A imagem mais importante capturada pelo Hubble

hubble

Em 1996, cientistas se arriscaram muito quando apontaram o telescópio Hubble para uma região que acreditavam ser uma grande área vazia, sem estrelas nem planetas. Como imagens do Hubble tinham grande demanda, a preocupação era que dedicar tanto tempo a um espaço vazio se provaria infrutífero e uma perda de tempo (e, consequentemente, de dinheiro). Uma vez que os fótons foram registrados, no entanto, o risco se mostrou frutífero: luz de cerca 3 mil galáxias iluminaram a imagem. Alguns anos e missões depois, o vislumbre do Hubble que é conhecido como “campo profundo” (Deep Field) revelou que somos apenas um minúsculo pedaço num vasto sistema que contempla 100 bilhões de galáxias. E nos fez um pouco mais humildes perante a vastidão do universo.

Confira um vídeo bem bacana a respeito dessa história:

18 comentários

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  1. Não vejo a hora de telescópios mais potentes surgirem. Veremos muito mais galáxias, estrelas e planetas! Talvez até vejamos o que provoca o fluxo escuro do universo ou as bordas de nosso universo! Que venha o telescópio James Webb!

  2. Parece que ninguém teve em conta, (talvez não tenha lido todos os comentários) mas que o que vemos do Universo é apenas 5% do total. Os outros 95% são matéria e energia escura, perfeitamente previstos por Einstein. (tal como as ondas gravitacionais). O resto são energia e matéria escura que se repelem entre si. Como leiga que sou considero que uma das maiores responsáveis pela expansão do Universo é a matéria/energia escura.

    1. A matéria escura não pode ser responsável pela expansão, porque é matéria: atrai.
      A matéria escura causa gravidade, atrativa.

      A responsável pela expansão é a energia escura.

      abraços

    • Luiza Mara Leal on 07/11/2015 at 16:00
    • Responder

    Simplesmente não tenho palavras
    Esplêndido
    Magnífico
    Crescimento
    Soberano
    Nenhuma delas chega perto do que representam essas imagens.

  3. *** Espetacular; é de tirar o folego.
    Tbém sou leigo ignorante mas tenho tentado entender “tudo isso” = a matéria escura, a fenda dupla, o Big Bang, etc…

    Uma coisa é certa: a Física quântica misturada com astronomia esta deixando os físicos malucos.

    Obrigado por postar, além do ótimo texto (simples e direto), o vídeo que eu já tinha visto, mas com suas informações as imagens adquiriram um novo sentido. Valeu!

  4. Para nós,para já e por enquanto, estamos no “centro” observável do universo 3D. Como entusiasta da matéria, a minha questão é a seguinte. Como a luz se curva com a gravidade da matéria, no espaço tempo, para estas distâncias astronómicas, não poderemos estar a observar esta mesma aboboda universal, da qual a luz faz parte? A luz não pode sair para fora do universo, porque faz parte dele? Semelhante a imaginarmos a terra plana porque a vemos assim, só que noutra escala. Não se pode aplicar o mesmo princípio à luz, e ela estar a circunscrever a tal aboboda universal, para um dia chegar ao mesmo sitio, ou dar uma volta pelo meio de tal aboboda? No universo não há linhas rectas, só imaginárias. Teremos que rastrear e monitorar todas as galaxias para saber se a luz está a passar perto. Não compreendo porque se representa a expansão do big bang e o espaço tempo por um funil e não por uma esféra irregular? Agradeço uma opinião a este simples raciocínio, mas eu acho que o universo cada vez é menos complexo, por causa da “sintonia precisa e fina”. Um abraço.

    1. Sinceramente, não entendi…

  5. Posso estar a dizer uma grande asneira, mas tenho ideia de que nas “franjas” no universo o mesmo se expande mais depressa que no “centro”. Por essa razão duas galáxias em extremos opostos podem estar a afastar-se uma da outra a velocidades superiores à da luz (porque nesse caso a velocidade de expansão teria que ser multiplicada por 2).

    1. Eu também concordo contigo, mas Einstein não concordaria ele diria que o espaço iria se alterar para impedir isto de acontecer..

    2. Não existe borda ou centro. Todos os lugares são o centro do universo, já que todos não passam de uma expansão da singularidade. As galáxias mais distantes DE NÓS se afastam mais rápido DE NÓS. Assim como, para eles, nós estamos longe e nos afastamos mais depressa. Simples assim.

  6. Recomendo esta leitura que vai ajudar a perceber o dito efeito: http://www.oal.ul.pt/oobservatorio/vol7/n5/vol7n5_4.html

    1. Obrigado José Gonçalves.
      Estou esclarecido (tanto quanto um leigo pode estar nestas matérias mais complicadas) , afinal sempre é uma espécie de ilusão óptica.
      Segundo o que percebi, como diz no artigo enviado, é uma velocidade cinemática e não uma velocidade física, devida à distancia do objecto e à velocidade de recessão.
      Obrigado, cumprimentos

    2. Opa, interessantíssimo, valeu pela contribuição!

      Abraços

  7. Eu sei que determinado momento acharam que já teriam mapeado todo universo (pelo menos até certo grau de profundidade).
    Aí eles perceberam que haveria mais um lugar que poderia ser possível se enxergar algo.
    Era por dentro de uma outra galáxia, como num furo nela,

    E este é o Deep Field que esta aí

  8. Como é possível? Gostava de uma resposta. Até lá concordo com Rafael Rodrigues.

  9. Antes de mais, obrigado pelo bom artigo.
    Mas deixo só um pequeno apontamento que me intrigou!
    Ao minuto 2:22 do vídeo, o locutor diz ” movendo-se a velocidades superiores à da luz” isto é possivel ou é alguma espécie de ilusão de óptica?
    Cumprimentos

    1. Um físico pode explicar isso melhor, mas até onde eu sei, matéria não pode viajar mais rápido que a velocidade da luz, mas o universo propriamente dito pode. Não são as galáxias que estão se movendo, e sim o universo que está se expandindo, carregando as galáxias junto.

      Mas posso estar falando besteira.

    2. A questão é a seguinte: a expansão se dá em cada ponto do universo. Todos os espaços ocupáveis seguem se expandindo. Por isso, por exemplo, que é correto dizer que todos os pontos do universo têm a mesma distância da singularidade, onde ocorreu o big bang.

      Imagine, por exemplo, que a Terra estivesse se inflando a uma taxa de 2km por segundo a cada 10km. Passado um segundo, uma cidade a 10 km de distância estará a 12km, e uma cidade a 100km de distância estará a 120km. Veja que para uma aumentou 2km e para outra aumentou 20km. Em determinado momento, a Terra estará tão grande que haverá, por exemplo, cidades a 1 milhão de km de distância, e aumentarão 200 mil km a cada segundo as distâncias.

      Quando uma cidade passar a ficar mais longe numa velocidade maior que 300 mil km por segundo de você, nem mesmo vê-la será possível, ou um dia sonhar chegar a ela.

      A velocidade de expansão tal que qualquer coisa que esteja a mais de 20 bilhões de anos-luz de nós jamais será vista. A não ser como um borrão extremamente desviado para o vermelho, coisas que esses telescópios conseguem captar.

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