O que há de tão especial no cérebro humano?

SHH-TED

Suzana Herculano-Houzel é uma neurocientista brasileira cujo trabalho acompanho há um tempo. Esse ano ela participou do TED e deu uma palestra bem interessante sobre o cérebro humano, demonstrando basicamente que podemos explicar por que o ser humano parece tão diferente dos outros animais, sem apelar para o velho e antropocêntrico “por que somos especiais”.

O ponto de partida de Suzana foi em tentar desvendar o número de neurônios que o cérebro humano possui, e para isso desenvolveu uma técnica simples, eficiente e rápida (que ela descreve no vídeo). A partir da contagem dos neurônios, foi possível demonstrar que os cérebros dos animais não são exatamente iguais quando o assunto é a relação entre o número de neurônios e o tamanho do cérebro, e que um dos principais motivos pelos quais somos o que somos é, simplesmente porque descobrimos como cozinhar as coisas. Confira o vídeo:

[Atualizado com uma versão com legendas em português. Agradecimentos ao Jonas pelo link]

5 comentários

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    • Graciete Virgínia Rietsch Monteiro Fernandes on 04/12/2013 at 14:28
    • Responder

    E eu que não gostava de cozinhar!!!
    Cumprimentos.

  1. Isso não soa um tanto panglossiano? Somos muito inteligentes porque cozinhamos, o que nos permite ser tão inteligentes ao ponto de cozinhar. Me parece que o gosto por carne foi mais importante, um alimento muito nutritivo e cuja obtenção, especialmente no caso da caça, é muito favorecida por cooperação e comunicação, além de ser apreciado por outros grandes primatas.

    O cérebro não é o órgão interno que mais requer energia, ele perde de longe para o fígado. De todo modo, são medidas feitas em repouso, o que é muito diferente de um corpo em movimento. http://en.wikipedia.org/wiki/Basal_metabolic_rate

    Não se pode dizer com certeza quando se começou a cozinhar alimentos, há muita especulação mas nada definitivo. De todo modo, é muito interessante o que ela de fato pesquisou.

  2. Os “outros” animais tem cérebros menores, mas menos complexos.
    No caso nos temos uma complexidade maior nas áreas mais externas do cérebro.

    Se nosso cérebro tivesse a complexidade de um cão, mas com o mesmo “potencial” que temos, nosso cérebro seria bem maior.

    Por outro lado, pesquisas recentes demonstraram que a complexidade do funcionamento interno do cérebro é muito maior doq pensávamos até agora.
    Simplesmente não víamos que existe uma complexidade muitíssimo maior doq a que conseguíamos detectar.

    Nós que já estudamos bastante o cérebro e nos arriscamos até mesmo a criar os primeiros projetos de cérebros eletrônicos.
    Temos que reconhecer agora que eles são só experimentos a meio do caminho no máximo.

    Já esse aumento de complexidade que falei, é nativo do cérebro em si e não só do nosso.

    Aqui tem uma matéria a respeito => http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descobertos-computadores-sub-neurais-cerebro&id=010150131029

  3. Alguém se adiantou e colocou legendas aqui:

    https://www.youtube.com/watch?v=cIJCYLo4c2I

    1. Valeu, Jonas, vou atualizar a postagem com essa versão legendada do vídeo =)

      Abraço!

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