Cozinhando estrelas jovens na Nebulosa do Camarão

Este brilhante amontoado de estrelas forma a enorme maternidade estelar chamada Nebulosa do Camarão.
Obtida com o VLT Survey Telescope (Telescópio de Rastreio do VLT), no Observatório do Paranal do ESO, Chile, esta pode bem ser a imagem mais nítida alguma vez obtida para este objeto.
A imagem mostra nodos de estrelas quentes recém nascidas aninhados entre as nuvens que compõem a nebulosa.

Imagem de pormenor da Nebulosa do Camarão obtida com o VST do ESO. Crédito: ESO, Martin Pugh

Imagem de pormenor da Nebulosa do Camarão obtida com o VST do ESO. Crédito: ESO, Martin Pugh

Situada a cerca de 6000 anos-luz de distância da Terra na constelação do Escorpião, a nebulosa conhecida pelo nome formal IC 4628 é uma extensa região cheia de gás e nodos de poeira escura. Estas nuvens de gás são regiões de formação estelar, que produzem jovens estrelas brilhantes e quentes. Na luz visível estas estrelas aparecem-nos de cor azul-esbranquiçada, mas emitem igualmente intensas quantidades de radiação noutras partes do espectro electromagnético – nomeadamente no ultravioleta.

É na radiação ultravioleta que as estrelas fazem com que as nuvens de gás brilhem. Esta radiação arranca os electrões aos átomos de hidrogénio, que seguidamente se recombinam libertando energia sob a forma de luz. Quando este processo ocorre, cada elemento químico emite radiação em determinadas cores e no caso do hidrogénio a cor predominante é o vermelho. A IC 4628 é um exemplo de uma região HII.

A Nebulosa do Camarão tem cerca de 250 anos-luz de dimensão, cobrindo uma área no céu equivalente a quatro vezes a Lua Cheia. Apesar deste tamanho enorme, tem sido frequentemente negligenciada pelos observadores devido a ser tão ténue e também porque a maioria da sua radiação é emitida a comprimentos de onda para os quais o olho humano não é sensível. A nebulosa é também conhecida pelo nome de Gum 56, em honra do astrónomo australiano Colin Gum, que publicou um catálogo de regiões HII em 1955.

No decorrer dos últimos milhões de anos, esta região do céu formou muitas estrelas, tanto individualmente como em enxames. Existe um grande enxame estelar disperso chamado Collinder 316, espalhado por quase toda a imagem. Este enxame faz parte de um conjunto muito maior de estrelas muito quentes e luminosas. Vemos também muitas estruturas escuras ou cavidades, donde o material interestelar foi soprado pelos ventos poderosos gerados pelas estrelas quentes da vizinhança.

(…)

Leia o artigo completo, na página do ESO.

Imagens de pormenor da Nebulosa do Camarão obtidas com o VST do ESO. Crédito: ESO, Martin Pugh

Imagens de pormenor da Nebulosa do Camarão obtidas com o VST do ESO. Crédito: ESO, Martin Pugh

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