Velocidade da luz pode variar no inexistente vácuo?

vacuum

Já sabemos que o vácuo espacial é tudo menos vazio.
Na verdade, além de hidrogénio e energia, existem partículas virtuais efémeras.

Um estudo diz-nos que “partículas efémeras que surgem do vácuo podem induzir flutuações na velocidade da luz”. “A velocidade da luz seria dependente de variações nas propriedades “vacuométricas” do espaço ou do tempo”. Claro que a variação seria praticamente irrisória.

Ou seja, explicando de forma mais simples, com a ajuda do físico de partículas Manel Rosa Martins:

As flutuações quânticas de partículas virtuais no vácuo serão os travões que impõem o limite da velocidade da luz.
Estas alterações diminutas no vácuo serão o mecanismo natural que “travarão” os fotões de luz, não permitindo que ultrapassem o limite de C.
Esta é para já uma hipótese, mas com estes artigos científicos os cientistas propõem uma forma experimental de testar a hipótese. A confirmar-se esta hipótese, então o vácuo estará cheio destes “travões”.

Leiam no Inovação tecnológica e artigo científico.

14 comentários

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  1. Bom dia, no caso a hipótese seria de que a luz se propagar no vácuo vazio teria uma velocidade acima de C, ou seja, estaria sempre a ganhar velocidade? Ou apenas teria uma pequena diferença como quando sai do ar para a água?

    Outra dúvida. se quando surgiu o big-bang, a coisa que mais se expandiu e se disseminou pelo universo foi a própria luz, com isso os limites do universo atual podem ser definidos como os limites em que a luz consegue varrer e expandir sua aceleração ou na teoria o vácuo não vazio já existia naquela época como uma espécie de plano para o big-bang? Abstrata e teoricamente falando. Obrigado.

    1. Mas não existe esse vácuo total… nem mesmo nos nossos laboratórios onde se consegue criar quase um vácuo perfeito… 😉

      O que se expandiu foi o espaço-tempo. A luz é só uma das “coisas” que está incluída no espaço-tempo.
      Nunca existiu o vácuo total 😉

      abraços

        • Dking on 17/11/2016 at 12:40

        entendi, muito obrigado e até breve.

  2. Quem sou eu para contestar algo assim tão sedimentado na ciência né Manel.

    Mas o caso é que a ciência sempre evolui e grande parte das evoluções são devido a novos aparelhos que tem capacidade de medições mais precisas.

    Ao meu ponto de vista, dizer que “é zero” pode muito bem ser “próximo ao zero” mas que nossos aparelhos ainda não tem condições de medir assim tão precisamente.

    Eu acompanho as descobertas referentes a física a cerca de 30 anos já.
    Minhas alegações não são exatamente quanto a falta de informações, no caso, antes eu tinha um pensamento assim mais conservador, só depois que “caiu a ficha”.

    E concordo que um erro em cima de outro só atrapalha.
    E muito disto tem acontecido na ciência atual, erros que são assumidos como verdades depois vem outros que se acumulam.

    Cabe paciência para todos nós.
    A mim, a esperar por medições mais precisas para confirmar minhas teorias.
    A vc de ver eu falando aqui coisas que as medições não comprovam.

    Obrigado pela paciência.

    1. Penso que você não está a perceber Xevious. 😉

      Próximo de zero ou resto zero… não faz a luz se comportar diferente neste momento.
      A ideia de “esperar por melhores tecnologias” é um argumento dos pseudos ;), que estão sempre a dizer “amanhã é que se vai provar que a astrologia funciona”, ou “a telepatia funciona”, etc, etc.
      A ciência, o conhecimento não se compadece com esses desejos pessoais… nem sequer depende dessas esperas 😉

      No caso do éter, o Xevious está a vê-lo como estes “travões” que poderão existir no vácuo.
      Mas isso não era o éter… e é isso que o Manel tentou explicar 😉
      O éter, como hipótese, morreu. Estes travões estão muito para lá da noção de éter 😉

      abraços!

    2. Quote: «E concordo que um erro em cima de outro só atrapalha.
      E muito disto tem acontecido na ciência atual, erros que são assumidos como verdades depois vem outros que se acumulam.»

      Xevious,

      Não é verdade que na ciência atual haja um acumular de erros que são assumidos como verdades. Na ciência há um “mecanismo” que vai corrigindo os erros que surgem. Qualquer novo conhecimento tem que começar como uma hipótese, passar o teste da experimentação e da análise lógica e ser sujeita a escrutínio permanente pelos pares. Deve também integrar-se no corpo de conhecimento já existente.
      Desta forma, o que se acumula é o conhecimento, não os erros. E, se por vezes surgem ideias ou hipóteses que se vêm a revelar como estando erradas, isso é positivo pois é um sinal de que esse “mecanismo” está em funcionamento.
      Este “mecanismo” chama-se “método científico” e, se considera que não é um método perfeito para se determinar se algo é verdadeiro ou falso, estamos de acordo. não é perfeito, mas é o melhor e mais eficaz que se conhece. Não admite dogmas, não reconhece títulos académicos, não privilegia nem reconhece autoridade em ninguém (por muito inteligente ou conceituado que seja).

      Quote: «Cabe paciência para todos nós.
      A mim, a esperar por medições mais precisas para confirmar minhas teorias.
      A vc de ver eu falando aqui coisas que as medições não comprovam.
      Obrigado pela paciência.»

      Xevious,

      As suas ideias e divagações não são “teorias”. são apenas ideias ou, quando muito, Hipóteses.

      Como hipóteses que são, deve procurar não apenas argumentos que mostrem que elas estão certas, mas também argumentos que mostrem a sua falsidade (é importante tentar falsear as suas hipóteses pois se não o fizer, pode ter a certeza que outros o farão…). Deve também certificar-se que elas se enquadram e descrevem a realidade e também se se enquadram no conjunto de conhecimento que temos da Física.

      Para começar, pode tentar explicar porque está “falando aqui coisas que as medições não comprovam”.

      De seguida, se pensa que o Fotão tem uma massa infinitesimal, tente calcular quais seriam as consequências para o meu corpo, quando estou na praia, a tomar um banho de sol, se estivesse a ser constantemente bombardeado por muitos milhões de fotões que, apesar de terem uma massa “infinitesimal”, colidiam com a minha pela à velocidade da luz…

      Cumprimentos

    • Manel Rosa Martins on 02/05/2013 at 01:04
    • Responder

    Olá Xevious, de novo está a errar p’orque o fotão não tem massa restiva, é de valor zero.

    O tecido do Universo é uma noção totalmente diferente do éter, o Xevious está a confundir de novo 2 conceitos, ou do espaço-tempo e o do vácuo, insistindo em querer adaptar a realidade ás suas ideias.

    Melhor, sugiro, seria ler o post sobre o Prémio Nobel da Física de 2011, atribuído à expansão do Universo, para se informar mais gradualmente dos conceitos, que assim às adivinhas apenas fica ainda mais confuso.

    Até agora tem insitido no disparate, seria bom começar pelo principio, pela consenso científico do Big Bang, como lhe indiquei é o modelo LCDM, porque um erro em cima do outro não corrige as suas noções, que estão erradas.

    Cumprimentos.

  3. A interferência não seria pela carga elétrica, mas pela massa.

    As massas do Neutrino e da Fóton são infinitesimais, mas interferências consecutivas por anos e até milhões de anos é que causam o desvio para o vermelho.

    Quanto ao Eter, oq falo é que várias teorias levam a dedução que exista um “tecido” no espaço, que englobaria tudo.
    E que seria responsável tanto pela propagação da luz, quanto dos efeitos da gravidade, além de outras características ainda.
    São diversas teorias que convergem para necessidade de algo assim.

    • Manel Rosa Martins on 01/05/2013 at 12:01
    • Responder

    Ninguém está, praticamente ou teoricamente, a ressuscitar o conceito do éter.

    O seu conceito sobre a velocidade da luz está errado, segundo todas as experiências e observações.

    Os neutrinos, tal como o nome indica, não têm carga eléctrica.

    Quanto à expansão aceleradora do Universo, terá que dizer às 50 supernovas Ia para então se começarem a comportar de forma diferente para caberem dentro da sua ideia.

    O facto correcto do desvio para o vermelho ter sido descoberto antes dos neutrinos terem sido detectados o que tem para sustentar os seus conceitos errado? Nada.

    A Natureza não se compadece com o primeiro conceito que nos vem à cabeça, antes pelo contrário Xevius, ela é vincadamente anti-intuitiva.

    Não obstante ser implacável, a Natureza tb recompensa aqueles que, como o Xevius, têm curiosidade e estão interessados.

    Para isso terá é que largar os pré-conceitos e verificar o que nos dizem os factos.

    Cumprimentos.

  4. Temos que ver também que tudo que existe no “no vácuo”, existe também no que não é vácuo.

    Ou seja esse fenômeno não ocorreria só no vácuo, mas por todo universo.

      • Manel Rosa Martins on 30/04/2013 at 19:05
      • Responder

      olá Xevius, que a luz anda muito mais devagar do que a sua velocidade máximo, dependendo do meio já há muito que é conhecido, aqui o que se trata é de verificar porque não ultrapassa esta o seu limite máximo no vácuo. Pode seguir a excelente definição explicada pelo Martinho.

      O modelo-padrão do muito grande, da Cosmologia, chamado Lambda Cold Dark-matter model (lamda Matéria-escura fria), descreve que o Universo é homogéneo, que tem a mesma densidade em todo o lado, e que tem uma constante cosmológica de expansão, chamada energia-escura (ou lambda).

      Descreve uma luta entre a gravidade e a expansão, estando a expansão a vencer nas grandes distâncias.

      Ora este mecanismo, proposto em hipótese, dos travões, pode ser o mesmo que faz com que os fotões percam energia no vácuo e seja essa perca de energia compensado por serem estas partículas e empurrar a expansão do tecido do espaço-tempo.

      Por isso há comportamentos e propriedades físicas muito diferentes no chamado vácuo quando comparados com os da energia sob a forma de matéria, seja ela escura ou normal. Estas 2 últimas atraem, enquanto o vácuo impõe um limite à luz mas não reduz desse limite (menos energia mas a velocidade dos fotões é a mesma) para elém de que arrasta as galáxias, afastando-as uma das outras (quanto mais longe mais depressa, e mesmo muito longe mais depressa do que a velocidade da luz).

      Cumprimentos 🙂

      1. Então estamos praticamente ressuscitando o conceito de Eter.
        Porque para algo interferir em outro este algo deve existir.
        Então deve existir um meio de propagação para a luz, no vácuo, um meio físico que abrangeria qualquer ponto do universo, o Eter, ou claro poderemos dar novos nomes a ele.

        Sobre a velocidade de luz, meu conceito é que a famosa “C”, não é a velocidade da luz, mas uma velocidade liminte, acima da velocidade da luz.
        E a velocidade da luz é uma velocidade sempre quase atinge a velocidade “C”, mais ou menos, conforme o meio em que se desloca.

        Mas também duvido da expansão do universo em todas direções.
        Pra mim oq ocorre é uma interferência da Luz com os Neutrinos, ou mesmo com este quase ressuscitado Eter.
        Que ao receber a interferência a perda de energia do fóton, causando uma reação similar ao afastamento do objeto.
        Devemos nos lembrar que a descoberta do desvio para o vermelho da luz, foi muito anterior a descoberta do Neutrino.

  5. É uma hipótese interessante, mais interessante ainda por poder ser testada. Temos que esperar pelos próximos episódios.

    Só uma correcção, logo à primeira frase:
    “Já sabemos que o vácuo espacial é tudo menos vácuo.”

    Deverias querer dizer “… é tudo menos vazio”, porque sem dúvida que se trata de muito alto vácuo. Considera-se vácuo a qualquer pressão inferior à nossa pressão atmosférica normal (cerca de 10^5 Pa), definindo-se vários graus de vácuo, consoante a pressão (ou consoante a densidade de partículas). “Vazio” é que significa ausência de matéria. (Em Astronomia também se fala de outros vazios ou até mesmo “supervazios” para nos referirmos a grandes espaços sem praticamente nada entre galáxias, sendo por isso, neste caso, o significado ligeiramente diferente.)

    1. Sim, corrigido 😉

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