Nova partícula subatómica

Crédito: http://cft.fis.uc.pt/eef/stronghiggs.htm

Depois de ter sido descoberta a partícula Chi b (3P), eis que surge o E(38).

A descoberta foi comunicada ontem pela Universidade de Coimbra e que podem ler no Público.

O investigador holandês Eef van Beveren, físico teórico da Universidade de Coimbra, analisou os dados obtidos com as experiências dos aceleradores de partículas em Bona (Alemanha) e no Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN, na Suíça), entre outras instituições. Nessa análise, o físico “‘varreu” todos os eventos registados nas experiências, mesmo os considerados irrelevantes, e num ínfimo espaço registou uma quantidade de 46 mil eventos com 13 sigma de significância (mais que suficiente, superior a 5 sigma, para declarar-se a existência de uma partícula), que é um indicador de relevância estatística.

Esta partícula com propriedades pouco conhecidas (sabe-se que é 25 vezes mais leve do que um protão e três vezes mais leve que um pião), que existe numa zona de energia tão baixa e apresenta uma extrema leveza, poderá ter grandes implicações na física de partículas, na física das altas energias e na cosmologia. Por exemplo, poderá ser utilizada como uma fonte de energia nuclear mais limpa, dado que se desintegra totalmente sem deixar resíduos, onde “um miligrama desta matéria dará para um megawatt durante um ano”, segundo o cientista.

Reportagem da SIC Notícias:

 

10 comentários

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  1. Para determinar a potência, ou a energia, contida em 1 mg de E(38), recorremos à fórmula: E=mc^2. 38 MeV é a energia de massa da partícula. Após a conversão, dá

    m_E(38) ~ 6.76*10^-23 mg

    1 mg de E(38) 9.0*10^10 J

    podemos dividir esta energia pelo tempo de várias maneiras, por exemplo:

    a) (9.0*10^10 J) / (8.64*10^4 s) ~ 1.04*10^6 J/s = 1.04 MW

    a partícula consegue gerar uma potência de 1.04 MW ao longo de um dia!

    b) (9.0*10^10 J) / (3.15*10^7 s) ~ 2.85*10^3 J/s = 2.85 kW

    ou seja, 1 mg de E(38) é capaz de gerar 2.85 kW de potência durante um ano! Ou seja, a frase publicada tem o sentido correcto, apesar de enganada numa ordem de 10^3!

    Escrever kW.h é o somatório da a energia gasta por segundo ao longo de 1 hora, que dá uma energia. Isto é usado nos nossos contadores, porque ali o que se mede é a energia total gasta, para se facturar. No nosso problema isto não tem sentido, o que tem sentido é dizer, por exemplo, que 1 mg da nossa partícula tem de energia 2.85kW.a ou 1.04 MW.d, ou simplesmente 9.0*10^10 J!

  2. Tá assim no Público e em todos os outros sites, tenho comentado em todos 😀

  3. Olá Nuno,
    eu penso que sim, mas esta expressão está assim no Público.
    Reparou nas aspas? 🙂
    Não posso determinar se se refere à potência ou energia.
    Mas, obrigado na mesma e fica a tua nota de atenção para os mais incautos.
    Abraço

  4. “um miligrama desta matéria dará para um megawatt durante um ano”

    não será MWh durante um ano?

  5. Sim, os químicos só necessitam de saber o que se passa na parte exterior dos átomos, isto é, nas órbitas dos electrões.
    O que se passa no interior dos átomos, nas partículas nucleares é (quase) irrelevante para a química.

  6. @Pedro Botas: O que é claro é que não és um físico, eu ainda não tive a cadeira de Física das Partículas, mas sei claramente que existe um pião (mesão mais leve) http://en.wikipedia.org/wiki/Pion.

    Quando um químico souber física de partículas, as galinhas vão à lua ao pé coxinho!!

  7. A noção de infinito é mesmo uma pedra no sapato!

  8. Olá Pedro,
    Já tem título, houve um problema ao gravar.
    É pião mesmo (píon, no português do Brasil).
    π+, π0 e π−. Píons são os mesões (mésons) mais leves. Possuem spin nulos e são constituídos por quarks de primeira geração.
    Abraço.

    1. Pois… eu desconfiava que podia estar certo. Obg pelo esclarecimento. Apesar da minha ignorância na matéria, não se perdeu tudo, captei qq coisa.

  9. Oi,
    Não colocou o titulo, e onde tem ” três vezes mais leve que um pião”, eu não sou quimico nao sei se isso existe, mas assumi que queria dizer “ião”.

    Quanto ao artigo, muito interessante mesmo…
    Em sua opinião acha que será possível em breve ficar a saber mais sobre isso e se a questão energética é real?

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