A Magnetar mais poderosa do Universo

Impressão artística de uma magnetar com um "loop" magnético. A magnetar SGR 0418 tem um dos campos magnéticos mais intensos do Universo. Para manter um campo magnético tão poderoso, a magnetar tem um interior em convulsão que se manifesta numa pequena região na sua superfície, como se fossem manchas solares. Crédito: ESA/ATG Medialab

Impressão artística de uma magnetar com um “loop” magnético. A magnetar SGR 0418 tem um dos campos magnéticos mais intensos do Universo. Para manter um campo magnético tão poderoso, a magnetar tem um interior em convulsão que se manifesta numa pequena região na sua superfície, como se fossem manchas solares. Crédito: ESA/ATG Medialab

Com o Telescópio Espacial XMM-Newton, da ESA, os astrónomos descobriram uma “estrela morta” (estrela de neutrões) que tem um dos mais fortes campos magnéticos de todo o Universo.

Uma estrela de neutrões é o núcleo morto de uma estrela que já foi massiva e que colapsou sobre si própria numa supernova. É um objecto bastante denso, com muito mais massa que o Sol num espaço muito pequeno (tamanho de uma cidade).
As estrelas de neutrões rodam sobre o seu próprio eixo, sendo denominadas de pulsares.
Quando os pulsares têm intensos campos magnéticos, são chamados de magnetares.

O objeto conhecido como SGR 0418+5729 (ou SGR 0418, para abreviar) parecia ter um campo magnético baixo, mas afinal, com as novas observações, percebeu-se que tem um dos campos magnéticos mais fortes em todo o Universo.

A magnetar SGR 0418 encontra-se na nossa galáxia, a cerca de 6.500 anos-luz de distância da Terra.

Nas palavras do astrónomo principal deste estudo, Andrea Tiengo: “Para explicar as nossas observações, esta magnetar precisa de ter um campo magnético super-forte e contorcido que chega aos 10^15 Gauss em pequenas regiões da sua superfície, que se estendem por apenas algumas centenas de metros”.

Como analogia, pense-se nos campos magnéticos localizados que se encontram nas manchas solares. Uma mudança na sua configuração pode rapidamente levar ao seu colapso e à produção de uma explosão solar. No caso da SGR 0418, o que se deteta é uma explosão de raios-X.

Leiam em inglês, aqui, aqui, e artigo científico.

15 comentários

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  1. Boa noite Carlos e a todos do AstroPT. Vou aproveitar para informar um problema que tenho tido a vários dias ao tentar acessar a página inicial do blog de vocês através da pesquisa do Google ou digitando diretamente o endereço. Esse problema tem acontecido com qualquer navegador que eu use, seja aqui na minha casa ou no meu trabalho. Será que alguém mais passa por isso?

    E aproveitando também esse post gostaria de fazer uma pergunta sobre formação de estrelas. Pelo que ví em documentários e li em alguns sites, uma estrela se forma quando se inicia a fusão dos átomos. O que não entendo é porque exitem estrelas tão mais massivas que outras? Ao acumular um limite mínimo de matéria suficiente para iniciar esse processo de fusão ela não deveriam expulsar qualquer material ainda restante que estivesse próximo? A quantidade mínima de matéria necessária para se formar uma estrela associado a gravidade não são duas constantes?

    Abraços e espero ter conseguido explicar minha dúvida.

    1. Oi Nilton,

      Fiquei com dúvidas nas suas 2 questões.

      Qual é o problema que lhe aparece quando tenta acessar o blog? O que lhe aparece? Não entendi…

      Quanto às estrelas, penso que poderá estar a misturar a massa total da estrela com a temperatura (e a densidade causadora) que tem que existir no núcleo da estrela para poderem existir reacções nucleares (H –> He). Será isto?

      abraços!

      1. Boa noite mais uma vez Carlos. Quanto ao erro, o que aparece é apenas uma frase: “Erro ao estabelecer uma ligação com a base de dados” Estranhamente fui retestar agora e no Firefox está ok, mas no Chrome não. O que eu esqueci de comentar foi que para conseguir acessar eu tenho que pesquisar no Google e entrar no blog através do link “Sobre o AstroPt”, para só então depois ir para a página inicial. Por enquanto vou continuar usando o Firefox aqui em casa, mas no serviço eu só uso ele e lá esse erro estranho também aparece nele. O detalhe é que moro em uma cidade e trabalho em outra e o provedor de internet são diferentes nesses dois locais.

        Quanto a dúvida sobre a formação de estrelas percebi pela sua resposta que eu estou errando em levar em conta apenas duas variáveis. Gravidade e matéria. Pensei que uma quantidade x de matéria aglutinada ao ser pressionada pela força da gravidade iniciava o processo de fusão dos átomos “acendendo” a estrela. Com esse pensamento, todas as estrelas deveria ter sempre a mesma massa. Eu sei que está confuso explicar a minha dúvida, recomenda alguma leitura sobre o processo de formação de estrelas?

      2. Carlos, acabei de perceber uma coisa quanto ao erro que ocorre. Você pode testar aí para ver se acontece também. Ao pesquisar “AstroPT” no Google e ao clicar no primeiro resultado o Google faz um redirecionamento errado adicionando “www”. ficando http://www.astropt.org/blog/

        No entanto, ao acessar o segundo link “Sobre o AstroPT” o Google faz o redirecionamento da forma correta. http://www.astropt.org/about/

        Aparentemente é erro de redirecionamento da pesquisa do Google para a página. Não testei em outros mecanismos de pesquisa.

        Boa noite a todos e até mais.

      3. Vou-lhe pedir para fazer uma experiência: limpe a cache do Chrome quer em casa quer no serviço. E depois diga se corrigiu o erro 🙂

        A massa das estrelas depende da quantidade de massa que existia no glóbulo inicial… do fragmento da nuvem molecular que começou a contrair devido à densidade existente nesse “ponto”. Dependendo da quantidade de massa nessa zona, a “criança” será diferente.
        Quantos aos links, não sei 🙁
        Talvez estes:
        http://pt.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_estelar
        http://burro.astr.cwru.edu/stu/advanced/stars_birth.html
        http://www.enchantedlearning.com/subjects/astronomy/stars/lifecycle/starbirth.shtml

        abraços

      4. ahhh ok. Obrigado! Vou enviar o problema para o nosso webmaster 🙂

        Obrigado 😉

  2. Alguém sugeriu aqui fazer Ctrl+F5. Eu fiz e ficou tudo direitinho.

    1. Ok, thanks Jaculina e Carlos Oliveira!
      De facto não cheguei a fazer o “purge” da cache!
      CTRL+F5, força a purga da “cache” para a página em questão.
      No separador das “Opções da internet”,”Geral”, “Definições”, é que reside o separador da “Cache e Base de Dados”; mas basta o CTRL+F5!
      Just sweeet!

      1. Já dá bem então? 😉

        • PAULO on 26/08/2013 at 02:15

        Confirmed!
        Paulo out!

      2. Obrigado 🙂

  3. Bonita imagem; eu gosto da cor azul.
    Parece que os raios X tem o trajeto em “loop”.Se for radiação com maior comprimento de onda também sofre o mesmo tipo de trajetória ou escapa da fonte?

    P.S. Continuo com a imagem do blogue com problemas, mas sem stress!

    Cumprimentos

    Paulo

    1. Fez aquilo que lhe sugeri?

      Limpar a cache ou mudar de browser?

      abraços

        • PAULO on 24/08/2013 at 11:45

        Boas, sim limpei a cache, o que até está configurado para fazer sempre que fecha a aplicação.
        Estou a usar o IE10 com as atualizações instaladas.
        Posso é instalar o Chrome ou o Mozilla para experimentar.

        Até breve.

      1. Paulo, sempre que as pessoas têm limpo a cache, tem dado direito.

        Não é “delete history” mas sim a cache. Eu não uso o I.E., não sei quais são as opções para lá chegar 🙁

        abraços

  1. […] Messier 68. NGC 602. 96 novos. Omega Centauri. Gigantes. Anãs Vermelhas. Anãs Brancas. Pulsares. Magnetar. Quasares (potente). Blazar. Quasar Triplo. Buracos Negros a comer, com união. Buracos Negros. […]

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