Olhando para o Universo profundo a 3D

O MUSE vai para além do Hubble

O MUSE vai para além do Hubble no Hubble Deep Field South. Crédito: ESO/MUSE Consortium/R. Bacon

O MUSE vai para além do Hubble no Hubble Deep Field South. Crédito: ESO/MUSE Consortium/R. Bacon

O instrumento MUSE montado no Very Large Telescope do ESO deu aos astrónomos a melhor vista tridimensional do Universo profundo obtida até à data.
Após observar a região do Hubble Deep Field South durante apenas 27 horas, as novas observações revelam distâncias, movimentos e outras propriedades de muito mais galáxias do que as que tinham sido observadas até agora nesta pequeníssima zona do céu.
Estas observações revelam igualmente objetos anteriormente desconhecidos nas observações do Hubble.

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Para cada parte da imagem MUSE do HDF-S temos não apenas um pixel numa imagem, mas também um espectro que revela a intensidade das diferentes componentes de cor da radiação nesse ponto – cerca de 90 000 espectros no total. Estes dados revelam a distância, composição e movimentos internos de centenas de galáxias distantes – para além de capturarem também um pequeno número de estrelas muito ténues na Via Láctea.

Embora o tempo de exposição tenha sido muito mais curto que o utilizado para obter as imagens Hubble, os dados MUSE do HDF-S revelaram mais de vinte objetos muito ténues nesta pequena região do céu que o Hubble não conseguiu capturar.

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Ao observar cuidadosamente todos os espectros das observações MUSE do HDF-S, a equipa mediu as distâncias a 189 galáxias. Estas distâncias vão desde objetos relativamente próximos até alguns que são observados quando o Universo tinha menos de mil milhões de anos de idade. Este valor corresponde a mais de dez vezes as medidas de distância que tínhamos antes para esta região do céu.

Para as galáxias mais próximas, o MUSE pode observar também as diversas propriedades nas diferentes regiões da mesma galáxia. Este aspecto revela como é que as galáxias rodam e mostra-nos variações de outras propriedades de lugar para lugar. Esta é uma maneira poderosa de compreender como é que as galáxias evoluem ao longo do tempo cósmico.

“Agora que demonstrámos as capacidades únicas do MUSE para explorar o Universo profundo, vamos observar outros campos profundos como o Hubble Ultra Deep Field. Poderemos estudar milhares de galáxias e descobrir novas galáxias extremamente distantes e ténues. Estas pequenas galáxias bebés, vistas tal como eram há mais de 10 mil milhões de anos atrás, foram crescendo gradualmente, tornando-se galáxias como as que vemos hoje, como por exemplo a Via Láctea,” conclui Roland Bacon.
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Leia o artigo completo, na página do ESO, aqui.

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