Cromoscópio 2

Imagem criada usando as várias frequências para visualizar o nosso Universo. Foi feita uma fotomontagem usando a combinação de sete imagens. Crédito: José Gonçalves

Como já divulgado anteriormente, existe um website que permite ver o nosso Universo em diferentes comprimentos de onda.

O Comprimento de onda

Em física, o comprimento de onda representa a distância mínima entre dois pontos na mesma fase de vibração.

No gráfico ao lado, o eixo x representa a distância e o eixo y representa alguma quantidade periódica, como por exemplo a pressão, no caso do som, ou o campo elétrico, para ondas eletromagnéticas, ou a altura da água, para uma onda no mar profundo. A altura no eixo y é também chamada de amplitude da onda.

 

O comprimento de onda, λ, tem uma relação inversa com a frequênciaf, (o número de vezes que qualquer fenómeno se repete com as mesmas características na unidade de tempo considerada, exemplos: a) 20 rpm significa vinte rotações por minuto; b) 100 kHz significa 100 000 ondas por segundo).  Quando se lida com radiação electromagnética no vácuo, essa velocidade é igual à velocidade da luz, ‘c‘, para sinais (ondas) no ar,essa velocidade é a velocidade na qual a onda viaja.

Essa relação é dada por:
 \lambda = \frac{c}{f}                             [1]

em que:

λ = comprimento de onda;
c = velocidade da luz no vácuo ~ 300 000 km/s (ou seja aproximadamente 300 000 000 m/s
f = frequência da onda 1/s = Hz.

O Espectro Eletromagnético

Animação de uma onda electromagnética em 3D

Espectro Eletromagnético é classificado normalmente pelo comprimento da onda, como as ondas de rádio, as micro-ondas, a radiação infravermelha, a luz visível, os raios ultravioleta, os raios X, até a radiação gama. O comportamento da onda eletromagnética depende do seu comprimento de onda e relaciona-se com a sua frequência pela expressão dada em [1]. Frequências altas (repetem-se num curto intervalo de tempo) são curtas, e frequências baixas (repetem-se num longo intervalo de tempo) são longas. Quando uma onda interage com uma única partícula ou molécula, o seu comportamento depende da quantidade de fotões por ela carregada (através da equação de Planck-EinsteinE = h f). Através da Espectroscopia óptica (designação para toda técnica de levantamento de dados físico-químicosatravés da transmissãoabsorção ou reflexão da energia radiante incidente em uma amostra.), é possível obter-se mais informações do que o observável no intervalo da visão normal (o olho humano detecta entre os 400 nm a 700 nm).

Os laboratórios comuns possuem espectroscópios que podem detectar comprimentos de onda de 2 nm a 2500 nm (1 nm = 1×10-9 m). Essas informações detalhadas podem informar propriedades físicas dos objetos, gases e até mesmo estrelas. Este método é muito usado em astrofísica. Por exemplo, um átomo de hidrogênio emite ondas em comprimentos de 21,12 cm, passível de ser detectada usando esse instrumento.

Espectro Electromagnético. Fonte: wikipedia

3 comentários

    • Manel Rosa Martins on 14/11/2011 at 00:11
    • Responder

    Belo post, com tudo bem arrumado e bem explicado. :))

    Um detalhe que refiro na noção do tamanho do spectrum (palavra inventada por Newton) da luz visível em relação ao tamanho total do spectrum electromagnético é que esta “janela” – a da luz visível – é minúscula.

    Com efeito se o Spectrum EM total corresponder a um filme de celulóide com 4.000 quilómetros de comprimento a luz visível seria um fotograma com 4 centímetros.

    Seria um nanometro se o total do Spectrum fosse um metro. Um bilionésimo do metro, se preferirem. Para seguir a analogia (que tem valores convenientes), serão 4 metros, e serão 400 nanometros. Na verdade, a luz visível ainda é um pouco menos do que esse comprimento, é de cerca de 300 nanometros.

    É minúscula, nesta ordem de magnitude do metro corresponde ao tamanho dum vírus. Mas é essa a janela por onde os nosso olhos captam a luz, as cores, onde funciona a nossa visão. E é por onde brilham as estrelas… :))

    Julgo que esta noção quantitativa muitas vezes se perde nas escalas dos gráficos, que obrigam a que os desenhos dos diagramas sejam adaptações visuais que não exprimem de forma clara esta ordem de comprimentos. As escalas estão lá, e estão correctas, mas visualmente sem as resolvermos podemos ficar com uma noção errónea do tamanho, no caso dos comprimentos, em questão.

    Junto um vídeo que foca este objecto. Um abraço.

    http://www.youtube.com/watch?v=kfS5Qn0wn2o

    http://www.youtube.com/watch?v=kfS5Qn0wn2o

    http://www.youtube.com/watch?v=kfS5Qn0wn2o

  1. Obrigado Marília 🙂

    • Marília Peres on 13/11/2011 at 13:18
    • Responder

    Excelente.
    Vou recomendar aos meus alunos.
    Marília

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