As notas do Sol têm chegado com força às nossas paragens. O maestro do Sistema Solar, soberano e brincalhão, prega-nos uma partida anual, e amanhã, uma vez mais, a nossa querida Terra estará no afélio.
Em termos numéricos, o Sol dista-nos mais 5 milhões de km hoje (e amanhã) que no início de Janeiro. Esta diferença equivale a 10 mil viagens de Lisboa a Madrid ou a 1000 vezes a largura do Oceano Atlântico à nossa latitude: 1000 viagens daqui a Nova Iorque. Para percorrer esta distância precisaríamos de viajar quase um ano num Boeing ou num Airbus dos nossos dias sem paragens em aeroportos intermédios (reforço da ideia: não se trata da distância da Terra ao Sol, mas da diferença da distância entre ambos em Janeiro e em Julho).
É uma distância imensa, mas com pouco significado no conteúdo do cosmos. Sem pormos sequer um pé fora da nossa vizinhança próxima, os nossos sentidos fazem-nos tropeçar num truque com milhões de anos: o Verão é-nos servido quando o culpado está mais longínquo.
Resposta à pergunta entretanto surgida: uma viagem até ao Sol num avião confortável e moderno demoraria cerca de 20 anos…
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