Ser diferente

Não é o meu tipo de música (eu sou mais U2), mas fiquei agradavelmente surpreendido com as mensagens contidas no trailer do filme sobre a vida da Katy Perry.

Uma das mensagens é: “If you have a dream, go on a journey to fulfill that dream.”
Ou seja, Persigam os Vossos Sonhos.

Para reforçar esta mensagem, ela tem uma música, Fireworks, onde basicamente diz que todos nós somos únicos e temos o potencial para sermos fogo-de-artifício, ou seja, todos nós podemos atingir “o céu”, o que neste caso quer dizer “atingir os nossos sonhos mais fantásticos”.

Provavelmente a frase que considerei ser mais interessante, é quando a Katy Perry, durante um concerto, se vira para a audiência e lhes diz: “Thank you so much for believing in my weirdness” – muito obrigado por acreditarem na minha estranheza/esquisitice. Basicamente, ela agradece aos fãs por eles acreditarem nas coisas que ela faz e que ela considera serem estranhas e únicas.

Esta é uma mensagem importante.
A verdade é que quem tem sucesso é quem normalmente é esquisito, ou melhor, quem segue ideias próprias, quem não segue “a moda”, quem segue a sua própria cabeça, por mais estranhas que sejam as ideias e os sonhos.

A socialização, sobretudo quando somos adolescentes, encoraja-nos a que façamos parte de grupos, de “cliques”, de sermos iguais ou similares a vários outros. Incluindo a ídolos de música e de outras áreas.
Mas a verdade é que quem é normalmente premiado pela História são aqueles que seguem ideias diferentes, diferentes daquilo que a “sociedade” espera de nós.

Na ciência isso é essencial. Quem conhecemos como famosos, tais como Einstein, Zwicky, Galileu, Newton, Maxwell, Curie, Faraday, Darwin, e muitos outros (todos os Prémios Nobel, por exemplo), são aqueles que revolucionaram de algum modo a sua área, em vez de se deixarem levar pelo que já se sabia (notem que isto é o oposto dos pseudos: os pseudos negam o conhecimento existente, enquanto todos estes abraçaram o conhecimento já existente e viram mais longe aos ombros dos gigantes do passado).
O mesmo se passa na música (Elvis, Beatles, Beethoven, etc), na pintura (Cézanne, Picasso, Dalí, etc), e basicamente em todas as áreas de conhecimento humano.

Quem atinge os sonhos é quem segue o seu próprio ritmo.

9 comentários

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  1. Hermann Hesse (Siddharta): “A maior parte das pessoas são como uma folha que cai, que flutua ao vento, que hesita e cai no chão. Mas há outros, poucos, que são como estrelas, que seguem um caminho firme, nenhum vento os afecta, têm dentro de si as suas leis, os seus rumos…”

    • Rita Pinto Leite on 03/10/2012 at 01:46
    • Responder

    Parabéns Astro Pt por este Fabuloso artigo. Fiquei extasiada pela humanidade, humildade e amor com q o fizeram. Parabéns 🙂

    1. WOW! Muito obrigada pelo seu comentário! 🙂
      Fico sem palavras…

      E muito obrigado também pelo outro a seguir que fez quando eu disse que este é somente mais um post:

      “Mas cada um que vem depois é o seguimento, o carimbar do outro na sabedoria (comprovada) e no amor e beleza deste Universo em que estamos todos e voces contribuem e muito para um mundo, uma humanidade melhor. Obrigada”

      😀

      Sinceramente, acho que não merecemos tanto 😉

      Mas obrigado! 🙂

  2. Nick ensina a mesma mensagem que a Perry, Carlos, mas está na lição do “lado oposto”, uma pessoa que não teve escolha para ser “igual” aos outros.

    Nick teve de ele se aceitar vivo e agradecido, mesmo muito “diferente” (nos padrões de “normalidade”), para ele mesmo se merecer viver bem.

    Uma grande lição para todos nós.

    http://www.youtube.com/watch?v=uTUx7eALObI&feature=related

    1. http://www.astropt.org/2009/02/15/inspirador/
      😉

      abraços!

        • Jonas on 03/10/2012 at 00:49

        Desculpe-me. não acompanho o AstroPT desde sempre, não sabia que já tinha sido postado.

      1. Não faz mal ;). Faz bem relembrar 😉

        Não tem que pedir desculpa 😉

        abraços!

  3. A mensagem “não tenha medo de ser diferente” para a garotada poderia correr o risco de ser mal entendida, alguns poderiam entender que obrigatoriamente precisariam se comportar, se vestir, etc.. de forma diferente, ser diferente “na marra”.

    A mensagem “não tenha medo de ser você mesmo” me parece mais interessante. Seja o que você é, seja, “normal”, “esquisito”, “comum”, “surreal”, “molusco”.. hehe… parece-me menos propicia a interpretação errada, é não se obrigar a ser “um tipo” (diferente) de você só porque a tribo ou a sociedade ou sua cultura quer.

    Nas redes sociais o que mais se vê são os “comuns” e os das “tribos”. Os “comuns” estão sendo “comuns” na marra? Os da “tribo” estão sendo diferentes dos “comuns” na marra só para se diferenciarem? Não sei a proporção, mas tem isso. Penso que a maioria mostra um “personagem” porque precisa ser aceito, para manter o emprego, para manter as aparências, para ter um grupo para conviver e achar um namoro, a partir de etiquetas das boas regras sociais e de convívio. Isso é ruim? Não de todo, é resultado de termos alcançado um estágio de uma civilização apesar de tantas diferenças. Como dependemos uns dos outros, de todo mundo, inventamos “regras de aceite” implícitas.

    O problema maior hoje está na ainda existência da imposição de “regras de aceite” explicitas, em países que oprimem grupos sexuais, étnicos, classes sociais, gêneros. Enquanto na cultura ocidental há liberdade para qualquer escolher se vai ser um “personagem” um não (a Perry dz que não vale a pena), em muitos lugares não existe essa liberdade, o “personagem” é imposto.

    1. “A mensagem “não tenha medo de ser você mesmo” me parece mais interessante. ”

      Concordo. 100% de acordo 😉

  1. […] ver o filme percebe-se que Turing era diferente, pensava de forma diferente e comportava-se de forma diferente do esperado. Turing foi um génio […]

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