comentário você citou indiretamente dois tipos de movimento: rotação e translação. Não sei com relação aos satélites, mas quase todos os planetas do Sistema Solar realizam movimentos de rotação no sentido anti-horário, com exeção de Vênus e Urano, e todos os astros realizam movimentos de translação no sentido anti-horário.

      Com relação ao tipo de movimento, é recomendado que você estude as três Leis de Kepler.

      No que se refere ao porque dos planetas girarem no sentido anti-horário (ou horário) não existe consenso na comunidade científica. A hipótese mais plausível para o porque do movimento ser dessa forma, são as colisões entre planetas ou corpos menores entre si durante a formação do Sistema Solar.

      O mais inclinado, com relação ao plano da normal, é Urano (98º).

    3. E como relação à perpendicularidade de algum planeta com relação ao Sol, que você mencionou, estais a se referir sobre Nibiru. Mas no momento não existe nenhuma evidência científica séria acerca da existência de tal planeta, a partir das características a que lhe são atribuídas 😉

    4. Obrigados.

      Após consultar os links fornecidos e as leis de Kepler, outras páginas na wiki foram abertas e outras duvidas se criaram.

      Continuem com a boa informação.

      1000 para protecção galáctica acho caro, prefiro arriscar. 🙂

    5. A questão de rodar no sentido horário ou anti-horário é mera convenção, basta colocarmo-nos de cabeça para baixo no Sistema Solar para vermos tudo a rodar “ao contrário”.

      Mas o que não é convenção é o facto de Vénus e Úrano terem um movimento de rotação sobre o próprio eixo diferente dos restantes, e diferente daquilo que seria de esperar pela evolução “normal” de um disco de poeira e gás rodando em torno de um centro gravitacional, o que aponta para a possibilidade de uma grande colisão entre um corpo com um movimento diferente e cada um destes planetas.

        • Carlos Bernardo on 30/12/2018 at 18:58

        Perdoe-me o Tiago Leite mas, se fizer o pino e continuar a olhar para os ponteiros do relógio, continuará a vê-los deslocarem-se da esquerda para a direita, no hemisfério norte e da direita para a esquerda, no hemisfério sul. A sua afirmação estará correcta sòmente no caso de se colocar no sentido oposto ao inicial: este-oeste ou norte-sul.

  1. […] Energia Negra. Matéria Negra. Simulação Bolshoi. Mapa do Universo. Côr. Vega estrela polar. Órbitas dos planetas. Palestra. História do Universo em 10 minutos. Tamanho. Universo mais velho e com mais matéria. […]

  2. […] ao plano galáctico, já expliquei neste post que só iremos passar por esse plano daqui por 30 milhões de anos. Ou seja, ou Dezembro de 2012 é […]

  3. […] tem um significado astronómico especial. Na realidade, trata-se somente de uma convenção humana. A Terra continuará a orbitar o Sol ao longo dos tempos, sem qualquer razão para celebrar especialmente algum ponto da sua órbita. […]

  4. […] tem um significado astronómico especial. Na realidade, trata-se somente de uma convenção humana. A Terra continuará a orbitar o Sol cilindricamente ao longo dos tempos, sem qualquer razão para celebrar especialmente algum ponto da sua órbita. […]

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