Realidade

quote-reality-is-that-which-when-you-stop-believing-in-it-doesn-t-go-away-philip-k-dick-50470

Philip K. Dick: “Realidade é aquilo que, quando você pára de acreditar, não desaparece.”

1 comentário

    • Dinis Ribeiro on 09/02/2015 at 10:27
    • Responder

    Muita gente conhece e gosta do filme Total Recall, em que a realidade “não é verdadeiramente real”….

    Sugiro uma vista de olhos a estes links:

    We Can Remember It for You Wholesale
    http://en.wikipedia.org/wiki/We_Can_Remember_It_for_You_Wholesale

    “We Can Remember It for You Wholesale” is a short story by Philip K. Dick first published in The Magazine of Fantasy & Science Fiction in April 1966.

    It features a melding of reality, false memory, and real memory. The story has been the subject of two film adaptations, 1990’s Total Recall, with Arnold Schwarzenegger as the story’s protagonist; and 2012’s same-titled with Colin Farrell in a similar role.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Total_Recall_(1990_film) / http://pt.wikipedia.org/wiki/Total_Recall
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Total_Recall_(2012) / http://en.wikipedia.org/wiki/Total_Recall_(2012_film)

    Um outro tipo de total recall: http://en.wikipedia.org/wiki/Eidetic_memory / http://pt.wikipedia.org/wiki/Mem%C3%B3ria_eid%C3%A9tica

    Estas duas adaptações de 1990 e de 2012 (relativamente bem conhecidas?) serão a parte visível do Icebergue.

    Na palestra de 29 de Janeiro sobre o cometa 67P, um dos sildes apresentados foi este:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Flammarion_engraving

    A geometria da cúpula lembrou-me muito um filme cuja história tem bastantes semelhanças com um livro do Philip K. Dick que se entitula “Time out of Joint”, que é uma expressão utilizada por Shakespeare em Hamlet…

    O filme em questão, em que existe uma cúpula quase como a mesma arquitectura desta outra série de filmes ( http://en.wikipedia.org/wiki/The_Hunger_Games_(film_series) ) é este filme que embora não seja muito recente, é estranhamente actual se pensarmos em todas as pessoas que se inscreveram já no Mars One http://en.wikipedia.org/wiki/Mars_One .

    O filme é : The Truman Show http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Truman_Show / http://en.wikipedia.org/wiki/The_Truman_Show

    Aliás (na realidade) existe uma lista enorme de diversas obras com esse tipo de tema, embora com muitas “nuances”:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Simulated_reality_in_fiction

    Mas existe uma outra história (sobre a realidade) do mesmo autor (Philip K. Dick) que é muito menos conhecida:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Time_Out_of_Joint

    The novel epitomizes many of Dick’s themes with its concerns about the nature of reality and ordinary people in ordinary lives having the world unravel around them.

    He learns that his idyllic town is a constructed reality designed to protect him from the frightening fact that he lives on a then-future Earth (circa 1998) that is at war against Lunar colonists who are fighting for a permanent Lunar settlement, politically independent from Earth.

    Gumm has a unique ability to predict where the colonists’ nuclear strikes will be aimed.

    Previously Gumm did this work for the military, but then he defected to the colonists’ side and planned to secretly emigrate to the Moon. But before this could happen he began retreating into a fantasy world based largely upon the relatively idyllic surroundings of his extreme youth.

    He was no longer able to shoulder his responsibility as Earth’s lone protector from Lunar-launched nuclear offensives.

    The fake town was thereby created within Gumm’s mind to accommodate and rationalise his dementia so that he could continue predicting nuclear strikes in the guise of submitting entries to a harmless newspaper contest and without the ethical qualms involved with being on the “wrong” side of a civil war.

    When Gumm finally remembers his true personal history, he decides to emigrate to the Moon after all because he feels that exploration and migration, as basic human impulses, should never be denied to people by any national or planetary government.

    Vic rejects this belief, referring to the colonists essentially as aggressors and terrorists, and returns to the simulated town- which has lost its raison d’etre because of Gumm’s escape from its environs.

    The book ends with some hope for peace, because the Lunar colonists are more willing to negotiate than Earth’s “One Happy World” regime has been telling its citizens. <———————–

    Ora bem, acontece que este livro terá tido alguma influência nesta outra obra "Revolta na Lua" que (curiosamente) ainda não foi adaptada para nenhum filme (por enquanto)…

    It was reported in 2004 that screenwriter Tim Minear was working on a screenplay based on the novel.[16] In 2006 Minear had finished the script, which was being shopped around to various directors…

    http://en.wikipedia.org/wiki/The_Moon_Is_a_Harsh_Mistress / http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Moon_Is_a_Harsh_Mistress

    Tendo em conta o tema do livro, a tradução com o título de "revolta" em vez de "golpe de estado" ou "revolução" ou talvez apenas a palavra "independência", parece-me compreensível dado o local e a data da publicação…

    Tradução em Português:

    Autor: Robert A. Heinlein
    Título original: The Moon is a Harsh Mistress
    1ª Edição: 1966
    Publicado na Colecção Argonauta em 1967
    Capa: Lima de Freitas
    Tradução: Eurico da Fonseca

    Súmula – foi apresentada no livro nº118 da Colecção, com a indicação de "Ler nas páginas seguintes a súmula do próximo volume da Colecção Argonauta":

    Robert A. Heinlein, um dos autores mais apreciados desta Colecção, volta à Argonauta com um dos seus romances mais sensacionais: Revolta na Lua – 1.

    Revolta na Lua – 1, transporta-nos a um ambiente de aguda crise histórica no satélite da Terra. As peripécias deste drama, que Robert A. Heinlein nos descreve com inultrapassável realismo, são narradas de uma forma empolgante, que, uma vez mais, impõe este conhecido autor entre os mais reputados do nosso tempo.

    http://coleccaoargonauta.blogspot.pt/2011/09/n-119-revolta-na-lua-1.html
    http://coleccaoargonauta.blogspot.pt/2011/09/n-120-revolta-na-lua-2.html

    Citação:

    O Professor começava por fiscalizar a transmissão de notícias entre a Terra e a Lua e vice-versa, deixando a censura e a falsificação de informações a cargo do Mike, até que soubéssemos o que dizer lá para baixo, e adicionámos a subfase "M", que desligava o Conjunto do resto da Luana, e com ele o Observatório Richardson e os laboratórios anexos – o Radiotelescópio Pierce, a Estação Selenofísica, etc, os quais constituíam um problema pois os cientistas Terrenos estavam sempre a chegar e a partir, permanecendo ali seis meses no máximo, graças à centrifugadora.

    A maior parte dos Terrenos que se encontravam na Lua, salvo alguns turistas – trinta e quatro -, eram cientistas. Era necessário fazer qualquer coisa, quanto a eles, mas, entretanto, bastava evitar que falassem para a Terra.

    Sobre o autor:

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_A._Heinlein / http://en.wikipedia.org/wiki/Robert_A._Heinlein

    Citação do artigo sobre "The Moon is a Harsh Mistress ":

    Possible sources

    The situation depicted in the second and third part of the novel resembles the rebellion of the Lunar colony described in another science-fiction novel published in 1959, Time Out of Joint, by Philip K. Dick.

    While the opposition between Earth and Moon echoes the historical conflict between the United States and the British Empire, the way the Lunar rebels force Earth to acknowledge their independence is similar to the one they adopt in Dick's novel (launching missiles, some with nuclear warheads, in an unpredictable fashion).

    Na adaptação que parece ser a mais conhecida dos livros de Heinlein para o cinema, http://en.wikipedia.org/wiki/Starship_Troopers_(film) / http://pt.wikipedia.org/wiki/Starship_Troopers_(filme) há uma verdadeira guerra espacial, e ocorre (de facto) um bombardeamento orbital da terra, mas as rochas não são lançadas por seres humanos, e também não têm a sua origem na Lua… claro que este cenário é muito mais "politicamente correcto" e "aceitável" mas é (talvez?) menos "realista"…

    Revendo o que existe na realidade:

    Constructed in 1976 and 1977, Mass Driver 1 was an early demonstration of the concept of the mass driver, a form of electromagnetic launcher, which in principle could also be configured as a rocket motor, using asteroidal materials for reaction mass and energized by solar or other electric power. http://en.wikipedia.org/wiki/Mass_Driver_1

    Mais informação:

    1) http://en.wikipedia.org/wiki/Mass_driver
    2) http://en.wikipedia.org/wiki/Coilgun#Potential_uses / http://pt.wikipedia.org/wiki/Canh%C3%A3o_de_Gauss
    3) http://en.wikipedia.org/wiki/Railgun / http://pt.wikipedia.org/wiki/Canh%C3%A3o_el%C3%A9trico

    Resumindo, o meu comentário é o de que que "na realidade" qualquer colónia espacial, mais cedo ou mais tarde, pode muito bem vir a declarar a sua independência em relação á terra, isto é, em relação ás nações de origem de quem viver lá "muito" longe.

    Mesmo que seja "muito mais tarde", se (quando) isso acontecer, certamente que haverão "algumas" consequências para a toda a gente na terra…

    Nesse sentido, (para jogar pelo seguro) alguns pensam que é melhor ter uma colónia de lunáticos a viver em Marte, que está a "dois quilómetros" do que na Lua, que está a "4 metros" da Terra…

    Isto lembra-me a ideia popullista de mandar "todos os políticos" e outras pessoas "problemáticas" que não aceitam o "status quo" para "bem longe" da terra, tipo para o mar alto, (ultramar), para os países mais ricos, para a Lua ou para Marte…

    …só que que também podemos (facilmente?) imaginar o que poderão vir a ser as relações diplomáticas (tensas?) entre quem fica na terra (terrinha) e aqueles (prováveis?) futuros estados independentes que (mais cedo ou mais tarde) irão colonizando progressivamente todo o sistema solar.

    Hoje em dia, toda a gente diz que gosta de inovação, mas "na realidade" existe até uma sigla: NIMBY

    http://pt.wikipedia.org/wiki/NIMBY / http://en.wikipedia.org/wiki/NIMBY

    Aliás, na realidade, no fundo (se calhar) estamos todos rodeados de "cave (men)" 😉

    CAVE is an acronym for "Citizens against virtually everything" similar to BANANA meaning opposition to every proposed development or project. http://en.wikipedia.org/wiki/NIMBY#CAVE_.28MAN.29

    BANANA is an acronym for "Build Absolutely Nothing Anywhere Near Anything" (or "Anyone").

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights