Cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko mostra sinais de atividade

coma_67PChuryumovGerasimenko_OSIRIS_Rosetta_270314_040514Sequência de imagens obtidas pela sonda Rosetta entre 27 de março e 4 de maio, mostrando o cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko movendo-se contra um fundo de estrelas na constelação do Ofiúco. Durante esse período, a Rosetta encurtou a distância que a separa do cometa de 5 para 2 milhões de quilómetros.
Crédito: ESA/Rosetta/MPS/OSIRIS MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA.

O cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko, o destino da missão Rosetta, começou a revelar a sua verdadeira personalidade nas últimas sete semanas. Imagens recentemente obtidas pela sonda europeia mostram claramente o desenvolvimento de uma cabeleira com aproximadamente 1300 quilómetros de diâmetro. Para comparação, o núcleo tem cerca 4 quilómetros de diâmetro.

“Está a começar a parecer-se com um verdadeiro cometa”, afirmou Holger Sierks, investigador principal do OSIRIS, o sistema de imagem da Rosetta. “Custa a acreditar que dentro de alguns meses a Rosetta estará no interior desta nuvem de poeira, a caminho da origem da atividade do cometa.”

A formação da cabeleira é uma consequência da progressiva aproximação do cometa ao periélio da sua órbita. Apesar de se encontrar a mais de 600 milhões de quilómetros de distância do Sol (aproximadamente quatro vezes a distância que separa o Sol do nosso planeta), o núcleo de 67P/Churyumov–Gerasimenko começou já a aquecer o suficiente para que os gelos aprisionados na sua superfície comecem a sublimar. À medida que o gás escapa para o espaço, arrasta consigo uma nuvem de pequenas partículas de poeira, que se expande para criar a cabeleira.

Estas imagens tem estado a ser usadas pela equipa da missão para determinar a trajetória exata da Rosetta na sua viagem em direção ao seu destino. As observações têm permitido ainda rastrear variações periódicas no brilho do cometa. Os dados até agora reunidos revelaram que o núcleo tem um período de rotação de 12,4 horas – aproximadamente 20 minutos mais curto que o assumido anteriormente.

“Estas primeiras observações estão a ajudar-nos a desenvolver modelos do cometa que irão ser essenciais para nos ajudar a navegar em seu redor”, explica Sylvain Lodiot, gerente operacional da missão Rosetta. A sonda europeia iniciou já a série de manobras que irão alinhar a sua trajetória com a do cometa. O encontro definitivo ocorrerá na primeira semana de Agosto, quando a Rosetta alcançar a altitude mínima de 183 quilómetros.

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