Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
11 comentários
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Caro Sérgio,
O comprimento de Planck não é o som fundamentl da corda, é o tamanho da corda, é a mínima quantidde (quanta) de espaço onde se pode gerar energia, ou produzir trabalho.
As 5 versões das teorias da cordas juntas na teoria-M (ou Branes, ou W-Theory) prevêm uma energia fundamental nesse espaço mínimo e, consoante os níveis de energia hipotética dessa energia as diferentes vibrações que esta induz nas cordas faz que estas emitam (gerem) as partículas conhecidas no modelo-padrão.
Corda abertas são a força electrofraca, cordas fechadas (como num laço ou numa volta de 180º numa montanha russa, um loop) geram a força forte.
É tudo filosofia, não é Ciência, pois não tem uma única experiência ou observação ainda a sustentar este edifício matemático.
Comprimento de Planck. Tem 2 formas de a conceptualizar:
1) Dado uma tábua com 1,6 metros de comprimento, divida-a por 10 e tem 16 centímetros de metros. Dividiu por 10 uma vez, e passou para a ordem de magnitude imediatamente inferior, mais pequena.
Dívida a tábua por 10 mas 35 vezes seguidas.
2) dobre uma folha de papel com 1,6 metros pela sua metade (por 2) mas 35 vezes consecutivas, pela 12º ou 13ª vez vai precisar da força duma bomba atómica porque a força das suas mãos já não é suficiente há algumas dobras atrás.
Na notação informal o comprimento de Planck é 10^-35
Formalmente é 2P SQRT hG/c^3 = 1.616 252 (81) x10 ^-35 metros
SQRT é raiz quadrada: ^significa elevado a; (81) é o desvio-padrão.
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O modelo-padrão é granular, tem uma matemática “feia” e inelegante, e é turbulento por natureza, todos os Físico de partículas estão de acordo nisso (é uma questão de descrição estética), quer gostem quer detestem a Teoria das cordas.
Cumprimentos.
Parece que Michio Kaku coloca todos os jornalistas e mete-os numa sacola só. Seria mais feliz se afirmasse:
– Então, culpem alguns maus jornalistas, se estes maus jornalistas (…)
Generalizou com se toda a mídia afirmasse tal coisa. A mídia não é só formada por maus jornalistas. Bons jornalistas também a faz – e a faz muito bem.
Contudo, talvez o Michio está farto de associarem o Bóson de Higgs como sendo a “Partícula de Deus” – onde não tem nada a ver tal associação…
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P.S.: em 1:53 vejo potencial para virar esses tais “memes” que a garotada de hoje criou. 😉
Author
Quer enviar essa parte aos 1:53 para o Manel? 😉
O resto, concordo totalmente. Há jornalistas excelentes e jornalistas péssimos. Como em todas as profissões 😉
“Quer enviar essa parte aos 1:53 para o Manel?”
Não percebi. Para colocar em forma de “meme”?
😛
Apreciei muito a explicação da Teoria das Cordas. Os meus conhecimentos de Física Moderna vêm dos anos do meu Secundário e já estão muito esbatidos/esquecidos. 🙁
Mas sempre me interessei por Astrofísica e Cosmologia. A Teoria das Cordas é-me um tanto difícil de entranhar (mais porque até agora é muito baseada em especulação bem argumentada, penso eu?).
Mas compreendo-a em termos conceituais porque no fundo apoia-se no fenómeno ondulatório, vibratório. E, sendo eu músico, gostei da analogia (ou será mesmo realidade física ao nível do comprimento de Planck?..) com a série dos harmónicos (modos de vibração) de uma corda. Sendo assim, se o comprimento de Planck é o som fundamental da corda, em qual harmónico (modo de vibração) estaria o nosso mundo físico? Fascinante….
Um abraço.
Na parte dos média concordo.. Mas concordo segundo o ponto de vista que consigo ficar farto de ler notícias sobre o Higgs.. É higgs para aqui, higgs para ali.. E se não tivesse sido aquele título do livro, se calhar nem metade do “fuss” tinha vindo parar à comunicação social.. Tinha havido outro programa do “Prós-e-contras” com uma discussão mais decente sobre outro assunto qualquer, sem terem ir discutir de ciência e religião combinam ou não.. Se pensarmos que quem lê as notícias (quem por via indirecta dita o sucesso das notícias) maioritariamente não é físico, ou não percebe qual a relevância da descoberta, então não se está à espera que o sucesso da notícia seja relacionado com a relevância da descoberta 😉
Por outro lado, eu acho que o que ele disse é que não é um “físico normal” que lidere investigações nas partículas que vai escrever artigos e pedir aos jornais que os publiquem. Ou seja, quem escreve os artigos são os jornalistas, ou divulgadores de ciência, mas não os escrevem exercendo o papel de “investigador em física”. É por isto que eu concordo com ele.
Na parte da teoria das cordas, temos que compreender que ele está um pouco a “vender o seu peixe” 🙂 O curioso é ele dizer que o Modelo Padrão é uma coisa horripilante e complicadíssima, e depois dizer que na Teoria das Cordas esse Modelo Padrão é só uma coisinha de nada.. Isso interfere um pouco com a ideia de beleza e serenidade que ele quer fazer passar da Teoria das Cordas 😛
Por que não concorda?
Author
Porque neste caso acho que os cientistas em causa não têm culpa 🙂
A descoberta é importante, por isso acho muito bem que seja empolado na imprensa.
E foi também devido a sítios de divulgação de ciência, como o astroPT, devido a físicos, etc 🙂
Que é normal estarem excitados com a descoberta 😉
Mas ele está criticando a forma como a mídia colocou, faltou dados. 😉
O fato de chamar o Bóson de Higgs de partícula de deus é critica por todos os cientistas e é disso que ele fala. 😉
Author
Concordo com a crítica ao nome partícula de Deus. Não concordo com a critica aos jornalistas actuais, porque muitos deles foram buscar físicos para entrevistarem 😉