Gigantesca mancha solar resulta em fulguração de classe X

Ontem, dia 7 de janeiro, foi possível observar no Sol uma fulguração de classe X1.2 proveniente da região RA1944 que, devido à sua enorme dimensão, já vinha a ser acompanhada por astrónomos de todo o mundo. A poderosa fulguração aconteceu no momento em que esta região a se encontrava na direcção da Terra.

O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA, através do seu Space Weather Prediction Center, notificou que a fulguração causou um “forte apagão rádio”, no dia 7 de janeiro, lançando um alerta moderado de tempestade magnética para as próximas 24 horas, indicando que uma Ejecção de Massa Coronal se possa estar a dirigir para o planeta.

O pior que pode acontecer? Auroras Boreais para as latitudes mais a norte do globo, provavelmente a 10 de janeiro.

A RA1944 é uma das maiores regiões ativas deste ciclo correspondendo a distancia entre os seus extremos á distancia da Terra à Lua.  (Crédito: João Porto)

A RA1944 é uma das maiores regiões ativas deste ciclo correspondendo a distancia entre os seus extremos á distancia da Terra à Lua. (Crédito: João Porto)

Região RA1944 antes da fulguração classe X, a partir do Açores (Crédito: João Porto)

Região RA1944 antes da fulguração classe X, a partir do Açores (Crédito: João Porto)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A dita mancha solar tem sido acompanhada nos Açores pelos “olhos” do Astrónomo Amador João Porto que indicou que a mancha solar “RA1944 é uma das maiores regiões activas deste ciclo, correspondendo a distância entre os seus extremos à distância entre a Terra e a Lua”. A dimensão é tal que “é possível ver este grupo de manchas solares a olho nu, tendo as devidas cautelas com o uso de filtros adequado (vidro de soldador)”.

Assim, e depois de já ter produzido algumas fulgurações da classe M com Ejecções de Massa Coronal, este grupo já produziu uma fulguração de Classe X, podendo-se observar mais atividade nos próximos dias.

Notar a fragmentação da umbra na RA1944 após a fulguração X do dia 7. (Crédito: João Porto)

É possível observar a fragmentação da umbra na região RA1944 após a fulguração X do dia 7. (Crédito: João Porto)

 

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A região activa 1944 no momento em que a fulguração atingia o máximo de intensidade. Imagem obtida pelo instrumento Atmospheric Imaging Assembly do Solar Dynamics Observatory, através do canal de 1600 Å (região de transição e camadas superiores da fotosfera). No canto inferior esquerdo podemos ver a Terra à mesma escala. Crédito: SDO(NASA)/AIA consortium/Helioviewer.

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