Um amontoado de estrelas exóticas – nova fotografia VISTA do enxame estelar 47 Tucanae

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Esta nova imagem infravermelha obtida pelo telescópio VISTA do ESO mostra o enxame globular 47 Tucanae com um detalhe espectacular.
Este enxame contém milhões de estrelas, sendo que muitas das estrelas situadas no seu centro são exóticas, possuindo propriedades invulgares.
Estudar objetos situados no interior de enxames como o 74 Tucanae pode ajudar-nos a compreender como é que estas estranhas “bolas” de estrelas se formam e interagem.
Esta imagem é muito nítida e profunda devido ao tamanho, sensibilidade e localização do VISTA, o qual se encontra instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile.

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Os enxames globulares são nuvens esféricas e imensas de estrelas velhas ligadas entre si pela gravidade. Encontram-se a orbitar os núcleos das galáxias, tal como os satélites orbitam a Terra. Estes nodos de estrelas contêm muito pouco gás e poeira – pensa-se que a maior parte deste material ou é lançado para fora do enxame através de ventos e explosões das estrelas, ou é arrancado pelo gás interestelar que interage com o enxame. O material restante coalesceu há milhares de milhões de anos atrás, formando estrelas.

Estes enxames globulares são objetos que despertam o interesse dos astrónomos – 47 Tucanae, também conhecido por NGC 104 é um enxame globular enorme e muito antigo, a cerca de 15 000 anos-luz de distância da Terra e que é conhecido por possuir muitas estrelas e sistemas estranhos e interessantes.

Situado na constelação austral do Tucano, o enxame 47 Tucanae orbita a nossa Via Láctea. Com cerca de 120 anos-luz de dimensão, é tão grande que, apesar da distância, nos aparece no céu tão grande como a Lua Cheia. Com um conteúdo de milhões de estrelas, é um dos enxames globulares mais brilhantes e de maior massa que se conhecem, podendo ser observado a olho nu. No meio da enorme massa de estrelas situada no seu centro, encontramos sistemas intrigantes tais como, fontes de raios X, estrelas variáveis, estrelas vampiras, estrelas aparentemente “normais” mas inesperadamente brilhantes conhecidas como vagabundas azuis, e pequeníssimos objetos chamadas pulsares milisegundo, que são pequenas estrelas mortas que rodam surpreendentemente depressa.

Gigantes vermelhas, estrelas que já gastaram o combustível no seu centro e que aumentaram o seu tamanho, encontram-se espalhadas pela imagem VISTA e são fáceis de detectar, brilhando com uma cor âmbar sobre um fundo de estrelas branco amarelado. O núcleo densamente populado contrasta com as regiões exteriores do enxame mais esparsas. Como pano de fundo podemos ainda observar um grande número de estrelas da Pequena Nuvem de Magalhães.

(…)

Leiam o artigo completo, na página do ESO.

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