Fundamentalismo na ciência?

O melhor da ciência é que é verdade, independentemente se acreditas nisso ou não.

O melhor da ciência é que é verdade, independentemente se acreditas nisso ou não.

Esta é uma crítica recorrente feita por aqueles que não entendem o que é a ciência: dizem que a ciência ou os cientistas são fundamentalistas.

Sinceramente, esta é uma crítica que me custa a compreender.

Ciência é a observação e descrição das leis naturais, de modo a compreender a natureza.
Dentro desse método científico existem outras características que permitem que haja objectividade, aperfeiçoamento constante, e afastamento de qualquer crença/desejo pessoal que afecte essa compreensão da natureza. Uma dessas características é a experiência objectiva. Outra dessas características é a previsão, de modo a saber se a descrição permite ter sempre razão. Ainda outra característica é a confirmação dos resultados por entidades independentes. Estas entidades independentes podem chegar a mais de 7 mil milhões (cada pessoa no planeta).

Por aqui se percebe que não existe nem pode existir qualquer fundamentalismo na ciência ou nos cientistas.
Na ciência, ou se prova ou não se prova. Quem determina isso não é a pessoa X ou Y, mas sim a natureza.

A verdade é-nos dada pela natureza.
A verdade não é uma crença da pessoa X nem é pertença da entidade Z.
A verdade que nos é dada pela natureza não é algo em que se acredita nem é algo que dependa de opiniões pessoais.
A verdade não é democrática.

A ciência, como eu disse em cima, é uma descrição dessa verdade natural.
Por isso, quem faz essa crítica à ciência não está só a demonstrar ignorância sobre o que é a ciência, mas está também a ser ridículo porque na prática está a queixar-se que a natureza é fundamentalista.

E sim, as leis naturais são fundamentalistas.
Mas queixarmo-nos disso só porque gostaríamos que as nossas crenças e opiniões fossem superiores à natureza, é absurdo.

É irrelevante se 9% ou 99% das pessoas acreditam. A verdade não é uma democracia.

É irrelevante se 9% ou 99% das pessoas acreditam. A verdade não é uma democracia.

Deixem-me dar-vos um exemplo:
Eu afirmo que se uma pessoa se atirar do topo de um edifício de 20 andares, vai cair cá em baixo e provavelmente morrer. Ao afirmar isto, assumo que a pessoa percebe que não estou a dar a minha opinião pessoal, mas sim com base em milhões de experiências que se sabe que aconteceram desta forma e que a própria ciência descreve para poder prever que da próxima vez que uma pessoa se atirar, vai cair devido à gravidade.
No entanto, o sr. X diz que estou a ser fundamentalista. O sr. X diz que a ciência está a ser fundamentalista ao prever isso. O sr. X diz que na sua opinião a pessoa que saltar vai voar para fora da Terra.
Será que estou a ser fundamentalista? Será que a ciência é fundamentalista ao descrever a gravidade de uma forma que prevê que a pessoa vai cair no solo?
É óbvio que não. A verdade é só uma, não depende das crenças, fundamentalismos ou opiniões. A verdade é-nos dada pela natureza.
Se o sr. X ignora todas as experiências feitas e se o sr. X imagina que pode ter razão só tem que fazer uma coisa: provar isso. Faz a experiência de se atirar do topo do edifício e já percebe se tem razão ou não. É assim que se tem conhecimento dos assuntos: colocando-os à avaliação da natureza.

Se o sr. X não quiser ou não puder fazer a experiência, e mesmo assim assumir que tem razão só porque a sua ideologia (crenças e opiniões) lhe diz que sabe mais que a própria natureza, então a verdade é que estamos na presença de um fundamentalista.
E é normalmente isto o que acontece nos debates: por ignorância da natureza da ciência e por ideologia, aqueles que acusam os cientistas de fundamentalismo são normalmente aqueles que são fundamentalistas: aqueles que colocam as suas ideias pessoais acima das respostas que a natureza nos dá.
Esta é também uma forma de geocentrismo psicológico, de antropocentrismo: as pessoas acham-se tão especiais que assumem que as suas opiniões pessoais estão acima do conhecimento que nos é dado pela natureza.

Dei o exemplo da gravidade.
No entanto, poderia falar de coisas tão banais como ligar a luz no interruptor, ligar o computador ou falar ao telemóvel/celular, que contém inúmeras leis e teorias científicas.
Aliás, mal acordamos, temos imediatamente um enorme conjunto de equações, leis e teorias científicas a funcionar. Não dependem de nós. Não dependem das nossas crenças e opiniões. Simplesmente, são a realidade da natureza.
Além disso, as descrições científicas dos milhões de exemplos do nosso dia-a-dia provam-se sempre como 100% correctas. Qualquer pessoa prova isto diariamente.

Nós vivemos num mundo científico. Se temos carros, telemóveis/celulares, electricidade, medicina, sondas noutros planetas, maior longevidade, etc, à ciência o devemos. A diferença entre vivermos no mundo actual ou há 10.000 anos atrás, deve-se ao conhecimento científico.
Idolatrar a ignorância nunca nos levou a lado nenhum. Toda a gente tem direito a assumir que as suas opiniões e crenças pessoais são superiores às leis da natureza; mas então, em nome da consistência, não utilizem nada que siga essas leis e teorias científicas, por exemplo, não utilizem nada que dependa da electricidade. Ao utilizarem o conhecimento científico enquanto simultaneamente negam a existência dele, estão a cair naquilo que se caracteriza como hipocrisia.

post-14691-The-good-thing-about-science-i-r2G6

Resumindo:
A verdade do Universo é-nos dada pela natureza. A ciência descreve a natureza. As previsões feitas com base nas descrições científicas provam-se 100% certas. Essas previsões provam-se como correctas todos os dias por todas as pessoas no mundo.
Por isso, onde está o fundamentalismo? Em todos aqueles que assumem que a natureza tem que se subjugar à sua ideologia. Em todos aqueles que assumem que as suas opiniões e crenças pessoais são mais importantes que a verdade que nos é transmitida pela natureza.

29 comentários

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    • Sara Mergulhão on 20/10/2023 at 17:06
    • Responder

    Tenho de dizer qualquer coisa neste tema porque acho que vale a pena, embora corra o risco de que aquilo que vou dizer nem sequer seja publicado.
    Pois bem meu caro Carlos, a ciência não vê, não olha, não pensa e não dá mas numa coisa o Sr. está cheio de razão, a ciência não é democrática e não se rege por maiorias.
    So, what’s the meaning of “mainstream scientific opinion”?
    Para mim significa opinião científica dominante, a qual é tão válida como a opinião científica não dominante face ao que ficou dito anteriormente; sendo assim, quando se argumenta com o “consensus”, como o faz frequentemente o Niel de Grasse Tyson para validar a Ciência, ele está a cair num imenso contra-senso porque dizer consenso é uma maneira altamente sofismada de dizer maioria.
    O Xevious tem toda a razão em afirmar que a ciência é algo abstracto, porque não foi a ciência que olhou para o Tesla, quem olhou para o que ele afirmava foram os contemporâneos dele que estavam quase todos formatados às ideias da corrente continua como o Edison e mesmo se houvesse peer-review o Tesla, na altura, nunca teria razão.
    Quando se antropomorfiza a ciência ao ponto de se dizer aquilo que está escrito no 2º parágrafo ou a dogmatizarem https://www.astropt.org/2011/08/23/ciencia-nao-erra/, eu não tenho dúvidas nenhumas que há pessoas, cientistas ou não cientistas, que podem ser consideradas fundamentalistas científicos.
    Abraços

    1. Como já noutros comentários, a Sara mostra não saber o que é a ciência, e mostra que nem sequer lê os artigos. Não quer aprender, mas quer comentar com base na sua ideia tendenciosa anti-ciência.

      Curiosamente, mas sem surpresa em mentes paranoicas anti-tudo, mais uma vez queixa-se de não ser publicada, quando é constantemente publicada.

      No artigo é dito: “A verdade é-nos dada pela natureza.”
      Já a Sara preferiu falar de Neil deGrasse Tyson, de Tesla e do consenso científico. Tem artigos sobre o consenso científico, se quiser comentar neles. Este artigo é sobre as evidências dadas pela natureza. Se está contra a natureza, tem que falar com ela…
      Se está contra a gravidade, discuta com ela…

      Tesla seria avaliado tal como foi Einstein.
      Tesla, como Einstein e todos, são avaliados mediante o ceticismo científico, que faz parte da ciência.
      Tesla não foi um “coitadinho”, como os pseudos querem fazer crer. Foi-lhe aplicado o que foi aplicado a todos: ceticismo científico.

      Também quase ninguém “acreditou” em Einstein no início. Porque é irrelevante o que Einstein dizia.
      Após existirem evidências científicas, aí sim, é dada credibilidade ao que disse.

      “opinião científica dominante” é baseada em evidências objetivas aceites por quase toda a gente, seja em Portugal ou na China. Porque as evidências não dependem das pessoas.
      “opinião científica não dominante” é aquela que não aceita essas evidências ou que dá mais valor a tretas não aceites objetivamente.

      Há fundamentalistas em todo o lado.
      Por exemplo, nos seus comentários, a Sara mostra-se como uma fundamentalista anti-conhecimento científico, que acredita em dogmas pseudos, seguidora de conspirações, só porque para si uma treta dita por uma criança de 12 anos na internet é superior às evidências apresentadas pelos especialistas cientistas. Isso é fundamentalismo anti-ciência.

      A ciência funciona! Deal with it.

      abraço

      1. Se esta jovem soubesse o significado do que é “científico” ela não usaria o termo “fundamentalistas científicos”, que, aliás, é algo inédito para mim, em todos esses anos, e já estou anotando num caderninho que levo sempre no paletó…

        Caso as pessoas tivessem, no curso secundário, a cadeira de Metodologia Científica, ao invés de aulas de religião (estas podem ser corretamente inseridas nas aulas de História ou Sociologia), poderiam começar a entender que Ciência não se faz “crer”, como já foi dito, corretamente, neste sítio, milhares de vezes…

        • Sara Mergulhão on 21/10/2023 at 15:46

        Ora aqui está. O Carlos continua com o seu paleio ofensivo requentado sem apresentar qualquer tipo de argumentação para quem lhe responde com a melhor das intenções. Mente descaradamente ao dizer que sou publicada constantemente e quanto ao sr. Cavalcanti, ao qual agradeço ter-me tratado por jovem quando com os meus 76 anos, se calhar, sou mais velha que ele, mais valia ter ficado quieto do que vir com o argumento da cadeira de metodologia cientifica e com as aulas de religião. Para vossa informação dir-vos-ei que tenho 3 licenciaturas pré-Bolonha, todas na área cientifica sendo uma em engenharia electrotécnica correntes fracas, outra em fortes e outra em matemáticas aplicadas e sei bem o que é que às vezes se tem de aguentar para arranjar uns cobres para se poder fazer alguma investigação. Portanto chega de tretas ao armarem-se em grandes senhores da ciência.
        Cumprimentos.

      2. Se os factos a ofendem, tem que discutir com os factos e não connosco…

        Sobre eu “mentir descaradamente”, eu gostaria de saber quantas vezes não foi publicada. Foi constantemente publicada, mesmo que por razões de insultos tenha sido por vezes editada. Se não concorda, apresente evidências do contrário em vez de me insultar novamente.

        A Sara tem 24 comentários neste blog, todos publicados.
        Todos eles são sobre tretas. Nunca pareceu interessada em saber de ciência, mas sim só em “discutir” pseudociência.

        Vamos a eles:

        Em 2016, publicou 1 comentário no post sobre um exoplaneta feito de diamante. Resolveu comentar com tretas da Terra Plana.

        Os seus 4 comentários a seguir foram em 2021, sobre vacinas. Onde claramente era contra a ciência.

        Os seus 5 comentários a seguir foram num post sobre uma definição da vida. Os seus comentários foram sobre o “ramo do saber” chamado Yoga e onde a Sara escreveu: “estou do lado da pseudo ciência”.

        Os seus 6 comentários a seguir, já em 2022, foram novamente sobre vacinas.
        Onde curiosamente, a Sara até escreveu: “Tenho de dizer que nunca esperei que o Carlos tivesse a nobre atitude de publicar o meu último comentário, o que muito lhe agradeço”.
        Sobre a publicação dos seus comentários, penso que estamos conversados. Proponho que leia as suas palavras, em vez de me chamar mentiroso. Obrigado.

        Os seus 6 comentários seguintes, também em 2022, foram sobre Chemtrails.
        Num dos comentários, a Sara escreveu: “Tive de ir a Portugal em serviço e nem sequer tive tempo para me coçar, mas agora já cá estou.”

        Restam os 2 comentários, em 2023, neste post.

        Como se percebe, a Sara só está interessada em pseudociência e conspirações de tretas, e os seus comentários assim o demonstram.
        Se está interessada em pseudociência, tem certamente muitos outros sites que a enganam sobre o conhecimento. Por isso, escusa de vir para aqui insultar quem tem conhecimento científico. Obrigado.

        Quanto ao seu comentário atual, a dizer que tem 76 anos… lembra-se que no ano passado disse que andava a viajar entre países em trabalho?
        A não ser que seja o Trump ou o Biden (ou similares), duvido que aos 75 anos ainda trabalhe tanto entre países…
        Mas não, não a vou insultar dizendo que mente descaradamente…

        Quanto às 3 licenciaturas em áreas STEM, se acreditarmos nisso, então essa é só mais uma prova que as universidades não ensinam as pessoas a pensar racionalmente. Mesmo quem tira licenciaturas em ciências deixa-se enganar profundamente pelas pseudociências.

        No entanto, deixo mais esta evidência para quem quiser avaliar: num dos posts sobre vacinas, discutimos sobre conhecimento matemático. Nunca nessa altura, em 2022, a Sara disse que tinha esse conhecimento matemático. Agora, em 2023, diz isso.
        Das duas uma: ou esse conhecimento matemático era mentira o ano passado (e este ano), ou então a Sara escondeu deliberadamente esse facto para manipular a conversa. Sobre mim, sabe o meu conhecimento. Sobre si, a Sara preferiu omitir. Estamos conversados sobre transparência nas conversas.

        Não sei se vou ter mais paciência para as suas diatribes conspiratórias.

        abraços

        • Jonathan 'Hamelin' Malavolta on 13/12/2023 at 22:17

        A Sara ainda tá nessa?

  1. Ia dizer..
    em vez de crer que sabemos “tudo”, mas esse “tudo” que fica se modificando..

    • Betinho Floripa on 28/11/2013 at 11:46
    • Responder

    Fundamentalismo no DNA..

    http://super.abril.com.br/religiao/programado-crer-619287.shtml

    1. O artigo está mal escrito… é que isto tem a ver com a Evolução. Sagan explicou muito bem isto já há muitos anos 🙂

        • Betinho Floripa on 29/11/2013 at 17:42

        Sem falar do desejo inconsciente de querer explicação para tudo…e qdo não as encontramos…as inventamos…

        Abraços 🙂

  2. Ótimo artigo Carlos-san :D.

    Há tempos eu vejo (principalmente em páginas do Facebook) pessoas sendo acusadas de ser fundamentalistas/cientifistas por esse povo amante de pseudo-ciências, da uma tristeza ler esses comentários.

  3. “Quando alguém diz, algo como “ta chovendo perolas”
    Podemos apenas dizer, “não isto é impossível” e não falar mais nada,
    Mas o correto seria ir lá ver.”

    Mas se a pessoa já foi ver, mesmo sem o Xevious saber, então a pessoa sabe que é impossível 😉

    1. Se estivéssemos em Netuno e fosse diamantes em vez de pérolas, a pessoa poderia estar certa… 😀

    2. Ser impossível não significa exatamente que não possa existir.
      Só que de acordo com os conhecimentos atuais podemos dizer que é impossível existir.

      Um exemplo, é a matéria que tem menos de uma semana, aqui no blog, afirmando que foi descoberta a maior estrutura do universo e que a princípio ela seria impossível de existir, já que contraria oq conhecemos da ciência atualmente.

      É a mesma coisa.
      Chover perolas é impossível assim como algo maior doq o previsto.

      Já que a ciência esta sempre se redefinindo.
      O mais correto seria assumirmos que não sabemos tudo.

      Em vez de crer que sabemos tudo, mas que este “conhecimento”

      1. Impossível é diferente de improvável.

        É impossível você ter rios na superfície da Lua. Falta atmosfera, pressão e temperatura para isso. (assumindo a existência da molécula de água)

        É improvável você conseguir atravessar uma parede de cimento. Não é impossível, mas é bastante improvável.

        abraços

      • Jonathan Malavolta on 21/10/2023 at 21:56
      • Responder

      Eu atravesso paredes de concreto. Sabe como? Através de uma invenção mais antiga que o próprio concreto chamada “porta” (desculpe, não quis perder a piada).

  4. Eu sou um dos que falam que existe uma certa tendência ao fundamentalismo científico.
    Não é exatamente algo ruim, é algo cultural, com ajuda do corporativismo e da mídia.

    Ciência é algo abstrato, e seus conceitos fundamentais já tiveram muitas transformações.

    Ocorre o fundamentalismo quando não se atua como cientista,

    Quando alguém diz, algo como “ta chovendo perolas”
    Podemos apenas dizer, “não isto é impossível” e não falar mais nada,
    Mas o correto seria ir lá ver.

    1. Ciência é algo abstrato?? Sério?

      Quando alguém “diz está chovendo pérolas” esse alguém não está sendo fundamentalista nem cientista, esse alguém precisa de um psiquiatra e ninguém precisará ir lá ver, pois a ciência nos diz muito bem a diferença entre o que é possivel x provável.

      1. Eis a demonstração precisa doq falei.

        Ora bolas Jonas, nunca ouvi ninguém falando que esta chovendo pérolas.
        (Se alguém disser, eu quero meus direitos pois falei primeiro)

        Mas já ouvimos falar de chuvas de Rãs, Peixes e outras coisas estranhas.

        O caso é que um cientista que não seja fundamentalista pode muito bem ter seu preconceito formulado, mas não deve fala-lo abertamente, pelo menos não enquanto não der uma olhadinha lá fora e verificar se esta ou não chovendo pérolas.

        Sacow!

        E acho que ciência é algo abstrato, tanto quanto a religião, e estes dois assuntos são tão similares que inclusive os dois tem exemplos de fundamentalismo.

        • Jonas on 21/12/2013 at 03:28

        Nunca vi alguém usar um computador abstrato ou tomar vacinas abstratas.

        Mesmo quando vai num médico com dores, acha que tudo que acontecer durante a consultra e depois é abstrato?

        Os exames, o medicamento, o tratamento, e a própria cura que acontece?

        Os pseudos só vivem nos seus mundos abstratos, o engraçado é que nunca vi um pseudo fazendo algo de útil, que funciona ou verdadeiro. Cuidado, você está na beira do precipício.

    2. Xevious

      Penso como você: se alguém disser que está chovendo pérolas (ou diamantes, ou dinheiro…) eu posso duvidar, posso desacreditar…MAS TENHA ABSOLUTA CERTEZA DE QUE EU VOU LÁ OLHAR!

      (…comentário editado…)

      1. A Isa não pensa como o Xevious…

        Já foram mostradas várias evidências à Isa que o website que a Isa acredita de forma fundamentalista está cheio de informações erróneas. No entanto, a Isa continua a acreditar de forma fundamentalista nele.

        A Isa pode dizer o que quiser sobre si, mas a verdade é que os seus comentários mostram que acredita “sem olhar”, sem sequer fazer um pequeno exercício de reflexão sobre as informações que são transmitidas por certos websites.
        Isso é similar a fundamentalismo religioso.

        Também pode acreditar no que quiser… mas este local não serve para divulgar essas mentiras.

        abraços

        P.S.: quem vai lá ver é a Ciência. Como o Jonas falou, por isso é que temos computadores.
        Infelizmente, algumas pessoas utilizam computadores para a hipocrisia e para dizer mal da ciência… enquanto a utilizam.
        isso diz muito sobre as pessoas.

        • Isa Maria on 16/04/2016 at 14:13

        Olá, Carlos!
        Tudo bem com você?
        Comigo também!

        Carlos, calma, por favor!

        http://a.disquscdn.com/uploads/mediaembed/images/3128/7135/original.gif

        A Ciência é, sim, ma-ra-vi-lho-sa! E a única forma de mudarmos o mundo é através dela! Quiçá os cientistas (em vez de apontarem os dedos para criticarem uns aos outros, se unissem em busca de soluções práticas para construir um mundo melhor para todas as espécies, inclusive para a nossa!

        Abrçs e Bjs da Isa

      2. Eu estou calmo…

        A ciência é baseada no pensamento crítico, que serve sim para se criticar de forma sustentada.
        O processo científico inclui o chamado peer-review.

        Sem esse processo de peer-review, de crítica entre cientistas, o que existiria era somente vigarices e pseudos a enganarem a população.
        Esse processo de crítica é uma das bases que fez com que a ciência tenha tanto sucesso e faça com que o mundo tenha evoluído tanto.

        Claramente, a Isa anda confusa…

        • Isa Maria on 16/04/2016 at 14:31

        Bem, na minha humilde opinião, Carlos, apenas a Ciência pode mudar para melhor o mundo em que vivemos; certamente que há equívocos por parte de todos – cientistas ou não – afinal a perfeição aqui inexiste, por isso devemos buscar a excelência; entretanto, a partir da semente que um plante, uma bela colheita poderá acontecer e favorecer todos os envolvidos e também os demais que se beneficiarão da ciência.

        Como já mencionei, no início, quando chegou aos EUA, Tesla poderia ser considerado um pseudo pela comunidade científica daquela época; no entanto, com o tempo, provou-se o contrário (tanto que até hoje nos beneficiamos de importantes e significativas intervenções dele na Ciência); mas, antes que seus projetos fossem aceitos e reconhecida a validade deles, até espetáculos com sacrifício de animais em praças públicas foram realizados para desacreditarem a eficiência da corrente alternada. Por isso, penso que se alguém disser que está a chover pérolas, ou diamantes, ou dinheiro, podemos até duvidar num primeiro momento, mas devemos, sim, olhar.

        Abrçs e Bjs da Isa

      3. A ciência olha.

        A ciência olhou para Tesla e viu que tinha razão. Daí a Isa ter ouvido falar de Tesla. É a ciência que dá razão a Tesla.

        A ciência olha para os pseudos e vê que aquilo não funciona e é só uma forma de manipularem as pessoas com mentiras.
        Esses são os pseudos.

        E a ciência olha. Faz parte da ciência olhar.
        Os pseudos não olham. Simplesmente acreditam/acham que sim sem olharem.

        abraços

        • Isa Maria on 16/04/2016 at 15:18

        Sim, Carlos, a Ciência observa com olhos atentos; e está corretíssima, claro!

        Especificamente nos acontecimentos em relação a Nikola Tesla, a comunidade científica da época precisou render-se ao talento dele, porque ele estava certo e provou isso; mesmo assim, ele foi injustiçado e ridicularizado em diversos momentos, infelizmente! Como provavelmente, o Engº Social Jacque Fresco: que, em prol da vida no nosso planeta, dedicou a vida inteira para implantar uma sociedade baseada em recursos, provavelmente, também será…que pena!

        Abrçs e Bjs da Isa

        • Jonathan Malavolta on 21/10/2023 at 22:12

        Isa, só pra constar: “engenharia social” não é uma formação, é apenas uma tática de manipulação que crackers (erroneamente chamados hackers) usam para ludibriar suas vítimas de fraude. Muito cuidado na hora de colocar alguém como “engenheiro social”, como se isso fosse algo louvável. Muitos programadores (incluo aqui os hackers) tem de estudá-la justamente para entender como as fraudes funcionam, mas o fazem unicamente com o intuito de protegerem o registro de suas informações e evitar o roubo de dados. Acredito que tenha sido este o caso de Jacques Fresco, a estudou para evitar ser roubado por criminosos cibernéticos. Não conhecia seu nome, nunca soube de nenhum trabalho dele, então não sei de quem se trata (cientificamente falando).

        https://www.kaspersky.com.br/resource-center/definitions/what-is-social-engineering

  5. Ótimo Artigo Carlos, como sempre. 🙂

    Um adento – tenho visto algumas pessoas adotarem de fato a ciência de forma fundamentalista *muito obviamente são leigos em ciências que fazem isso*.
    Esse pessoal faz da ciência uma espécie de “deusa do século XXI”, e que ela tem todas as respostas absolutas sobre a natureza, e não pode ser questionada – sendo a realidade científica o contrário dessa visão, é na verdade o constante questionamento (por parte dos próprios cientistas) que caracteriza o processo científico.

    Diz o ditado: “não são as respostas que movem o mundo, mas sim as perguntas.” 🙂

    Abraços

  1. […] dependem das crenças nem das opiniões pessoais. É irrelevante se as pessoas as aceitam ou se concordam com elas. Elas existem para explicar a natureza. E a natureza não é democrática. A verdade não é uma […]

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  5. […] verdade é-nos dada pela natureza. A verdade não é democrática. Por exemplo, o facto da gravidade ou da electricidade funcionarem, […]

  6. […] Semanas depois, a Marinha explica tudo com base em evidências de um levantamento hidrográfico (com instrumentos de maior precisão). O que existe é uma cordilheira montanhosa, obviamente tendo uma causa natural. O Instituto Hidrográfico afirmou também num comunicado público que “nos modelos batimétricos gerados não é visível qualquer estrutura com a profundidade mínima de 40 metros, registando-se nessa posição profundidades da ordem dos 540 metros”. Ou seja, como sempre, a realidade da natureza foi superior às crenças pessoais. […]

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