Fotografando desde o Cabo Espichel à Nebulosa de Orion M42

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Partilho com os caros leitores do astroPT três novas imagens, aqui apresentadas numa única sequência em formato panorâmico e obtidas com diferentes distâncias focais, com a finalidade de vos mostrar uma aproximação final à grande nebulosa de Orion (M42).

Partindo de um grande campo de visão e 10mm de focal (imagem à esquerda), é possível ver para além da paisagem envolvente com os rochedos do Cabo Espichel, várias constelações de Inverno, muitas delas bem conhecidas de todos vós, como: o Cão Maior e a brilhante estrela Sírius, a constelação de Orion (ao centro da foto), abarcando ainda o brilhante Planeta Júpiter (Luz intensa à direita na foto) e ainda o conjundo das Pleiades (M45). Fechando esse mesmo campo de visão com uma aproximação a 35mm de focal, torna-se visível a própria constelação de Orion e muitas das nebulosas de emissão do chamado “céu profundo”, como a “Barnard´s Loop” ou “Lambda Orionis”, que se revelam graças à sensibilidade ao espectro perto do H-alfa e infravermelho, de câmaras (sem filtro IV) como a Canon 60Da. Por fim, mergulhando agora dentro da própria constelação de Orion, encontramos assim numa aproximação mais “vertiginosa”, a 300mm, à já conhecida “Grande Nebulosa de Orion” (M42), e todos os seus objectos circundantes, também aqui revelados.

Como sabem, sou essencialmente um astrofotógrafo de paisagem, muito embora nesta imagem tenho ido um pouco mais fundo do que é habitual, com o intuito de demonstrar de uma forma didáctica, desde a simples paisagem que nos rodeia ao incrível Universo mais distante que se ergue acima das nossas cabeças. Para tal, fiz ainda uma imagem com a legenda identificativa de todos os objectos de céu profundo visíveis em cada uma das fotografias e na imagem abaixo.

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Neste trabalho, para além da Canon 60Da e das respectivas objectivas, foi ainda necessário recorrer a uma simples, portátil mas eficiente montagem da “Vixen”, a “Polarie”, no sentido de compensar a rotação da Terra e permitindo expor mais tempo do que o normal, sem que se registassem arrastamentos muito acentuados nas estrelas (principalmente nas focais mais elevadas e críticas), como na imagem a 300 mm, onde numa situação normal, só seria possível expor durante apenas 1 segundo, sem que as estrelas ficassem acentuadamente arrastadas.

Todos os dados técnicos e as imagens em resolução superior, podem ser encontrados no portfolio do meu site, directamente em: http://www.miguelclaro.com/wp/?portfolio=orion´s-ir-zoomed

Para mais imagens e informações adicionais podem encontrar-me em:

www.miguelclaro.com ou na minha página pública do facebook em: www.facebook.com/Astroarte

3 comentários

1 ping

  1. Parabéns pelas excelentes fotos e pelo texto muito bem escrito.

    Ao ver essas fotos, quase dá vontade de ir lá para fora e tentar fazer igual.
    Espero que um dia possas fazer um workshop aqui pelo norte. Terás pelo menos um aluno aplicado 😉

    • Aureo André karolczak on 27/02/2013 at 17:02
    • Responder

    Belíssimo!
    Youtube astronomia facil..
    http://www.youtube.com/watch?v=5NU2t5zlxQQ&feature=player_embedded#!

    1. Obrigado Aureo!

      Cumprimentos

  1. […] A imagem é diferente do habitual, já que foi feita a partir de dados obtidos pelo Telescópio Espacial Spitzer. Ou seja, esta é a Nebulosa de Orion vista em infravermelho (e não no visível). […]

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