Progenitora da Supernova na M51 Foi Uma Supergigante Amarela

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(A supernova SN2011dh na M51. Crédito: Pedro Ré)

Lembram-se da supernova 2011dh na M51? Vejam este artigo para avivar a memória. Nessa altura referi, neste artigo, que uma equipa de astrónomos analisou imagens da supernova e determinou que a posição da mesma parecia coincidir com a posição de uma estrela supergigante amarela nas imagens pré-supernova. Entretanto, passados quase dois anos após o aparecimento da supernova, o seu brilho diminuiu o suficiente para que os astrónomos pudessem obter novas imagens e verificar se a estrela ainda era visível ou tinha desaparecido. Isto foi precisamente o que fizeram duas equipas de astrónomos que publicaram os resultados este mês aqui e aqui. As duas equipas estão de acordo: a supergigante amarela desapareceu e portanto foi ela a estrela que explodiu.

5 comentários

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  1. Tenho uma questão.
    Se já é difícil conseguir ver a galaxia em si, como conseguiam “ver” que existia aquela estrela em questão, antes dela explodir, dentre bilhões de outras estrelas nesta galáxia?

    • Michael Douglas on 28/03/2013 at 01:10
    • Responder

    Olá Luiz Lopes, prazer meu nome é Michael e sou muiito fanatico nos nossos sistemas solares, e por isso, participo de um grupo em uma rede social e gostaria que voce pudesse participar para poder esclarecer algo bem curioso. bom se puder entra nesse link

    1. Caríssimo,

      A notícia nada tem a ver com o nosso sistema solar. Aliás, a notícia é sobre outra galáxia, M51.

      Por favor, não envie links de grupos pseudos sobre supostos OVNIs.

      Obrigado.

  2. Olá Jonatas,

    Em princípio, nestas supernovas cujas progenitoras são estrelas menos maciças, o núcleo colapsa quando inicia a fusão do ferro. Isto acontece numa fracção de segundo. Simulando a evolução de uma destas estrelas tal colapso deveria de facto ocorrer quando a estrela é uma supergigante vermelha. No entanto, as estrelas maciças perdem massa, em especial nas fases mais avançadas da sua evolução. O facto da progenitora da sn2011dh ser uma supergigante amarela não tem implicações especiais se ela tinha passado por uma fase de supergigante vermelha há pouco tempo, tendo perdido parte das camadas exteriores nessa altura, expondo o interior mais quente e portanto evoluindo para uma supergigante amarela, mais quente e de menor dimensão. Outra forma de as estrelas perderem massa é através da interacção com outras estrelas, por exemplo, num sistema binário. Neste cenário, a progenitora da sn2011dh poderia ter perdido parte das camadas exteriores quando era uma supergigante vermelha para uma estrela companheira. Vê este artigo:

    http://astronomy.com/News-Observing/News/2012/10/The%20first%20evidence%20that%20a%20yellow%20supergiant%20became%20supernova.aspx

  3. Supernovas ocorrem supergigantes azuis, vermelhas e , neste caso, amarelas, sem distinção – o núcleo não escolhe fase pra colapsar. No entanto, será que haveria uma população espectral mais propensa a explodir?

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