China lidera corrida para exploração mineira da Lua. Que exploração mineira?

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Confesso que sou leitora assídua do Observador. Contudo, como se costuma dizer já ando nisto há alguns anos, e tento sempre cruzar notícias: tiro 50% do que se sobrepõe e talvez, (talvez!), tenha factos e a realidade. Não tenho sequer por hábito comentar notícias que vejo na imprensa e que são autênticos tiros ao lado, como esta que foi publicada esta semana no Observador: “A exploração mineira da Lua está para breve. China lidera a corrida”. É que só pelo título, surgem-me uma catrefada de factos na massa cinzenta, que contradizem o que a jornalista quer dizer.

Comecemos pelo óbvio: exploração mineira da Lua está tudo menos para breve. Não há meios técnicos para tal. E mesmo que houvesse, o custo de extrair e transportar é tão alto que dificilmente uma empresa conseguiria ter lucro, a não ser que vendesse o seu produto a preços exorbitantes. O que leva a outra questão: quem compra? Além disso, os recursos na Lua não estão propriamente prontos a usar e há sempre que considerar o ambiente gravítico da Lua que é hostil para este tipo de actividades.

Depois existem questões legais. A China assinou e considera-se vinculada ao Tratado Do Espaço Exterior (informação disponível no site da ONU, aqui).

O Tratado do Espaço Exterior afirma que o Espaço, incluindo a Lua e outros corpos celestes, não é objecto de apropriação nacional por proclamação de soberania, por meio de uso ou ocupação, ou por qualquer outro meio. O Tratado estabelece ainda a exploração e uso do espaço exterior como a “província de toda a humanidade”. (Podem ver toda a explicação, aqui).

A certa altura no artigo, a jornalista escreve: “A China está na dianteira desta exploração. Em Dezembro de 2013, um voo chinês não tripulado aterrou na superfície lunar, tendo o país anunciado a sua intenção de aí criar uma base.” Dizer que a China lidera a corrida só porque mandou uma sonda em Dezembro e anunciou que se calhar vai fazer por lá uma base, parece-me exagerado e uma extrapoloção que nem sequer faz sentido. Há muitos anos que vários países enviaram e enviam sondas à Lua. É o satélite mais próximo da Terra e que exerce alguma influência na Terra, portanto faz todo sentido estudá-lo e perceber melhor como surgiu, de que é feito, etc. Cada vez que alguém manda uma sonda à Lua, está na corrida? Tal como a jornalista cita no artigo, de facto há empresas privadas a “sonhar” com a exploração mineira da Lua. Contudo, existem questões legais a ter em conta (mencionadas no parágrafo anterior), custos, capacidade técnica, etc.

8 comentários

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    • Dinis Ribeiro on 22/02/2015 at 13:54
    • Responder

    Recomento este artigo:

    Beyond Apollo
    Strategic Defense: Military Uses of the Moon & Asteroids (1983)
    http://www.wired.com/2015/02/strategic-defense-military-uses-moon-asteroid-resources-1983/

    Conheci pessoalmente Stuart Nozzete no http://www.csr.utexas.edu/ onde conversei com ele durante cerca de 45 minutos, sobre um design original meu relacionado com tecnologias de extracção de minérios em Asteroides, que foi posteriormente apresentado num concurso e que me permitiu obter um pequeno prémio “Space Scolarship Award” que me foi entregue pelo Administrador da NASA Beggs no âmbito da Annual Conference of the Students for the Exploration and Developmkent of Space em Maio de 1984, em Washington D.C..

    Citação:

    The Fletcher Panel submitted its hefty seven-volume report to the Reagan White House on 4 November 1983.

    More than three decades later, most of the Fletcher Report remains classified, so the degree to which the La Jolla workshop influenced its findings is unclear.

    SDI did not yield a space-based missile-defense system.

    Instead, it became the most important space technology development program since Apollo.

    Neither the on-going Discovery Program of cheap, frequent planetary missions nor the Mars Program missions of the 1996-2007 period would have been possible without SDI technology.

    • Dinis Ribeiro on 06/02/2015 at 14:08
    • Responder

    O artigo é incisivo e todos os comentários são interessantes, e colocam-se perguntas e dúvidas perfeitamente legítimas.

    Eu penso que a etiqueta/label “mau jornalismo” é talvez um pouco injusta… por razões que irei tentar expor a seguir… mas comento primeiro que penso que o debate sobre temas importantes é frequentemente (assustadoramente?) “superficial”, e muita gente mergulha desalmadamente num “achismo” totalmente estéril, apenas porque não conhecem vários factos vitais que são “pouco divulgados”, não compreendem suficientemente bem o contexto internacional e sobretudo não têm suficiente cultura STEM para poderem formar uma opinião própria que seja clara.

    No filme sobre o Challenger, a questão do papelinho onde estava escrito “Ivory Soap 99.4” (se me recordo correctamente) é um exemplo de como a falta de conhecimentos sobre estatística tinha dado (a muito boa gente) uma ideia errada sobre a fiabilidade de sistemas complexos…

    Do meu ponto de vista, (neste caso) trata-se de “jornalismo lacónico” ou “críptico” ou então, o autor esquece-se de que traduzir/adaptar um artigo escrito em Espanha e injectá-lo nas veias Portuguesas pode acarretar alguma naturalíssima “reacção alérgica”…

    Afinal, convém não esquecer que a Espanha entrou para a ESA em 1975 e Portugal apenas em 2000, e que os nossos 25 anos de atraso, não se podem recuperar totalmente em apenas 10 anos, e não é possível maquilhar inúmeras limitações que ainda existem através da hábil utilização das tecnologias de informação para que todos fiquem “bem vistos” (o que é perfeitamente legítimo e natural, mas creio que não deve ser usado para negar o nosso atraso em certas áreas).

    O que os países Lusófonos fizeram desde 1957 até hoje na exploração espacial comparado com o que poderíamos ter feito… é tudo tão irónico…é tão difícil de explicar….como explicar a uma pessoa (um povo) que tinha de andar a pé e que está profundamente (sinceramente) contente de ter conseguido passar a andar de carro (ou será apenas “andar de comboio”?), que há muitas outras coisas no mundo, que outras pessoas até conseguem andar de avião e já estão verdadeiramente “noutro patamar”?

    Se fôr feita uma sondagem sobre quem leu o artigo, quantas pessoas compreenderam imediatamente que a referência á “agua aprisionada nas rochas” é um “gato escondido com o rabo de fora” que implica que se trata de ISRU?

    http://en.wikipedia.org/wiki/In_situ_resource_utilization / http://pt.wikipedia.org/wiki/Utiliza%C3%A7%C3%A3o_de_recursos_in-situ

    Da mesma maneira que á noite “todos os gatos são pardos”, na internet, todos os sites são multi-coloridos. E todas as notícias parecem ter o mesmo valor, o que nem sempre é exactamente o caso.

    Esta notícia aparentemente muito “exagerada” pode ser tratada como o filme 2001 que era de tal maneira críptico, que levou muita gente a ter de dar-se ao terrível trabalho muito cansativo de ler o livro para compreender o filme…

    Embora a expressão “exploração mineira” seja evidentemente bombástica, não penso que “se trate dum autêntico tiro ao lado”… muito pelo pelo contrário.

    É um tema muito mais “quente” e actual do se possa pensar. Sobretudo com o congresso Republicano nos EUA.

    Para já há uma (mera?) coincidência temporal com uma outra notícia, pois a Reuters (que é suposta ter alguma credibilidade) emitiu esta notícia:

    TOP NEWS / Exclusive – The FAA: regulating business on the moon
    http://mobile.reuters.com/article/idUSKBN0L715F20150203?irpc=932

    E o Economist tomou a seguinte posição:

    Exploiting the Moon – Lunar lunacy

    An attempt to stake a claim to an airless desert
    Feb 4th 2015, 14:34 | Science and technology

    THE law, you might think, is quite clear.

    The Outer Space Treaty, signed in 1967 by America, among others, says that the Moon “is not subject to national appropriation”.

    But, as any creative lawyer will tell you, the fees are in the loopholes.

    Mais alguma informação:

    1) http://en.wikipedia.org/wiki/Bigelow_Aerospace / http://pt.wikipedia.org/wiki/Bigelow_Aerospace

    Robert Bigelow has been explicit that he is aiming to do business in space in a new way, with “low cost and rapid turnaround, contrary to traditional NASA ISS and Space Shuttle operations and bureaucracy.”

    In October 2010, Bigelow announced that it has agreements with six sovereign nations to utilize on-orbit facilities of the commercial space station: United Kingdom, Netherlands, Australia, Singapore, Japan and Sweden. In February 2011, Dubai of the United Arab Emirates became the seventh nation to have signed on.

    2) http://en.wikipedia.org/wiki/Constellation_program (a ilustração que a Vera escolheu para o artigo é desse programa)

    A review concluded that it would cost on the order of $150 billion for Constellation to reach its objective if adhering to the original schedule.

    Upon taking office, President Obama declared Constellation to be “over budget, behind schedule, and lacking in innovation.”

    Bem… para mim, defender o texto da notícia em questão, é apenas uma parte de defender a existência duma base lunar por parte da ESA / EU perante uma opinião pública Europeia profundamente irritada com a crise económica e que em 2012 fechou a torneira á Missão European Lunar Lander: http://en.wikipedia.org/wiki/Lunar_Lander_(space_mission) e que me lembra a expressão utilizada no cartaz dum filme de 1957: “Life is in their hands, Death is in their minds” relativamente ao corte nos financiamentos…

    http://pt.wikipedia.org/wiki/12_Angry_Men / http://en.wikipedia.org/wiki/12_Angry_Men_(1957_film)

    A defesa de acções imediatas (do tipo: “isso é para ontem!”) relativamente a esse tipo de projectos, parece ser (á partida) um caso perdido… contudo espero conseguir levantar algumas questões que me parecem pertinentes.

    Em termos de hardware, no Texas, o que era uma coisa muito pequena em 1923, cresceu “bastante” ao longo dos anos:

    http://www.texasbob.com/travel/tbt_santarita.html / http://www.utexas.edu/know/2011/01/31/oil_alcalde/

    Citação:

    In 2009, the university hired Jim Walker, to be the first full-on director of sustainability.

    Walker has plenty of other plans, including to “infuse sustainability” into the curriculum as well as into the general campus mindset.

    Saliento esta expressão: “infuse susteainability”

    Because of oil found on university lands, most famously at West Texas’ Santa Rita rig in 1923, The University of Texas at Austin became “one of the most heavily endowed schools in the nation.”

    Por isso, os “propellants” que podem ser extraídos de diversos corpos celestes pelas tecnologias de ISRU por “landers” do tamanho do “Santa Rita Rig Nº1” podem ter uma importância muito maior do que se possa pensar.

    Lembram-se do comentário do palestrante no pavilhão do conhecimento no dia 29 de Janeiro sobre o cometa 67P em que ele disse que Marte estava a dois quilómetros e que nessa mesma escala a Lua está a apenas 4 metros de distância, com a ISS a apenas 5 milímetros de altitude da superfície da terra?

    Lembram-se do modo como ele falou sobre o facto de que a Rosetta estava a ficar sem “combustível”?

    Aspectos jurídicos:

    Penso que a Vera levanta um aspecto crítico: Determinar quem é o “Dono Do Terreno” é vital…

    Daí a importância crescente de entidades deste tipo: http://en.wikipedia.org/wiki/International_Seabed_Authority

    Se virem bem, há autores que publicam artigos tanto sobre minas subaquáticas como sobre minas em asteróides, pois em ambos os casos há grandes desafios técnicos… e os investidores (em alguns casos) são os mesmos.

    Para mim, um filme é como a parte visível dum icebergue.

    O estudar como foi feito e o esforço conjunto de todos os que o tornaram realidade, permite obter muito mais informação sobre a realidade sócio-económica subjacente que o gerou. E essa informação é muito mais “sumarenta” do que o próprio filme.

    Por isso, quando acaba um filme, fico quase sempre a ver “até ao fim”, porque os nomes das pessoas que desfilam na tela são relevantes. Além disso posso reviver as emoções que senti no filme. Noto que me lembro muito melhor desses filmes que vi e ouvi até ao fim.

    Do mesmo modo, um jogo de computador (uma simulação) também é como um Icebergue.

    Nesse sentido, sugiro esta simulação:
    http://www.homeoftheunderdogs.net/game.php?name=Lunar%20Command

    A re-release of Wesson’s 1991 Moonbase Lunar colony simulator, Lunar Command keeps the realistic factors in the original game intact while adding a lot of bells and whistles and some minor gameplay tweaks. For those who have never played Moonbase, the game is essentially “SimLunar Colony,” i.e. you are tasked with building a colony on the moon, and make it economically self-sufficient via mining and selling the resources to Earth in return for cash needed to expand. There are very few structures you can build, but as the game’s emphasis is on economics, that is not a major constraint. The game is reasonably realistic in a sense that it was designed to explore the feasibility of lunar colonization, so all the elements of the game are as closely based on actual NASA estimates as possible. Although it has a very limited scope (this is not a science-fiction, 4X game after all), Lunar Command should appeal to die-hard simulation fans or space buffs who are intrigued by the idea and want to play around with the parameters. Recommended!

    Há uma outra versão:

    The latest and most complete version of Aaron Massey’s lunar colony simulation that started with Moonbase and followed by Lunar Command. Although Lunar Commander 2 does not look very different from its 1993 version, the game features a lot of parameter tweaks to supposedly make the game more challenging and realistic – although I can’t really tell the difference. For those who have never played Moonbase or Lunar Command: the game is essentially “SimLunar Colony,” i.e. you are tasked with building a colony on the moon, and make it economically self-sufficient via mining and selling the resources to Earth in return for cash needed to expand.

    There are very few structures you can build, but as the game’s emphasis is on economics, that is not a major constraint.

    The game is reasonably realistic in a sense that it was designed to explore the feasibility of lunar colonization, so all the elements of the game are as closely based on actual NASA estimates as possible.

    Although it has a very limited scope (this is not a science-fiction, 4X game after all), Lunar Commander 2 should appeal to die-hard simulation fans or space buffs who are intrigued by the idea and want to play around with the parameters.

    Recommended – but not if you cannot stand “spreadsheet”-style, dry simulations. <——————-

    Gosto do nome do site onde reencontrei o software:

    "Home of the Underdogs" The database of old games (abandonware). Tribute to the best underrated PC games of all time.

    Um assunto associado:
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Emulador / http://en.wikipedia.org/wiki/Emulator

    Não sei se alguém que esteja a ler alguma vez "correu" sistematicamente esta simulação, mas eu efectuei inúmeras simulações entre 1992 e 1996 e ainda tenho muitas das notas que tirei e ideias sobre detalhes curiosos (the devil is in the details), e posso dizer que ao longo dos anos, (na realidade), até agora, não houve assim tantas ideias verdadeiramente novas como isso…

    Posso adiantar, que a falta de água suficiente é um problema mortífero, e que sem "casinos – turismo – motéis lunares" e sem fábricas de componentes electrónicos no espaço http://en.wikipedia.org/wiki/Wake_Shield_Facility que são exportados para a terra a falência é totalmente inevitável (nesta simulação).

    Nesta simulação a extracção de Helium 3 não adianta nem atrasa em termos económicos e depende totalmente do surgimento de tecnologias de fusão na terra… Os estudos da NASA subjacentes a esta simulação influenciaram muito profundamente toda uma família de designs de sistemas "clássicos" de extracção de minérios lunares, que podem ser vistos neste filme: http://en.wikipedia.org/wiki/Moon_(film)

    Quando tiver tempo, juntarei mais alguma informação geral e comentários, (para contextualizar melhor esta problemática) e tenho pena de não poder ser mais específico, mas tenho de ter em conta a existência desta realidade:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_de_n%C3%A3o_divulga%C3%A7%C3%A3o / http://en.wikipedia.org/wiki/Non-disclosure_agreement

    E também os ensinamentos de várias histórias antigas:

    http://en.wikipedia.org/wiki/La_Fontaine%27s_Fables

    Alguns exemplos:

    1) http://en.wikipedia.org/wiki/The_Fox_and_the_Crow_(Aesop) (Le corbeau et le renard, I.2)

    2) http://en.wikipedia.org/wiki/The_Dog_and_Its_Reflection (Le chien qui lâche sa proie pour l'ombre, VI.17) <——-

    3) http://en.wikipedia.org/wiki/The_Fox_and_the_Grapes (Le renard et les raisins, III.11)

    Em português:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Raposa_e_as_Uvas

    Na psicologia, este comportamento é conhecido como racionalização (embora seja mais conhecido como redução da Dissonância cognitiva).

    No discurso coloquial, a expressão do idioma é aplicada a alguém que perde e não consegue fazê-lo graciosamente.

    Estritamente falando, deve ser aplicado a alguém que, após a perda, nega a intenção de ganhar por completo.

    A expressão "Ah, mas são verdes" é utilizada em Portugal quando isto acontece.

    O provérbio português "quem desdenha quer comprar" é comummente associado a esta fábula.

    1. Dinis,
      vejo que se entusiasmou no seu comentário. É sempre bom ver alguém que se interessa pelo que escrevo. Creio inclusive que é a única pessoa que comenta todos os meus posts. : )

      Quanto à etiqueta “mau jornalismo”, bom, em primeiro lugar é a etiqueta que temos no AstroPT para estes tipo de posts , até porque temos de organizar a informação de alguma forma, não é?
      Além disso, o jornalista deve basear as suas notícias em factos e não ser sensacionalista. Isso é ser bom jornalista e praticar bom jornalismo e informar as pessoas de factos, posições criticas, mas sempre baseados em factos. Se ler a notícia a que me referido, verá que são feitas extrapolações que não correspondem aos próprios factos que a mesma jornalista escreveu. A questão muita das vezes prende-se com as fontes. Eu tenho por norma cruzar vários sites e ir directamente à fonte para ter a certeza do que estou a dizer. Não cito Wikipedia, por exemplo, embora às vezes a use como auxiliar de pesquisa (pela linha se vai ao novelo penso que é o provérbio que se aplica ao meu método de pesquisa). Infelizmente, no jornalismo não é isso que acontece. E se calhar, porque as pessoas já estão tão habituadas a ter mau jornalismo, já nem o consideram mau, mas normal. Isso não implica que não mantenhamos o nosso espírito crítico e que não opinemos. : )

      Aproveito para lhe dizer que em breve sai outro artigo sobre mau jornalismo sobre a Lua : )

    • vergilio bueno junior on 06/02/2015 at 00:32
    • Responder

    Qual minério q tem na lua q poderia valer todo esse INVESTIMENTO ????

    1. Helio 3

      Que é um Gas.

      Mas já foi tema de filme como no caso da comédia-ficção “Deu a Louca Nos Nazis”.
      Onde os americanos teriam retornado a Lua com interesses diretos no Helio 3 mas não queriam deixar isto claro para a opinião pública.

    • Samuel Junior on 05/02/2015 at 21:20
    • Responder

    Sem falar que se a mineração espacial um dia for viável acredito que se dará em metais bem raros na Terra, como as terras raras. Ninguém teria interesse em explorar, por exemplo, uma rocha espacial de 10 milhões de toneladas de puro ouro pelo simples interesse de ter lucro, pois o preço do ouro iria desabar, a escassez que normalmente este metal tem no nosso planeta iria acabar, usando a lógica de mercado para justificar isto.

    Agora se um dia existir um sistema parecido com o Star Trek aí a conversa pode ser outra.

  1. Este tipo de “notícias”, em que incluo o projecto “Mars One” ou o projecto de captura e mineração de asteróides, parecem-me tão irrealistas que nem as levo a sério.
    Na minha opinião não passam de campanhas publicitárias muito bem pensadas, que são criadas propositadamente para esta era da informação online, em que as redes sociais espalham tudo o que parece curioso ou fantástico.

    Como a Vera diz, e muito bem, os produtos da mineração teriam um custo tão alto que ninguém os compraria. Uma simples análise custo-benefício atira qualquer destas propostas para o campo da ficção científica, onde (quase) tudo é possível.

  2. Confesso que gosto bastante dos artigos de ciência do Observador. Mas sobretudo sou fã de alguns jornalistas, pela forma cuidada como escrevem.

    Ao ler o artigo que referes, os meus olhos “fugiram” para outro artigo lá, sobre a missão a Europa, a que tanta gente deu enorme publicidade. Nesse artigo, eles referem que os “cientistas acreditam” (enorme erro), falam no ano 2020 (totalmente irrealista), não referem que é uma missão muito pequena, somente de “seed” para futuras missões, e que só está aprovado no orçamento de um ano (falta saber dos anos seguintes) os primeiros planeamentos (não é sequer preparar a missão no “terreno”). Por isso é que nem falamos disto aqui no AstroPT, porque na verdade é uma não-notícia. Ou seja, também me dececionou esse artigo sobre Europa.

  1. […] deparei-me com uma notícia no Observador sobre exploração mineira e hoje com outro sobre propriedade da Lua (de onde tirei o título para este post). Deixei um […]

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