E Lá Vamos Nós… Mais Profecias Furadas?

Pelos vistos, estamos longe do término dos alardeamentos apocalípticos sem tamanho, fomentando nas pessoas os mais variados medos infundados: mal encerrou toda a parvoíce acerca do calendário maia, os ardorosos íntimos por uma catástrofe à nível mundial já logo anotaram em suas agendas pelo menos mais 3 datas para o suposto fim-do-mundo.

 

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 As supostas datas para que a minha cerveja acabe de vez o final-dos-tempos são, a saber:

1) Segundo os pseudos, a reversão dos pólos magnéticos terminaria em 2021;

2) Em 2036, um asteróide de pequenas proporções (comparado-se com asteróides com diâmetro suficiente para provocar uma grande extinção em massa) se chocaria com a Terra e acabaria com tudo; e

3) Em 2060, segundo as anotações pessoais de Sir Isaac Newton, o mundo acabaria numa grande festa rave sabe-se lá de que maneira.

Bem, deixe-me dizer nesses termos antes de entrar nos meandros do assunto acima: muitas pessoas associam o fim do homem como o fim do mundo. Porém, esquecem de um pequeno detalhe: todos nós estamos inseridos dentro do planeta e não o contrário. A extinção do homem ou não, num provável futuro longínquo, não significa o “fim-do-mundo”. O verdadeiro fim-do-mundo dar-se-á dentro de alguns bilhões de anos, quando nosso Sol entrar num processo de expansão e, posteriormente, transformar-se numa anã brancaEscrevi as palavras terminaria, chocaria e acabaria no futuro do pretérito pelo fato de que nada disso ocorrerá à frente. Vamos aos fatos passo-a-passo:

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4) Tanto a reversão geomagnética quanto a mudança física dos pólos são fenômenos já conhecidos pelos cientistas e demoram dentre milhares de anos e algumas centenas de anos para que que ocorram. Fenômenos completamente naturais e nenhum indício sobrenatural que signifique o Dia do Juízo Final. Para encerrar qualquer dúvida sobre esse assunto, clique aqui e aqui.

5) O Apophis está, no presente momento, sendo monitorado pelo The Resonance Project pela NASA e existia, segundo os americanos, uma pequeníssima probabilidade de se chocar conosco em 2036. Contudo, como muito bem lembrou o Marco Filipe, modelos ficam mais confiáveis e cálculos matemáticos são aperfeiçoados à medida que os corpos celestes vão se aproximando a fim de confirmarem tal impacto (ou não impacto). Todavia, tal está completamente descartado – não porque queremos que não ocorra e sim por diversos fatores. Mesmo que a NASA quisesse esconder do público tal evento, no melhor estilo Impacto Profundo, astrônomos amadores – alguns são amantes da ciência (autodidatas): outros não; ou profissionais (alguns independentes das agências científicas mais evidenciáveis) – saberiam o momento preciso do impacto de um asteróide – apenas determinando a localização do mesmo a partir de telescópios e utilizando-se cálculo diferencial e integral, e um pouco de trigonometria no triângulo retângulo, considerando como desprezível a força de atrito do ar e as forças atuantes no corpo celeste em questão (com exceção da força de atração gravitacional);

6) Newton “profetizou” a data de 2060 tendo apenas como base alguns textos de um dos autores da Bíblia Sagrada. Mas a Bíblia não é nenhum livro de Ciências Exatas. Não possui qualquer base científica sólida.

Daqui até lá, pegue sua bebida preferida e desfrute pacientemente a continuação de todo um festival de deboche, sarcasmo e desprezo por parte dos pseudos para com a Ciência e para com aqueles(as) que a fazem.

 

 

24 comentários

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  1. Tenho uma dúvida, asteróides ou cometas com massa relativamente grande, interagem com os outros corpos celestes certo? O que aconteceria durante a passagem destes perto da Terra, iriam interagir de alguma forma visível para nós (subida das águas, terramotos, etc)?

    1. Não. Passam asteróides e cometas todos os anos perto da Terra. Não provocam nada. A massa deles é muito baixa.
      Isto já está explicado em vários artigos aqui no blog.

      abraços

  2. Olá,
    Obrigado Carlos, Cavalcanti, meus cumprimentos!

  3. Olá,
    Cavalcanti, em um artigo sobre o campo magnético da Terra, você deu uma resposta.
    “O dilúvio foi outro exemplo (história originalmente suméria).”
    Esse dilúvio se refere ao que conhecemos, da Bíblia, da Arca de Noé?

    O terremoto do Chile, inclinação, mudança no eixo da Terra, encurtaram a duração do dia. A dúvida é, essa inclinação, mudança no eixo, duração do dia, pode ter algo maior, a rotação da Terra pode ser alterada ainda mais, ou pararam por aí? E se pode ter algo maior, é devido á que, á um terremoto á nível global, tempestade solar, campo magnético, outros?

    Só mais uma dúvida, pode ser boba a pergunta, você disse “o fim do homem não significa o fim do mundo”, com tudo como está, que se tem, pode se dizer quanto tempo o homem ainda vive?
    Parabéns pelos artigos. Obrigado! Abraços

    1. O de Noé é o da Bíblia 😉

      Todos os dias há pequenas mudanças. Se não houvesse é que era de estranhar. E existem milhares de terramotos todos os dias. Não há qualquer problema para nós.

      A Terra irá continuar muito para lá da existência do Homem. O Homem só está cá há 200.000 anos e a Terra está há quase 5 mil milhões de anos. Por isso, o fim do Homem não significa o fim do mundo chamado Terra.

      abraços!

    2. Olá Robert. Agradeço suas palavras.

      Muito bem.

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      “Esse dilúvio se refere ao que conhecemos, da Bíblia, da Arca de Noé?”
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      Sim, procede. Uma ou outra história (ou estória) do Antigo Testamento são oriundas originalmente de religiões mais antigas que o Judaísmo e o Cristianismo, por exemplo. Porém, não sou especialista em História das Religiões. Mea culpa.

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      “O terremoto do Chile, inclinação, mudança no eixo da Terra, encurtaram a duração do dia. A dúvida é, essa inclinação, mudança no eixo, duração do dia, pode ter algo maior, a rotação da Terra pode ser alterada ainda mais, ou pararam por aí?”
      _______________________________

      Terremotos de grande magnitude podem provocar aumento no momento angular da Terra. A consequência disso seria a Terra girar mais rápido em seu próprio eixo, fazendo com que os dias se tornem mais curtos. No cotidiano, para a grande maioria da população, é imperceptível a diminuição dos dias em ridículos microssegundos. Porém, antes que surja na mente do Robert um certo questionamento, asseguro-lhe: essas pequenas mudanças em nada provocam mudanças significativas na dinâmica do clima como um todo.

      A alteração no movimento de rotação da Terra, depende não só de atividades sísmicas. Na verdade, sempre está a mudar também através de correntes oceânicas e outros fatores dos quais não me recordo no momento. Tanto a velocidade angular quanto a linear do movimento de rotação terrestre estão a mudar.

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      “E se pode ter algo maior, é devido á que, á um terremoto á nível global, tempestade solar, campo magnético, outros?”
      _______________________________

      Não há qualquer relação entre tempestades solares e campos magnéticos com o movimento de rotação da Terra.

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      “Só mais uma dúvida, pode ser boba a pergunta, você disse “o fim do homem não significa o fim do mundo”, com tudo como está, que se tem, pode se dizer quanto tempo o homem ainda vive?”
      _______________________________

      Bom, para minha pessoa não significa nenhum tipo de pergunta boba. Pode ser para os extremistas idiotas que existem aos montes.

      Percebo que o RobertAC tem traços de religiosidade. 😉 Se estou correto nessa assertiva, devo dizer que o RobertAC deve dar vez à Ciência. O Carlos Oliveira já respondeu excelente à sua pergunta, e pouco acrescento: a Terra já existia antes dos nossos antepassados estarem aqui, e continuará após sermos extintos, ou migrarmos para outros planetas. Não dá pra saber exatamente quanto tempo o homem durará neste lugar. Levando-se em consideração tudo que está ocorrendo e na velocidade com que estamos presenciando as mudanças, existe relatividade no que se pode pensar acerca do futuro do homem aqui neste planeta: estamos acabando rapidamente com os recursos terrestres, porém cresce a cada dia a procura e solução para as energias renováveis e algumas ditas “limpas”. Estamos vivendo mais graças aos avanços na Medicina e Engenharia Sanitária: a expectativa de vida hoje quase dobrou com relação ao penúltimo século. Um asteróide de grandes proporções pode extinguir a vida na Terra em um dia, porém os programas de monitoramento espaciais estão a melhorar e catalogar quase todos os asteróides que de fato representam risco de extinção ao planeta (os pequenos astros, mais imperceptíveis, não são foco principal de estudo e pesquisa, devendo-se aos astrônomos amadores um maior trabalho sobre estes). Dentre outros fatores comparativos.

      O certo é que, dentro de alguns bilhões de anos, nosso Astro-Rei expandirá sua órbita e se transformará posteriormente numa anã branca, dando fim ou tornando inabitado o lugar que, um dia, foi morada de vastas formas de vida.

  4. tenho muito a agadecer ao astropt voces explicam tudo de maneira espetacular gracas a voces eu nao entrei em desespero total e hoje penso como fui tola mas voces ajudaram me muito nao imaginam o quanto mas gostaria de fazer outra pergunta que e a estrela da morte que se fala por volta do ano 2036 pergunto a voces porque sao os unicos que me dao confianca abracos e que tenham um ano muito feliz

    1. Olá Marlene,

      Obrigado pelas suas palavras.

      A Estrela da Morte não existe. É só um nome dado a uma Estação Espacial nos filmes Guerra das Estrelas (Star Wars).
      Em 2036 passará por cá, sim, o asteróide Apophis.
      http://www.astropt.org/2011/08/28/e-preciso-desviar-o-asteroide-apophis/

      abraços!

        • marlene on 05/01/2013 at 17:35

        entao para ja nao ha nenhuma razao para alarme?obrigada por tudo e pela vossa paciencia

      1. Não 😉

        2036 ainda está muito distante. E só em 2029 saberemos se vai bater em 2036 ou não.
        Caso se perceba que vai bater em 2036, então há 7 anos para desviar o asteróide.
        E existem formas relativamente fáceis de desviar o asteróide:
        http://www.astropt.org/2011/11/11/formas-de-desviar-asteroides/

        😉

        abraços!

  5. Olá, caro amigo Cavalcanti.

    Há muito estou na dívida para comentar aqui sobre seus artigos, já que você tem sido tão generoso em sempre comentar no meu blog INFRAVERMELHO.

    Que belo texto este. Dá um bom resumo dos três principais eventos astronômicos que poderão, e com certeza serão explorados pelos alarmistas de plantão, aqueles que pensam estar contribuindo ao divulgarem prováveis futuras catástrofes, que só existiriam com tamanha certeza em suas cabeças doentias, e que para eles estariam sendo de alguma forma escondidas pelos astrônomos para não causarem pânico aos habitantes da Terra.
    Lógico, há muitos, e acho que são maioria, que gostam de distorcer fatos e fenômenos reais para lucrarem de alguma forma com a ignorância científica coletiva, vendendo livros ou arrebanhando crentes apavorados para suas seitas apocalípticas. Há também uma grande parcela de charlatães que aproveitam-se destas não raras oportunidades para simplesmente aparecerem e serem mais vistos na mídia sensacionalista, que de forma cúmplice, ainda dá espaço a eles, juntos assustando descaradamente, e diria em alguns casos até mesmo criminosamente, a maioria das pessoas que não procuram se informar da verdade científica. E olha que não são poucas.

    Lamento pelas crianças e jovens, ou pelas pessoas mais humildes que não tiveram a oportunidade de estudar, ou não têm acesso â internet para procurarem entre tantos sítios científicos, como belo exemplo o AstroPT, informações confiáveis. Não é por acaso que uma amiguinha de minha filha nem dormiu tranquila na véspera do anunciado fim do mundo, achando que era verdade. E olha que não foi fácil convencê-la de que tudo não passava de uma enganação.

    Esperemos que a humanidade, depois de tantos alarmes falsos, num breve espaço de tempo aprenda a separar o joio do trigo. Seria muito otimismo meu?

    Abraço.

    1. De maneira alguma, amigo: 😉 sei bem a falta de tempo quando não estamos de férias. 😉

      Após esse excelente comentário do Jairo, penso nada mais ser acrescentado. Também estou otimista, Jairo: espero, de fato, que um número cada vez maior de pessoas comece a refletir que é extremamente perigoso seguir, antes de tudo, as coisas que estas gostariam que fosse verdade (como já abordei num artigo anterior).

      Nesta que é considerada a III Revolução Industrial (a Era Digital. A IV Revolução, talvez, a da nanotecnologia), existe uma espécie de arma que mata as pessoas tão “silenciosamente” quanto a meditação de um monge, e tão “explosivamente” quanto se descarrega as mais íntimas emoções e desejos por catástrofes no mundo cibernético: as falsas notícias e, dentre tudo, as palavras.

      Abraços e Boas Festas. 🙂

  6. Obrigado pelos links, Carlos. 😉

    Boas Festas 🙂 (da cerveja, mais tarde). 😉

    Abraços.

    1. Espero que não se tenha importado 😉

      Feliz Natal 🙂

      1. De maneira alguma. 😉

        São extensões do post – ou seja, fazem parte deste. 🙂

        Abraços.

  7. Caro Cavalcanti,

    De facto, lá vêm mais palermices e provavelmente apimentadas pela conspiração global dirigida pela NASA ou por uma agência obscura qualquer.

    Esta gente demonstra um grave défice de atenção e procura nestas frustrações a atenção e o mediatismo que tanto desejam. Para ser sincero, eu já nem ligo a isto (o que por um lado é mau pois estes palermas vão assim espalhando o medo pelas pessoas). Enfim…

    Em relação às datas apontadas não deixa de ser curioso o facto de ainda se encontrarem muito afastadas no tempo o que para esses superdotados que sabem mais do que qualquer cientista, lhes dará tempo para explanar a soberba ignorância com que apontam os factos.

    1. Estimado Rui,

      Inexoravelmente, tens completa razão. 😉 Espero, por expectativa, que a maioria esmagadora que seguem pseudos, após o fatídico 21 último comecem, finalmente, a refutar veementemente vigaristas, tais como o Nassin Haramein, o von Däniken e o Giorgio Tusoukalos; criticar artigos pseudocientíficos, trazendo luz à ciência, e criticar positivamente àqueles que repassam notícias sem pé-nem-cabeça, afim de tirar um pouco de nossas costas o levante científico com o objetivo de informar corretamente.

      Que neste próximo ano se inicie um Neo-Iluminismo 😉 – para que a razão seja relembrada por todos acima de todos os fatos – contudo, associada à uma boa dose de bons sentimentos.

      Abraços estimados.

        • André Valente on 26/12/2012 at 12:19

        Será que teremos PAZ nos noticiários ate 2029?

  8. Bom texto 😀
    reparei em duas coisas: vi um documentário (do canal odisseia penso eu) à uns tempos e que falava sobre esse tal asteróide que em 2036 poderia colidir com a Terra. O que foi dito é que o asteróide irá passar perto da Terra, mas não colidir com ela; outra coisa que reparei, ainda ontem li um artigo na revista Quero Saber sobre o Sistema Solar. Aquilo que li foi que o Sol irá entrar num processo de expansão e tornar-se numa gigante vermelha. Não sei se o que disse até agora é verdade mas como falou nesses assuntos achei que era melhor esclarecer as minha dúvidas.

    1. Olá Pedro, 😉

      Obrigado. 🙂 Bom, vamos ao que interessa. 😉

      (…)vi um documentário (do canal odisseia penso eu) à uns tempos e que falava sobre esse tal asteróide que em 2036 poderia colidir com a Terra. O que foi dito é que o asteróide irá passar perto da Terra, mas não colidir com ela;

      Sim: trata-se do asteróide Apophis: é um astro com 350 metros de diâmetro e passará em 2029 à 29.470 km da Terra (mais “baixo” que os satélites geoestacionários); completará sua órbita ao redor do Sol e novamente passará pela Terra em 2036. Segundo a NASA, em 2029 não haverá colisão sendo apenas em 2036 uma pequena probabilidade deste se chocar conosco caso sua órbita seja perturbada. Se manter sua trajetória atual, não haverá qualquer impacto em 2036. O Carlos já falou deste no artigo:

      http://www.astropt.org/2011/08/28/e-preciso-desviar-o-asteroide-apophis/

      O link está presente no artigo. 😉

      Porém, o diâmetro do Apophis não ocasionará extinções em massa no planeta. É relativamente pequeno se comparado com o trambolho que iniciou a extinção dos anunnakis dinossauros há cerca de 65 milhões de anos. 😉

      Aquilo que li foi que o Sol irá entrar num processo de expansão e tornar-se numa gigante vermelha (…)

      Sim, isso é certo. 😉 Mas é um processo perfeitamente natural e o nosso Sol, tal como as outras de mesma classificação estelar, passará pelo mesmo processo… dentro de alguns bilhões de anos. 😉 Portanto, nada com que o Pedro Tiago se preocupar. 😉

      Não entrarei na explicação científica deste último. Sugiro a leitura deste excelente artigo do ROCA: http://www.astropt.org/2012/12/21/qual-sera-destino-final-da-terra-e-do-sol-o-verdadeiro-fim-do-mundo/

      Este link também está presente no artigo. 😉

      Abraços.

    2. Caso tenha passado pela mente tal percepção…

      Mas não tenho certeza quanto à isso.

      … fazendo com que o Pedro Tiago não tenha essa certeza interior de que os cientistas que afirmaram tanto do Apophis quanto da morte do Sol simplesmente afirmaram por afirmar, de modo leviano, não se deixe levar pela falsa sensação de “simplificismo”: existe muita Matemática (Equações Diferenciais) e abordagens Física e Química por trás destas afirmativas. O Pedro Tiago, sendo da área ou não, pode confiar nestas em si. Sempre. 😉

      Abraços.

        • Pedro Tiago on 24/12/2012 at 15:29

        Muito obrigado pelo esclarecimento.Vou com certeza ler todos os artigos que disponibilizou. Sim sou da área e tenho conhecimento (de uma forma geral) da matemática e física por trás destes “fenómenos” (se assim lhe podemos chamar). Estou neste momento a tirar uma licenciatura na área e o AstroPT sem dúvida que é uma grande ajuda.

        Esqueçi-me de referir, no tal documentário diziam que o asteróide irá passar entre a Terra e a órbita geoestacionária (tal como o sr. Cavalcanti já referiu) e chegará a um ponto que é o chamado “buraco da fechadura”, em que a força gravitacional da Terra irá provocar uma alteração na órbita do asteróide. Acho que isto faz sentido, ou não?

        abraços 😀

      1. e chegará a um ponto que é o chamado “buraco da fechadura”, em que a força gravitacional da Terra irá provocar uma alteração na órbita do asteróide. Acho que isto faz sentido, ou não?

        Sim, Pedro: é um conceito-observação que vem da Astronomia. Já agora, para o Apophis, este buraco-de-fechadura é de 660 metros. Por este fato (de ser extremamente pequeno) é que não se sabe ao certo se este asteróide irá passar ou não por este. Eis a beleza e notoriedade dos cientistas: refinar os cálculos de acordo com as observações, para dar uma informação e preparação futura mais credível (ao contrário dos vigaristas). O Carlos, como é Astrônomo, é muito mais gabaritado que eu para explicar-te acerca disso. 😉

        Abraços.

      2. Tá tudo excelente 🙂

        Devido a esse “buraco” e a não se ter certezas sobre o quanto irá afectar a órbita, só em 2029 se poderá ter certezas sobre 2036.
        Por “certezas”, entende-se os valores mais aproximados possíveis, mais precisos.

        É uma das tais diferenças para a pseudo-ciência. Esses dizem “passa por ali”, e ficam contentes com isso 😉

        abraços! 😀

  1. […] Psicologia. Obsessão. Programação. Música (aqui). Lista: várias + wikipedia + 10 + 11 + Furadas + inutilidade + infografia. 12/12/12. Ig Nobel. Anos: Cometa Halley (1910). 2008. 2010. 2010. 2011. […]

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