Um olhar profundo à Centaurus A

Esta nova imagem do Observatório Europeu do Sul mostra-nos a estranha galáxia Centaurus A.
Com um tempo total de exposição de mais de 50 horas, esta é provavelmente a imagem mais profunda alguma vez criada deste espectacular e invulgar objeto.
A imagem foi produzida com o instrumento Wide Field Imager montado no telescópio MPG/ESO de 2.2 metros, instalado no Observatório de La Silla do ESO, no Chile.

Centaurus A, também conhecida como NGC 5128, é uma galáxia elíptica peculiar de grande massa com um buraco negro supermassivo no seu centro. Situa-se a cerca de 12 milhões de anos-luz de distância na constelação do Centauro e distingue-se por ser a rádio galáxia mais forte do céu. Os astrónomos pensam que o núcleo brilhante, a forte emissão rádio e os jactos da Centaurus A são produzidos por um buraco negro central com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol. A matéria situada nas regiões centrais densas da galáxia liberta enormes quantidades de energia à medida que cai em direção ao buraco negro.

Esta imagem do Wide Field Imager permite-nos apreciar a natureza elíptica da galáxia, que aparece na forma alongada das regiões exteriores mais ténues. O brilho que enche a maior parte da imagem vem de centenas de milhar de milhão de estrelas velhas e frias. Contrariamente à maioria das galáxias elípticas, a forma homogénea da Centaurus A é perturbada por uma banda larga e “remendada” de material escuro, que obscurece o centro da galáxia.

A banda escura contém grandes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens. Enxames de estrelas jovens brilhantes situados nas pontas superior direita e inferior esquerda da banda apresentam o brilho vermelho característico de nuvens de hidrogénio onde se formam estrelas, enquanto que algumas nuvens de poeira isoladas podem ser vistas contrastando com o fundo de estrelas. Estas características juntamente com a emissão rádio intensa, apontam para o facto provável da Centaurus A ter resultado da fusão entre duas galáxias. A banda de poeira é provavelmente os restos desfeitos de uma galáxias espiral a ser rasgada pela atração gravitacional da galáxia elíptica gigante.

(…)

Leiam todo o artigo, na página do ESO.

1 comentário

  1. Não tem nada haver, mas está porreiro.

    http://www.tvi24.iol.pt/aa—videos—tecnologia/soyuz-espaco-tvi24/1349236-5800.html

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