O Gato de 103 Formas e a Acção Fantasmagórica II

escondidadoisNo post anterior vimos que a equipa de Mario Krenn da Universidade de Viena, conseguiu com que o gato de Schrodinger estivesse vivo, morto, e de mais 103 formas diferentes ao mesmo tempo.

Quando duas partículas estão em superposição podem ficar em dois lugares ao mesmo tempo. “Graças a esse mecanismo, os bits dos computadores quânticos, chamados qubits, podem valer 0 ou 1, ou alguma coisa entre eles, ou 103 coisas ao mesmo tempo [neste caso]”.

Pesquisadores do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) e da Universidade de Maryland, “criaram pulsos superluminais, em que uma parte da onda de luz é “empurrada” para a frente, chegando antes do que seria de esperar“, mas não quebram a lei física porque, ao serem empurrados, não carregam informação.

Neste post vou dar a conhecer o outro lado. E do outro lado temos a equipa de Ronald Hanson, da Universidade Tecnológica de Delft, que sugere que a informação pode ser teletransportável. Apesar de ser uma distância pequena, “pode ser a primeira demonstração que atenda aos critérios do chamado “teste de Bell incontestável” (loophole-free Bell test)” (Daqui).

A técnica, diz Hanson, é 100% infalível e precisa. Algumas técnicas já foram usadas para teleportar informação, uma até já permitiu teletransporte a mais de 100 Km mas a taxa de erro foi muito grande. Com esta nova técnica, garante a equipa, a taxa de erro cai para 0%. A equipa usou “vacâncias de azoto”, e o que é isso? São defeitos na estrutura atómica “do diamante quando um átomo de [azoto substitui] um átomo de carbono do diamante“. Gera-se, assim, um espaço ao lado da molécula de azoto. Nesse espaço não cabe um carbono mas cabem os electrões “soltos” da molécula de carbono que saíu e são estes electrões que se usam como qubits, já que são melhores do que núcleos atómicos por fazerem cálculos mais rapidamente.

Nesta experiência de teletransporte quântico, “o dado contido em um qubit é transmitido à distância [nesta experiência foram 3 metros] para outro qubit instantaneamente, graças ao fenómeno do entrelaçamento“. No entanto, faltam mais experiências e a maior distância para haver a demonstração inequívoca das correlações não locais entre partículas, comprovando a não-localidade de Bell.

1 comentário

  1. No caso das “superluminais” temos é uma variação de fase, né?
    No caso dos “qubits” temos o quê; eletrões a safarem-se do espaço-tempo por um hypervolume e re-integrarem o espaço-tempo na próxima vaga disponível?! Ou passa-se tudo com uma velocidade de propagação muito perto de C?

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