Atlantida desapareceu ?

A lenda de Atlantis nasceu com Platão, há mais de 2000 anos atrás.
No meu entender, é uma lenda sobre um sítio com muitas virtudes, mas que mesmo assim foi destruído por forças naturais.
A história é similar a muitas histórias de ficção científica, passadas em planetas distantes. É uma história sobre ideais e precauções. Nada mais. Daqui por 2000 anos, se alguém pegar nos episódios de Star Trek e imaginar que são documentos históricos sobre a realidade desta altura, iríamos nos rir bastante dessa interpretação.
O mesmo se passa aqui sobre a Atlantida. É para rir.

O Google Earth usa sonares, que por vezes têm problemas, falham na leitura de dados ou sobrepõem dados, e por isso não se vêm as imagens claras, mas vê-se “ruído”.
Em 2009, uma dessas zonas com “ruído”, devido ao processamento digital das imagens e da sobreposição de conjuntos de dados, era no fundo do mar.

Segundo os conspiradores, esta “grelha” só podia ser explicada como sendo a Atlantida (da mesma forma que o aparecimento de prendas de Natal só pode ser explicado pelo Pai Natal).

3 anos depois, com equipamentos melhores que permitiram a actualização do Google Earth, algum do “ruído” desapareceu.
E, com isso, desapareceu a suposta Atlantida.

13 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

  1. A Atlântida existe e está algures numa galáxia chamada Pegasus ou por aí 😛 Não me digam que não vêem o Stargate Atlantis ?? Shame on you !!!

    Kidding (é melhor dizer que estou no gozo senão ainda me tentam explicar que estou errado)

    😀 bem haja a todos!!

      • Renato Romão on 15/03/2012 at 18:35
      • Responder

      HAHAHA! Grande Sheppard!!!
      Prefiro BSG!!!

      Bem lembrado!

      Abraço

  2. Recebemos este comentário no Facebook:

    Bom dia. Na verdade a civilização da Atllântida existiu mas teria o nome de civilização Minoica. Nos tempos em que os Egípcios estariam a formar o seu território e a construir mastabas e pirâmides existiu no Mediterrâneo um povo que foi o precurssor de muitas coisas entre elas o comércio maritimo. Seriam tão ricos que deram origem à cobiça de povos como os Micénicos (no continente) e a lendas e fábulas como Minos, o rei que em tudo o que toca-se transformaria em ouro – o começo da pedra filosofal; e a destruição da Atlântida, que supostamente seria a sua origem. Tendo em conta certas coisas e deixando outras para trás (nestas falta de senso comum, pelo menos), a Atlântida nunca existiu! O que existiu foi uma série de cidades-estado (naqueles tempos os reis controlavam uma cidade e pouco mais, ainda não havia grandes impérios, os Egípcios e talvez os Maris da Turquia foram os primeiros a sustentar um grande reino, os Sumérios tinham também cidades-estado) que se localizavam nas centenas de ilhas que compõem os arquipélagos a Sul da Grécia. Estariam a décadas ou a centenas de anos de desenvolvimento comparativamente com outras cidades no continente, pois dai provêm os relatos, a inveja e a “história” do mundo imaginário da Atlântida. O problema geológico tornou-se insustentável, e passo a explicar que estas ilhas estão numa zona terrestre muito activa em termos de vulcanismo e sismica (sem aprofundar muito, naquela região a crosta terrestre encontra-se mais delgada). Toda a quantidade de destruição provocada ia sendo colmatada com as riquezas dos Minoicos mas até estes foram suplantados na guerra pelo comércio por fenícios e filisteus, por exemplo. Menos ganhos, continuação da destruição geológica e GUERRA com os Micénicos, os quais teriam desenvolvido as armas de bronze enquanto que os Minóicos ainda as teriam em cobre, tudo isto somado e mais outras coisas não relatadas como fome, peste e finalmente a machadada final a destruição da ilha de Santorini pôs então um ponto final nesta história.”

      • Renato Romão on 08/03/2012 at 00:19
      • Responder

      Pois… os factos históricos estão correctos, mas existe uma questão que tem intrigado todos, é que Platão no seu “romance” menciona;
      “A mais antiga menção conhecida sobre a Atlântida foi feita pelo filósofo grego Platão (428-347 a.C.) em dois dos seus diálogos (Timeu e Crítias).[3] Platão conta-nos que Sólon, no curso das suas viagens pelo Egito, questiona um sacerdote que vivia em Sais, no delta do Nilo, e que este lhe fala de umas tradições ancestrais relacionadas com uma guerra perdida nos anais dos tempos entre os atenienses e o povo atlante. Segundo o sacerdote, o povo de Atlantis viveria numa ilha localizada para além dos pilares de Heracles, onde o Mediterrâneo terminava e o Oceano começava.”

      Onde o Mediterrâneo terminava e o Oceano começava, logo não poderia estar correcta esta teoria, pois a sua localização não corresponde.

      Penso que nem esta teoria explica alguma coisa.

        • abidos on 08/03/2012 at 01:09

        Exactamente… este é um dos principais argumentos para os defensores da localização em Doñana!!!

        Em toda esta história existe um interessante lado tecnológico!!! Além da suposta catástrofe natural, sempre apetecível numa boa estória, grande parte do apelo da trama, nasce de uma suposta superioridade tecnológica dos Atlantes, algo que nesta altura, não significava contactos com Aliens, bastaria uma indústria metalúrgica de maior qualidade, para que o povo de determinado local, fosse temido/invejado…!!!

        Ainda hoje, quando se fala de um local, que nunca se visitou, e que só existem alguns relatos orais sobre as suas carateristicas, é fácil, a nossa imaginação, construir uma imagem fantástica, com alguma base real, mas totalmente exagerada ou deturpada… Agora imagine-se à 3000 anos atrás, onde a grande maioria das pessoas nascia, vivia e morria no mesmo vale, ou na mesma montanha?!!!

        Abraços

        • Renato Romão on 08/03/2012 at 18:43

        Abidos,

        Não coloco em questão essa teoria, pois não a conheço, mas vou pesquisar.

        No entanto, existem tantas teorias que ninguém se entende. Logo esta questão prende-se com a sua existência ou não no passado.

        Um dia na aula, o meu professor de Património H.C., falou um pouco sobre o assunto, pois as perguntas foram-se sucedendo. Ele apenas colocou uma hipótese, porque não uma grande ilha, onde englobaria as Canárias e a Madeira, onde a sua costa iria até à Península Ibérica. Todos sabem da actividade sísmica nas Canárias.
        Se existiu e algo aconteceu, foi algo que tanto tinha de catastrófico como de maravilhoso, para a sua história perdurar e ser diferente de todas as outras cidades devastadas como Pompeia.
        Mas, houve algo que o meu professor especulou que faz muito sentido. Ele associou a Carta Marina mais antiga, onde a costa da Antárctica está cartografada sem gelo aos Atlantes. Segundo Platão, estes detinham conhecimentos e tecnologia náuticos ímpares no mundo. Complementando, com esta civilização ser o elo de ligação entre as Pirâmides de Gizé e Chichen Itza. Apenas era a visão dele e de alguns colegas de profissão, que através de conversas informais foram montando este puzzle.
        Em forma de sumo, não existe certezas de nada, nem sequer da sua existência. Existem apenas… Opiniões/teorias!
        Como a Ana G. refere “Nesse tempo, as histórias eram passadas de boca em boca e História era preservada pela tradição oral, contadas às gerações seguintes. E sabemos que quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto.”. Terá sido muito provavelmente o que aconteceu. Um fenómeno que o homem teve a necessidade de transmitir aos seus descendentes, aflorando os pormenores. Se existe algo no fundo do Oceano Atlântico e no Mediterrâneo, com tantos meios que o homem hoje detém, já deveríamos ter encontrado uma pista que nos levaria ao TESOURO HISTÓRICO!!!
        Ver para crer! No entanto, se de facto existiu, penso que deverá estar muito próximo da teoria que o meu professor especulou.

        Abraços

        • Renato Romão on 13/03/2012 at 19:42

        Devido a este post, estive nos ultimos dias a pesquisar e encontrei um livro que aborda diversas questões sobre o tema. Livro Mundos Submersos: Os Reinos Inundados Da Era Glacial. (Quem for lê-lo ter em atenção que algumas matérias são especulativas.)

        Encontrei este estes paragrafos;

        “A mais de 12 mil anos o degelo da última era glacial produziu ondas catastróficas que mudaram vastas áreas da Terra antes daquilo que consideramos o início da história. Áreas costeiras riquíssimas, aquecidas o bastante para que povos antigos estabelecessem sociedades civilizadas foram transformadas num mundo submerso.

        Ao largo da costa ocidental da índia leituras de sonar revelam duas extraordinárias cidades submersas. Cada uma com 25 km2 que foram inundadas por volta de 7.000 anos atrás. Até agora mais de 2000 mil artefatos foram recuperados do fundo do mar. Esta pode ser a civilização mais antiga já encontrada no mundo.

        A quase 6.500 km2 no Japão, os mergulhadores descobriram um círculo de pedras de tamanho gigantesco. Ele pode ter sido esculpido por um povo misterioso que habitava estas ilhas a mais de 12.000 anos. Perto dali, ao largo de Twain, muralhas submersas imponentes foram descobertas recentemente. Até o final da era glacial, esta estrutura ficava acima da água, no trecho de terra que ligava Twain a China. Porém não há rastros da civilização que a construiu.”

        A questão da Atlântida está relacionada com todas estas cidades. A principal questão prende-se com os milhares de anos desta história eternizada através de Platão. O conhecimento nesta altura era transmitido através de “peças de teatro”, contos e mitos. Era o legado sobre o conhecimento do passado, era assim que os mais velhos transmitiam o seu conhecimento aos mais novos, no entanto aflorando nos pormenores ,talvez para cativar “os alunos irrequietos” de modo a que ficassem na memória destes e assim perdurar a história através dos seus descendentes. Altântida ficou na História e as outras cidades não.

  3. Não desapareceu nada. Os atlantes simplesmente se mudaram para a Lua ou esconderam a cidade com um material mágico que não permite os seres humanos verem-no. É só ter um bocadinho de imaginação 🙂

    • Renato Romão on 07/03/2012 at 18:47
    • Responder

    É certo e sabido que existem algumas cidades submersas, por exemplo ao largo do Japão.
    Existem até relatos/filmagens de mergulhadores que encontraram monumentos em forma de pirâmide.

    A história do Homem ainda não está totalmente estudada. Existem gap´s e peças do puzzle por completar.

    Se de facto existiu…
    A grande questão prende-se no porquê da Atlântida ter sido diferente das outras que tiveram o mesmo fim. Porque cidades que ficaram submersas ou parcialmente submersas são conhecidas pelos exploradores, historiadores e cientistas. Mas, o porquê da Atlântida ser realçada por Platão, apenas por romance (até ao momento é a mais credível) ou algo mais?
    E a teoria dos Ancient Aliens que (Canal História) era uma nave espacial e depois levantou vôo? 🙂 Cheira-me a remake do romance!!! 🙂
    Mais uma história que apenas poderá ser comprovada pela ciência, sem dúvida! 😉

    P.S. – Grande abraço ao amigo Cavalcanti

    Abraços

  4. A lenda de Atlântida teria sido calcada na destruição causada pela erupção do Santorini (Thera) que arrasou os Minoanos?

    http://www.therafoundation.org/articles/chronololy/

    http://www.usatoday.com/tech/science/columnist/vergano/2006-08-27-ancient-volcano_x.htm

    Parece-em uj hipótese bem plausível, não é, Carlos?

  5. Pode ser que sim, pode ser que não!!! As Epopeias têm sempre elementos ‘fantásticos’, mas normalmente acabam por contar uma história, tal como os Lusíadas… É preciso ter em conta que na antiguidade, a tradição oral era para muitos a única maneira de transmitir conhecimentos para as futuras tradições, obviamente que existem sempre ‘exageros’, adulterações, interpretações erradas, mas nesta altura ainda não havia uma ‘industria’ da ficção…
    Troia também foi durante muitos séculos um lugar mitíco, mas depois foi encontrada!!! Por outro lado a história de Marco Polo foi dada como verdadeira, e hoje é considerada como uma fraude…

    Actualmente a teoria mais aceite, dá a civilização Minoica (Creta) como o berço da Atlântida, sendo que a erupção do Santorini em 1628 A.C., terá dado origem à Lenda…

    A última teoria a ser ‘lançada’ dá Atlântida, no Parque Natural de Doñana, perto de Cádiz, Espanha!!! Por acaso já vi o documentário do National Geographic, e fiquei com algumas certezas: sim, uma cidade muito provavelmente estará enterrada em Doñana, sim, terá sido vitima de um Tsunami, sim, seria uma civilização relativamente evoluída para a época, agora se é a Atlântica de Platão, isso ninguém sabe…!!!

    Abraços

    • Dinis Ribeiro on 07/03/2012 at 12:11
    • Responder

    Esta afirmação:

    ” Nada mais. Daqui por 2000 anos, se alguém pegar nos episódios de Star Trek e imaginar que são documentos históricos sobre a realidade desta altura, iríamos nos rir bastante dessa interpretação.”

    Lembra-me o modo com são estudados os filmes encontrados na terra pela expedição de extraterrestres que visitam o nosso planeta, num dos contos da “Expedição á Terra”.

    0) Este é o tal conto: http://en.wikipedia.org/wiki/History_Lesson_(short_story_by_Arthur_Clarke)

    1) http://en.wikipedia.org/wiki/Expedition_to_Earth

    2) http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2012/03/expedicao-terra-arthur-c-clarke.html

    Por outro lado, existem as lendas sobre a lagoa das sete cidades….

    Ver: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lagoa_das_Sete_Cidades

    …que até fazem parte desta história em banda Desenhada: http://en.wikipedia.org/wiki/Atlantis_Mystery

    Recomendo a leitura de um artigo académico sobre esta e outras obras do Edgar P. Jacobs http://en.wikipedia.org/wiki/Edgar_P._Jacobs em que se estuda o simbolismo e o significado da representação dos espaços e que usa alguns dos “quadradinhos” do “Enigma da Atlântida”.

    Sens dessus dessous : Lecture sémiolinguistique de l’espace dans l’oeuvre d’Edgar P. Jacobs http://etc.dal.ca/belphegor/vol5_no1/articles/05_01_Freyer_sens_de.html

    Algumas “pequenas” citações:

    “Après une longue période passée à l’ombre de l’illustré Tintin, Edgar P. Jacobs connaît, à partir de 1970, une consécration tardive qui, selon G. Lenne (op. cit), va en s’amplifiant au courant des années 1980. C’est ainsi que l’on peut sans aucun doute hausser l’auteur des « Aventures de Blake et Mortimer » au Panthéon des Grands Classiques de la bande dessinée.

    Blake et Mortimer sont tout aussi aventureux, curieux et courageux l’un que l’autre et travaillent au service du respect des valeurs d’une société engoncée dans sa hiérarchie.

    L’oeuvre Jacobsienne développe en effet des topoi tels que l’opposition entre bonne et mauvaise science, savant au service de l’humanité et savant fou, mais également une représentation très cloisonnée de l’organisation sociale qui divise de manière très caricaturale la population en deux catégories.

    La Marque Jaune – A Marca Amarela (1953, 19562), L’énigme de l’Atlantide – O enigma da Atlântida(1955, 1957) et S.O.S. Météores – S.O.S. Meteoros (1958, 1959).

    Dans les trois aventures étudiées,Edgar P. Jacobs témoigne d’un don extraordinaire pour recréer une atmosphère d’époque et de nombreux spécialistes de la bande dessinée 8 s’accordent sur ce point. Cl. Le Gallo (op. cit) consacre un chapitre à cet art achevé chez le scénariste-dessinateur :

    Perfectionniste au plus haut point, Jacobs se documente avec acharnement dans le but de créer – ou de recréer – des ambiances, qui dominent des séquences parfois très longues

    […]. Il a été certainement le premier à se rendre sur le terrain pour accumuler photos, notes pour la couleur et croquis susceptibles de l’aider dans sa démarche, et surtout pour s’imprégner de l’atmosphère particulière des lieux. En tout cas, nous savons que, dès 1944, il était en compagnie d’Hergé pour prendre des croquis de la villa du professeur Bergamotte (Les 7 boules de cristal). (op. cit., p. 108)

    Or il est frappant de constater que dans les trois oeuvres qui constituent mon corpus, se dégagent des régularités d’organisation spatiale qui passent par un parallélisme entre les vignettes, une identité ou une symétrie des positions des personnages, que ce soit à un niveau intra ou inter-textuel, qui ne peuvent être anodines.

    -> As Eco so clearly demonstrated in his discussion of ‘inferential walks’ (1987: 32), readers are constantly making predictions about the texts they are processing.

    Such predictions may be set up by the internal processes of the text itself but they will also be founded on conventions of narrative, genre, and so on. Others are based on more general knowledge relating to the reader’s experience of the world.

    Decisions on what to look at are influenced, then, by a perpetual interaction between the reader’s expectations and the patterns of the text which themselves may either establish, confirm or conflict with such expectations. <—

    L'une des constantes qui traversent l'oeuvre de Edgar P. Jacobs prend la forme d'une stratification de l'espace, plus ou moins sophistiquée selon les aventures.

    Elle repose sur une forme contrastive binaire15 repérable dans la même vignette, d'une vignette à l'autre, dans l'organisation de la planche et de la totalité de l'album.

    Enfin dans l'oeuvre entière. La structuration de l'espace et la symbolique duelle, à savoir « pouvoir/absence de pouvoir » (ou « dominant/dominé ») qui s'y trouve liée, ne s'y inscrivent pas de manière révolutionnaire – loin s'en faut –, puisque en règle générale, dans une illusion de transparence, toutes les positions d'altitude sont synonymes de supériorité, et inversement, la faiblesse se matérialise par des niveaux inférieurs.

    … para não me alongar nas citações (é um texto denso e repleto de detalhes) menciono apenas que nestas três histórias há uma dicotomia deliberada a nível dos desenhos e das peronagens, entre um mundo "áereo" e um mundo "subterrâneo"…

    Uma última citação:

    En ce qui concerne le monde Jacobsien, nous avons vu qu'il se partage entre l'aérien et le souterrain. La première dimension est incontestablement celle du bien, alors que la seconde représente le mal.

    Les laboratoires des savants fous, serviteurs de la science sans conscience, ne se trouvent-ils pas toujours sous la terre ?

    L'énigme de l'Atlantide fait exception à la règle – du moins partiellement –, car la civilisation des Atlantes, parvenue à un degré élevé de savoir et de sagesse, est enfouie dans les profondeurs subaquatiques : le système Jacobsien s'en trouve inversé, mais seulement le temps du récit, car à son dénouement :

    … Mais, à la même seconde, du fond de l'énorme cratère ainsi formé, monte un terrifiant rugissement et, jaillisant de sa tanière abyssale, le premier engin spatial se rue vers le ciel !… / C'est l'astronef amiral, portant le basileus qui, prestigieux pilote des abîmes intersidéraux, part à la tête de son peuple !…/ Puis, se suivant à une cadence folle, toutes les unités composant cette fantastique escadre, bondissent à leur tour vers la voûte étoilée… (Pl. 62, p. 4, v. 1,2 et 4)

    Cet excipit offre un oxymoron très éclairant sur le système d'emboîtement extrêmement sophistiqué de Jacobs, car les abîmes intersidéraux sont la matérialisation de l'espace infini du ciel et de sa profondeur insondable dont on ne peut concevoir les limites.

    Cette représentation scalaire de l'univers, dans laquelle un élément est toujours simultanément l'inférieur et le supérieur d'un autre jusqu'à l'infiniment grand ou l'infiniment petit, n'est pas sans rappeler la définition de l'univers que livrait Pascal dans ses Pensées.

    Esta análise dá-me algumas pistas que me ajudam a compreender um pouco melhor como este mito da atlântida tem raízes "tão profundas"…

    A própria introdução do artigo da revista, o se queixar da ignorância que existe nas nvas gerações relativamete a "livros esquecidos" abaca por tocar num tema universal, a situação em que com a morte dos mais velhos, muitas vezes uma boa parte do conhecimento vai "por agua abaixo" (como a atlântida) e as novas gerações têm que recomeçar a redescobrir uma boa parte do que se perdeu, tendo penas acesso a algns destroços que ficaram "á tona de água", ou (neste caso) a flutuar no ciberespaço.

    Aliás, a revista onde encontrei este artigo é basto curiosa:

    Belphégor est une revue internationale arbitrée de niveau universitaire, consacrée à l'étude des littératures populaires et de la culture médiatique. Elle est ouverte à toutes les approches critiques et encourage l'interdisciplinarité et les études comparatives. La mission de la revue est de stimuler la discussion, la recherche et les contacts entre chercheurs de tous horizons dans le domaine français, anglo-saxon, italien, allemand, espagnol et lusitanien.

    Belphégor is an international refereed scholarly journal dedicated to the study of popular literature and media culture. The journal welcomes all types of theoretical analysis and encourages interdisciplinarity and comparative studies. Our goal is to stimulate discussion, research and exchange between researchers of all stripes in the Anglo-saxon, French, Italian, German, Spanish and Portuguese-speaking worlds.

    Belphégor – Literaturas Populares e Cultura Mediática

    Belphégor é uma revista internacional de nível universitário, consagrada ao estudo das literaturas populares e da cultura mediática. Aberta a várias abordagens críticas, estimula a interdisciplinaridade e os estudos comparativos. A missão da revista é encorajar a discussão, a pesquisa e os contactos entre pesquisadores dos mais diversos horizontes nos domínios francófono, anglo-saxônico, italiano, alemão, hispânico e lusófono.

    Link oficial: http://etc.dal.ca/belphegor/

    O nome da revista é também muito irónico e até terá uma certa dose de auto-crítica:

    In demonology, Belphegor (or Beelphegor, Hebrew: בַּעַל-פְּעוֹר‎ baʿal-pəʿōr) is a demon, and one of the seven princes of Hell, who helps people make discoveries.
    http://en.wikipedia.org/wiki/Belphegor

    Belphegor ou Belfegor ("o senhor do fogo"), divindade moabita venerada no monte Fegor. Demônio da preguiça, das descobertas e dos inventos.
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Belphegor

  6. Acho que o titulo do post deveria ser: Atlântida alguma vez existiu? 🙂

    Certa vez li um livro de fantasia/fc/romance que deu a melhor teoria que alguma vez li 😀 mesmo sendo de um romance.

    Q na realidade atlantida seria uma cidade do neolitico que acabou submersa pela subida do mediterraneo. As pessoas foram obrigadas a deixar a cidade, mas logicamente q deve ter havido uma outra desgraça com cheias e assim. Nesse tempo, as histórias eram passadas de boca em boca e História era preservada pela tradição oral, contadas às gerações seguintes. E sabemos que quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto. E os contadores de histórias embelezam, adicionam aspectos poéticos e quiçá catastróficos para prender a audiência. E assim, de uma cidade do neolitico que se afundou devido a cheias normais na época, nasceu o mito de atlantica. 🙂

    Todos os mitos, mesmo sendo mitos, começam de alguma forma 😀

Responder a Carlos Oliveira Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights