Moradas Celestes

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Hoje, se puderem, e se gostarem do tema, vão assistir à apresentação do novo livro do professor Joaquim Fernandes, “Moradas Celestes: O Imaginário Extraterrestre na Cultura Portuguesa ( séculos XVII-XIX)” (ed. Âncora Editora, Lisboa, 2014).
O livro vai ser apresentado pelo professor Luis Miguel Bernardo, catedrático de Física da Faculdade de Ciências do Porto.

Nas palavras do próprio autor:

“Nesta obra são descritas pela primeira vez as visões e leituras das nossas elites intelectuais sobre o nosso lugar no cosmos, os “outros mundos” e os seus eventuais habitantes.
No conjunto desta investigação são dados a conhecer factos pioneiros da história da Astronomia enunciados por pensadores portugueses dos séculos XVII ao XIX:

1. A ideia da “gravitação universal” proposta pelo médico lisboeta António Luís em 1540 mais de um século antes da sua formulação matemática por Isaac Newton (1687).

2. A ideia defendida pelo padre António Vieira que no século XVII não acreditou que o céu fosse azul bem antes da primeira explicação científica fundamentada para tal facto pelo físico inglês John Tyndall (1820-1893)

3. A intuição do clérigo Rafael Bluteau (1638-1734) que antecipou a existência dos satélites de Marte, descrita por Jonathan Swift, em 1727, nas famosas “Viagens de Gulliver”, e 161 anos antes da sua verificação por telescópio pelo norte-americano Asaph Hall.

4. A ousada hipótese do jesuíta Inácio Monteiro, consagrado matemático, que contra todas os padrões religiosos da sua época, imaginou possível a existência, algures no Universo, de outros seres inteligentes distintos da matriz de Adão, ou seja, humanos. Afirmação ousada mesmo para os nossos dias!

5. A fantástica tese “espírita”, precoce no Ocidente europeu e em Portugal, da tese da reencarnação e da metempsicose enunciada pela Marquesa de Alorna, a poetisa Leonor de Almeida (1750- 1839), nas sua obra poética, e que sonha “peregrinar, de “estrela em estrela”, depois de deixar este mundo.

Ideias que afetam toda a trajetória da cultura e da ciência ocidental foram precocemente anunciadas e pensadas em Portugal.”

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