Astrónomos são testemunhas da formação de uma galáxia massiva quando o Universo era novo

Um caldeirão de formação de estrelas no centro de uma jovem galáxia. Crédito: NASA, ESA, Z. Levay, G. Bacon

Uma equipa de astrónomos conseguiu detetar pela primeira vez a formação de uma galáxia bastante massiva nos primórdios do Universo.
A galáxia está a criar estrelas a um ritmo impressionante, e por isso a galáxia está a brilhar com a luz de milhões de jovens estrelas.

Núcleo de uma galáxia bastante distante. Crédito: NASA, ESA, E. Nelson

As galáxias elípticas bastante massivas cresceram a partir de um centro bastante massivo.
Mas nunca se tinha visto uma em processo de formação… até agora.

GOODS-N-774, apelidado de Sparky, é o centro de uma galáxia elíptica bastante massiva, e foi agora detetado tal como era há cerca de 11 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos.

Sparky é muito menor que a Via Láctea (6.000 anos-luz de diâmetro Vs. 100.000 anos-luz de diâmetro) , mas já tem 2 vezes mais massa que a nossa Galáxia.
Eventualmente, esta galáxia irá crescer, e tornar-se uma galáxia elíptica, gigante e massiva.

GOODS-N-774 produz cerca de 300 estrelas por ano (terrestre).
Como comparação, a nossa Via Láctea produz somente 10 estrelas por ano.

Erica Nelson, investigadora-principal deste estudo, diz: “Este processo de formação pelo núcleo é um fenómeno que existia no Universo quando era novo. Atualmente, as galáxias já não se formam assim. Na altura, existiam condições para este tipo de formação, provavelmente porque na altura o Universo era mais denso e permitia a produção de objetos densos. Agora, o Universo é menos denso.”

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